Old Trafford, casa cheia, derby entre United e City apimentado pela memória do trágico acidente aéreo sofrido há 50 anos pelos red devils, que trajaram com o equipamento da época, sem patrocinadores, marca ou nomes nas camisolas.
Aos 24 minutos balde de água fria: contra-ataque do City, conduzido por Benjani, incursão de Petrov pela esquerda, passe a rasgar para Ireland que, na cara de Van der Sar não consegue marcar, e finalmente Vassell, à segunda, a empurrar para as redes.
Volta o United à carga, com jogadas rápidas mas pouco eficazes, exceptuando o espectacular remate à meia-volta de Tévez para defesa de Hart e o perigoso livre de Ronaldo ligeiramente por cima da trave.
Segundos antes do intervalo, Benjani, após cruzamento de Petrov da direita, desvia de cabeça para a baliza e faz o 0-2.
As entradas de Park, Hargreaves e Carrick não trouxeram a lufada de ar fresco necessária ao futebol do United, apesar de aos 90 minutos, Carrick ter feito o 1-2 final num remate de fora da área.
Desde 1974 que o City não ganhava ambos os jogos com o Man Utd para o campeonato.
Este Manchester City é uma das equipas mais compactas da Premier League e o actual 7º lugar, com 44 pontos não faz jus ao excelente trabalho desenvolvido por Eriksson.
A equipa titular costuma ser composta por: Isaksson na baliza, seguro entre os postes e no jogo aéreo; Corluka na direita, fazendo com classe todo o corredor mas sobressaindo a defender; Micah Richards e Richard Dunne no centro, fazendo uma dupla poderosa fisicamente, com Dunne mais na marcação ao avançado contrário e Richards, pela sua grande velocidade, nas dobras; na esquerda Michael Ball, eficiente a defender mas praticamente inexistente a atacar pois não tem técnica suficiente para subir pelo flanco e tirar um cruzamento ou fintar o lateral contrário; no meio-campo a dupla Hamann e Gelson Fernandes, um com maiores preocupações defensivas (Hamann) e o outro com maior pendor ofensivo (G. Fernandes); apoiando esta dupla e o ponta-de-lança está Elano, dando mais técnica e criatividade à equipa mas, por vezes, ainda algo preso à bola, bem ao estilo brasileiro; na esquerda está Petrov, um clássico extremo que vive das suas arrancadas a grande velocidade, com grande capacidade de passe e cruzamento, sendo um perigo nas bolas paradas devido ao remate potente e ao arco que faz a bola descrever; na direita surge Vassell que, em determinados momentos do jogo, surge como segundo ponta-de-lança, enquanto prefere refugiar-se às marcações na ala; no centro do ataque surge agora a contratação do mercado de Inverno, Benjani, proveniente do Portsmouth, inteligente nas movimentações, com capacidade física para aguentar a posse de bola e as duras marcações inglesas mas também capacidade técnica para se livrar dos adversários e aplicar o seu remate colocado.
Além destes habituais titulares, Eriksson conta ainda com jogadores como Ireland e Johnson para o meio-campo ou Nery Castillo e Geovanni para o ataque.
Apesar do bom começo na Premier League a equipa tem denotado alguma quebra, sobretudo em termos físicos ou de lesões de alguns jogadores nucleares.
Pode ser que esta vitória sobre o seu rival a moralize para os próximos confrontos.
À vossa atenção!
2 comments:
Corluka e Nery Castillo.. tive o prazer de treinar esses meninos lolol sim o city tem feito várias surpresas e é pena n estar mais acima na tabela pois tem equipa para isso.
Em breve tb começarei a vir cá mais regularmente para deixar a visão sportinguista do jogo de hj por ex..abraço ppl continuem em grande
Ora viva sôr Pedro, bem-vindo aqui ao blog! Ficamos à espera do 1º post teu no Cronicas.
Hasta!
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