Monday, February 11, 2008

Duelo em Manchester

Old Trafford, casa cheia, derby entre United e City apimentado pela memória do trágico acidente aéreo sofrido há 50 anos pelos red devils, que trajaram com o equipamento da época, sem patrocinadores, marca ou nomes nas camisolas.

Ritmo frenético, barulho ensurdecedor vindo das bancadas, em suma tudo aquilo que não se vislumbra em Portugal.
Aos 24 minutos balde de água fria: contra-ataque do City, conduzido por Benjani, incursão de Petrov pela esquerda, passe a rasgar para Ireland que, na cara de Van der Sar não consegue marcar, e finalmente Vassell, à segunda, a empurrar para as redes.
Volta o United à carga, com jogadas rápidas mas pouco eficazes, exceptuando o espectacular remate à meia-volta de Tévez para defesa de Hart e o perigoso livre de Ronaldo ligeiramente por cima da trave.
Segundos antes do intervalo, Benjani, após cruzamento de Petrov da direita, desvia de cabeça para a baliza e faz o 0-2.
As entradas de Park, Hargreaves e Carrick não trouxeram a lufada de ar fresco necessária ao futebol do United, apesar de aos 90 minutos, Carrick ter feito o 1-2 final num remate de fora da área.
Desde 1974 que o City não ganhava ambos os jogos com o Man Utd para o campeonato.


Este Manchester City é uma das equipas mais compactas da Premier League e o actual 7º lugar, com 44 pontos não faz jus ao excelente trabalho desenvolvido por Eriksson.
A equipa titular costuma ser composta por: Isaksson na baliza, seguro entre os postes e no jogo aéreo; Corluka na direita, fazendo com classe todo o corredor mas sobressaindo a defender; Micah Richards e Richard Dunne no centro, fazendo uma dupla poderosa fisicamente, com Dunne mais na marcação ao avançado contrário e Richards, pela sua grande velocidade, nas dobras; na esquerda Michael Ball, eficiente a defender mas praticamente inexistente a atacar pois não tem técnica suficiente para subir pelo flanco e tirar um cruzamento ou fintar o lateral contrário; no meio-campo a dupla Hamann e Gelson Fernandes, um com maiores preocupações defensivas (Hamann) e o outro com maior pendor ofensivo (G. Fernandes); apoiando esta dupla e o ponta-de-lança está Elano, dando mais técnica e criatividade à equipa mas, por vezes, ainda algo preso à bola, bem ao estilo brasileiro; na esquerda está Petrov, um clássico extremo que vive das suas arrancadas a grande velocidade, com grande capacidade de passe e cruzamento, sendo um perigo nas bolas paradas devido ao remate potente e ao arco que faz a bola descrever; na direita surge Vassell que, em determinados momentos do jogo, surge como segundo ponta-de-lança, enquanto prefere refugiar-se às marcações na ala; no centro do ataque surge agora a contratação do mercado de Inverno, Benjani, proveniente do Portsmouth, inteligente nas movimentações, com capacidade física para aguentar a posse de bola e as duras marcações inglesas mas também capacidade técnica para se livrar dos adversários e aplicar o seu remate colocado.
Além destes habituais titulares, Eriksson conta ainda com jogadores como Ireland e Johnson para o meio-campo ou Nery Castillo e Geovanni para o ataque.
Apesar do bom começo na Premier League a equipa tem denotado alguma quebra, sobretudo em termos físicos ou de lesões de alguns jogadores nucleares.
Pode ser que esta vitória sobre o seu rival a moralize para os próximos confrontos.


À vossa atenção!

2 comments:

PG aka Scorpion said...

Corluka e Nery Castillo.. tive o prazer de treinar esses meninos lolol sim o city tem feito várias surpresas e é pena n estar mais acima na tabela pois tem equipa para isso.
Em breve tb começarei a vir cá mais regularmente para deixar a visão sportinguista do jogo de hj por ex..abraço ppl continuem em grande

Rui Gonçalves said...

Ora viva sôr Pedro, bem-vindo aqui ao blog! Ficamos à espera do 1º post teu no Cronicas.

Hasta!