Friday, February 29, 2008

La Liga 2007/08 - O melhor onze


Depois da equipa ideal para o campeonato português, heis agora o da espectacular liga espanhola! Casillas é o portero com mais defesas na temporada (106 ao todo, mais 16 que o segundo classificado, o português Ricardo), Sérgio Ramos e Milito são excelentes defesas que revelam nesta temporada uma enorme regularidade exibicional, Daniel Alves é o segundo melhor assistente da Liga e Licht é a surpresa, sendo muito certo no passe e seguríssimo a defender.
Ao nível do meio-campo, Senna e Iniesta são autênticos motores das suas equipas, estando ambos no topo das estatísticas em relação aos jogadores que mais bolas certas passam e mais faltas recebem. Guti é apenas e só o jogador com mais assistências da Liga (10) e vive um género de 2ª juventude, um pouco à imagem de Rui Costa.
Por fim, Ibagaza é o jogador que mais centros efectuou durante a Liga (289, mais 60 que o segundo classificado), contando 9 assistências para golo, Messi é o melhor a criar e marcar golos (além de ser o líder em termos de fintas - leva uma média de uma finta bem executada a cada 8 minutos) e Luis Fabiano é o pichichi, com 19 golos marcados até agora. Esta é uma equipa puramente estatística, ficando de fora nomes como Robinho, Nistelrooy, Aguero, Fórlan ou Nihat.

Thursday, February 28, 2008

Liga 2007/08 - O onze ideal

Provavelmente contestável, este é o meu onze ideal para a época a decorrer. Se bem que ainda faltem algumas jornadas, dificilmente algum destas posições será preenchida por outro jogador. A posição em que tenho algumas dúvidas é o centro da defesa, pois ainda que Geromel seja uma escolha certa, parece-me que Polga, ainda que grande defesa, poderá não ser escolhido caso o Sporting se situe abaixo do 3º lugar. A táctica é o 4x3x3, desdobrável facilmente em 4x5x1 a defender.

Monday, February 25, 2008

O golo polémico do Barnabéu..

Muitos questionam a validade de muitos golos..e alguns ainda se lembram da alegada "roubalheira" que os seus clubes sofreram sobre golos válidos, mas não "validados" ou mesmo sobre alegados golos "fantasma" (como exemplo o célebre golo que Vítor Baía não defendeu lol entre outros)
Desta vez não foi nem uma nem outra..encontrávamo-nos no minuto 64 do jogo Real Madrid - Getafe, e o jogo mantinha-se a zeros..existe uma jogada de insistência por parte dos madrilenos..Raúl arranja espaço e remata para boa defesa do guarda-redes..inevitável Abbondanzieri (mais conhecido por "Pato", pronto bom guarda-redes..é um elogio algo exagerado..lol)..Nistelrooy apanha o ressalto centra rasteiro e atrasado para Robben e este marca golo..
Quando os madrilenos já celebravam, de repente veêm-se a olhar para o fiscal e o árbitro..e apercebem-se que o golo havia sido anulado...esqueceram-se foi do pequeno pormenor que já 4 jogadores do Getafe partiam para o ataque contra apenas 2 defesas da equipa da casa...resumindo Getafe marca em contra-ataque e ganha por 1-0 a partida com um golo polémico em pleno Barnabéu.
Na realidade o golo do Real foi correctamente anulado e se o árbitro deu autorização para a marcação da falta..os culpados são as estrelas de Madrid que se perderam nos festejos e deixaram a auto-estrada para a equipa do Getafe mostrar o seu valor perante os adeptos benfiquistas que já os esperam na próxima eliminatória ;)

Deixo-vos aqui o vídeo desse minuto fatídico..





Já agora este golo é insignificante perante todos os divertidos momentos que os espectadores já tiveram o prazer de presenciar devido a situações absolutamente insólitas nesse relvado verde onde se joga o chamado..."futebol"..divirtam-se ;)





Sunday, February 24, 2008

Sobre a lesão de Eduardo

Todo o futebol inglês é hoje um espectáculo altamente mediatizado, capaz de catapultar para a fama mundial jogadores cuja reputação era meramente nacional ou regional até ali chegarem. Diversos jogadores só se tornam realmente célebres quando pisam os relvados ingleses e por isso, é normal que a ambição de qualquer atleta de outras ligas seja um contrato no principal campeonato inglês. Contudo, creio que existe hoje um fenómeno muito preocupante que o êxodo de jogadores estrangeiros propiciou: o da necessidade de afirmação patriótica por parte dos jogadores ingleses sobre os estrangeiros.


Essa afirmação é muitas vezes feita através de futebol jogado, notando-se uma grande propensão dos nacionais dessa liga em dar exemplos de liderança nas equipas onde actuam: são eles Terry, Ferdinand, Gerrard, Owen, Barry, Campbell ou Micah Richards, mas há igualmente quem tente demonstrar o seu amor pela pátria através de acções que nada têm a ver com o futebol. Uma dessas acções foi levada a cabo pelo defesa Taylor sobre o croata-brasileiro Eduardo, pois há para mim algo que vai além da brutal falta cometida pelo inglês: há vingança.

Vingança devido à sua selecção ter sido eliminada do Europeu pelos pés daquele mesmo jogador. Um tackle como aquele não se admite em nenhum momento do jogo, mas o simples facto de ter sido cometido aos 2 minutos de jogo significa para mim que o defesa inglês já ia com uma missão na sua cabeça: lesionar o croata. Pela cabeça de Taylor deve ter passado algo como "se os meus compatriotas não vão ao Euro, tu também não vais!"


Esta minha ideia fundamenta-se ainda na carga com o cotovelo com que Ben Tatcher agrediu Pedro Mendes em Agosto de 2006, pouco tempo após a eliminação da Inglaterra por Portugal no Mundial. Para mim são coincidências a mais, e se tivermos em conta a forma como grande parte dos ingleses aproveita tudo para desancar os trabalhadores estrangeiros que para lá se deslocam, aí ficamos com uma ideia da mentalidade que alguns jogadores certamente têm.

Espero sinceramente que o futuro desminta esta teoria, mas acho difícil que tal se venha a suceder, pois é algo que está enraizado na cultura daquele povo. Acredito que em Portugal também se vive algo semelhante, mas o futebol não tem sido reflexo disso, pois se tal fosse, não teríamos acolhido os carrascos Karagounis, Katsouranis ou Poborsky no nosso campeonato e não teríamos aplaudido a vitória dos adversários nos nossos campos (CSKA e Grécia).

Os ingleses podem ter sempre os estádios cheios e os adeptos a cantar, mas felizmente que também os portugueses têm algo em que se orgulhar: o saber perdoar a quem nos venceu, ou por outras palavras, o saber perder. Pena que muitos de nós não saibamos praticar ainda o mais fácil: saber ganhar.

Friday, February 22, 2008

Antevisão dos oitavos-de-final da UEFA

Após a eliminação de Basileia e Nuremberga, o Sporting e o Benfica têm já em mente o confronto seguinte, que opõe os lisboetas ao Bolton e ao Getafe, respectivamente, equipas cuja produção futebolística supera em muito os rivais anteriores.

Perspectivando os encontros, posso dizer que o Benfica encontrará uma equipa do Getafe que joga de forma muito compacta e à imagem de Laudrup-jogador: controlo do meio-campo com recuo dos avançados, dando ao adversário a sensação de um ataque inócuo e, quando menos se espera, já a dinamite rebentou na baliza, fruto do avanço por parte dos avançados quando vêem que estão reunidas as condições para um bom ataque. É por isso uma equipa que muitas vezes prefere não atacar, mas que quando o faz, gosta de fazê-lo bem, como tal, o primeiro pecado que o Benfica pode cometer é o da desconcentração. O outro pecado é o orgulho, pois olhando aos nomes do Getafe, os jogadores do Benfica poderão pensar "quem são estes?" e isso poderá ser fatal, pois apesar de não terem nome feito no futebol, o Getafe vive do colectivo e não das suas estrelas. Ainda assim, destacam-se De La Red no meio-campo, Ustari na baliza e Uche no ataque, provavelmente o melhor jogador do plantel.

Quanto ao Sporting, terá pela frente uma equipa que tem habituado bem os seguidores do futebol inglês, fruto da disponibilidade e atitude atacante que evidencia, sobretudo quando joga em casa. O Bolton é uma equipa sólida, formada através de investimentos avultados em jogadores internacionais, muitos deles com grande interesse mediático. É certo que saiu Anelka, provavelmente a maior referência da equipa, mas ficaram ainda Cahill, Diouf e Jaskelainen, entre outros que, possivelmente, lutariam pela titularidade nas principais equipas mundiais se lhes fosse condedida tal oportunidade. Frente a esta excelente equipa, o Sporting tem que ser muito forte e decidido e não pode, de maneira alguma, deixar-se levar pelo ambiente frenético que as equipas inglesas sempre provocam quando jogam em casa.

Tal como o Benfica, o Sporting tem que ser muito concentrado. Em termos tácticos não há muito que enganar: o Bolton joga no tradicional 4x4x2 em linhas, enquanto o Sporting prefere o mesmo sistema táctico mas em losango. Para mim, o jogo pelas linhas vai ser anulado e será pelo meio que as coisas se vão decidir, sendo que Diouf e Vukcevic/Romagnoli serão decisivos. O que não será decisivo mas que conta para a história, é que as equipas inglesas não se costumam dar bem a jogar fora. Outra coisa a ter em conta é que o Sporting costuma dar-se bem com equipas médias/altas da Inglaterra. Perspectivam-se pois quatro apaixonantes encontros. Oxalá que tenhamos oportunidade de falar dos encontros dos Quartos ainda com equipas portuguesas em prova.

Thursday, February 21, 2008

Saturday, February 16, 2008

Manchester United - Arsenal (4-0)

O título desta crónica bem podia ser "o consumar de um novo 7" ou "Nani: força demolidora", tal foi o impacto do jovem português no jogo de hoje frente ao apenas e só líder do campeonato inglês e, provavelmente, a equipa que melhor joga actualmente, ainda que hoje tenha sido dizimada pelo jovem prodígio. Mesmo que o Arsenal se possa defender dizendo que jogaram sem Adebayor, também o Man Utd deixou de fora Cristiano Ronaldo e Tévez.

A história do jogo começou a ser definida desde ínicio, com o Man Utd a assumir as despesas de jogo, enquanto o Arsenal jogava na expectactiva, atacando sempre que podia através de passes longos e a rasgar a defesa adversária. Num desses lances, Hleb ganha a ala esquerda mas vê-se desarmado imponentemente pelo pior dos defesas dos reds: Wes Brown. Estava desde aí definido o rumo do jogo.

Foi então que, sem surpresa, aos 17 minutos de jogo, Nani marca um bom canto para o coração da área, o qual a defesa repele com uma cabeçada fraca que fica na cabeça de Anderson que volta a colocá-la junto à zona de penalty, aparecendo aí o pequeno Rooney que ganha a bola de cabeça ao alto Hoyte e atira para o fundo das redes. Depois de Brown, outra demonstração do poderio físico e de poder de antecipação por parte do Man Utd.

Visivelmente desnorteado e acossado pelas investidas dos red devils, o Arsenal viu então passado dois minutos do primeiro golo, um jogada magistral de Nani pelo flanco esquerdo, desambaraçando-se este dos defesas que lhe apareceram na zona de corte, centrando posteriormente para onde estavam Fletcher, Rooney e o desamparado Gallas, que na minha visão, acaba por ser o último a tocar na bola e a fazer o auto-golo, embora não pudesse fazer melhor que isso. Ainda antes do intervalo e sem qualquer tipo de reacção por parte dos de Londres, Nani marca o terceiro com uma excelente finalização e após soberbo passe de Carrick.

No retorno do intervalo, o Man Utd abrandou o que permitiu uma ligeira reacção do Arsenal, que no entanto estava hoje fora do mapa e não conseguiu criar nada de muito relevante para reduzir a vantagem red. Au contraire, o Man Utd aproveitou a calma do jogo (Wenger já havia retirado Fabregas do campo, mostrando que já não esperava nada do jogo) para fazer corar a face dos adeptos contrários e de Gallas, que no dia antes havia chamado Ferguson de arrogante. Sem contemplações, Nani arranca mais um soberbo cruzamento que Fletcher aproveita para colocar o marcador num conclusivo 4-0.

Nani esteve em todos os golos e foi a estrela do jogo, ainda que Fletcher o tenha acompanhado magnificamente. Terá sido Nani-Fletcher uma dupla de ocasião ou vamos vê-la a ganhar protagonismo à outra dupla Rooney-Ronaldo? Seja como for, ficou hoje provado que o plantel do Manchester United é hoje um dos, senão o melhor, plantéis do mundo. Quanto ao Arsenal, faltam-lhe ainda alguns nomes experientes para os exigentes jogos de mata-mata.

Como curiosidade ficam ainda algumas das coisas que li aquando e depois do jogo:
  • The Gunners may top the Premier League but they were outclassed in a fiery clash at Old Trafford. The Sun
  • Arsenal have been woeful; they've taken this dressing up like Spurs thing way too seriously. The Guardian
  • Arsenal's defending tonight has been little short of a complete disgrace. The Guardian
Nota: em alusão a uma crónica que aqui escrevi sobre Benitez, hoje foi dada mais uma facada na estratégia do espanhol, quando o Liverpool perdeu em casa com o Barsnley. Ficou demonstrado neste jogo que as reservas do Liverpool - escolhidas a dedo por Rafa - não dão conta do recado. Numa altura em que o treinador procura o apoio dos presidentes, este foi sem dúvida um passo atrás nessa demanda. Para piorar a situação, já de si muito instável, Benitez criticou a atitude dos seus jogadores, que no fundo, são os poucos aliados que ainda tem. Está para breve mais um chicotada...

Procuram-se!

Como se sabe, o Valência continua a caminhar por águas muito turvas, mesmo que os dois últimos resultados positivos possam esconder isso. A Marca destaca hoje Angulo, um dos sacrificados na limpeza de balneário levada a cabo por Koeman (os outros dois são Albelda e Cañizares), que afirmou manter uma boa relação de amizade com todo o restante plantel, excepto com dois jogadores que diz terem-se vendido ao poder. Diz também que já os conhecia há algum tempo e que desconfiava do que poderia acontecer, contudo à pergunta de quais os seus nomes, Angulo optou por não responder.

Nos diversos comentários à notícia existe um debate aceso entre os defensores da limpeza dos egos no balneário efectuada por Koeman e aqueles que acham que o holandês não teve o mínimo de humanidade ao lidar com ícones do clube. O mais surpreendente é no entanto que haja um certo consenso nos nomes que Angulo acabou por não revelar: são eles Baraja e Caneira.
Se Baraja até é compreensível visto defender as cores do clube há várias épocas consecutivas, já Caneira é de espantar, pois apesar da titularidade nesta temporada, ainda no ano transacto estava no Sporting e aí nunca demonstrou ser um altercador ou incendiário, antes pelo contrário, era daqueles que mais vezes mostrava o rosto nas situações difíceis.

Na minha opinião, Baraja é certamente um dos nomes, pois se o objectivo de Koeman era limpar os veteranos da equipa, esqueceu-se de um: exactamente o médio Rúben Baraja, com tantos anos de casa como os dispensados por Koeman. Creio ainda que Caneira nunca poderá ser um dos nomes, pelas razões acima especificadas e, como tal, só poderá ser alguém dentro de um perfil semelhante ao de Baraja, isto é, com temporadas suficientes ao serviço do clube para ser um voz com impacto no balneário.

Ficamos então apenas restritos a alguns nomes, sendo eles Vicente (cumpre a oitava temporada seguida pelo clube), Marchena (sete temporadas) e Villa (três temporadas e com estatuto de quase intransferível). Por outro lado, Helguera também pode ser um dos nomes visto ser um voz experiente que já ganhou tudo, isto apesar desta ser a sua primeira época no Valência. Se tivesse que arriscar diria que é Marchena, pois tem um espírito de liderança que os outros não têm e como tal, deve ter começado nele a revolta pois existindo Albelda ou Angulo, Marchena teria que jogar sempre a central, posição que pelos vistos não é a sua favorita. Para se ter uma ideia é curioso que uma das mudanças de Koeman tenha sido deslocalizar Marchena de central para trinco, exactamente para a posição anteriormente ocupada por Albelda.

Por fim e para cúmulo do problema, um outro desportivo espanhol (AS) mostra a cissão que o balneário vive, pois nenhum dos jogadores quis testemunhar contra os jogadores dispensados, no processo que estes últimos aplicaram ao clube de forma a poderem sair com justa causa. O testemunho dos jogadores seria uma das bases de defesa do clube no processo, mas esta negação deita praticamente por terra essa hipótese. Em contrapartida, a defesa dos jogadores tem ganho diversos apoios, sendo o último a proximidade do Europeu de 2008, visto que alguns jogadores envolvidos, por não jogarem no clube, vêm as suas hipóteses de serem convocados ou de jogar numa perspectiva bastante negra. Esperam-se agora ansiosamente cenas do próximo capítulo desta novela espanhola com um toque holandês.

Friday, February 15, 2008

Parabéns Crónicas da Bola!

Gostaria só de gastar algumas linhas e minutos do vosso tempo para referir este facto: só nestes dois primeiros meses de 2008 registámos mais textos aqui no blog do que nos dois anos anteriores.
Por este simples facto o meu/nosso muito obrigado a todos os colaboradores que, finalmente este ano, (re)activaram o Crónicas e lhe deram todo o sentido que merece: o debate, a reflexão, a interacção entre os membros e, sem dúvida, uma saudável e amistosa rivalidade entre todos, quer na procura de acontecimentos actualizados quer na iniciativa que alguns textos proporcionaram.

Parabéns Crónicas da Bola!

Benfica - Nuremberga (1-0)

Ontem tive a oportunidade de ver o Benfica-Nuremberga e cada vez mais fico com a impressão que o Benfica é uma autêntica metáfora governamental, onde há claramente uma grande massa crítica nos associados e outros que apoiam incondicionalmente as decisões da SAD. Penso que a massa crítica sejam os simpatizantes que conseguiram por fim juntar um dinheirinho para ir ao estádio e que depressa se sentem desiludidos pelo fraco fio de jogo da equipa e pela pouco espectáculo oferecido, sabendo que tão depressa não poderão voltar ao estádio por força das dificuldades económicas. Por outro lado, os que apoiam incondicionalmente a SAD e as suas decisões serão porventura os sócios, aqueles que viram o Benfica no fundo ainda há pouco tempo e que deram a quase unanimidade dos votos na direcção de Luis Filipe Vieira no último processo eleitoral, na esperança que as suas decisões levem finalmente o Benfica para os lugares de destaque europeu.

Entrando na análise do jogo, o Benfica jogou mal e obteve um golo caído do céu, pois a pressão que infligia no adversário era quase nula. O mérito do golo, disseram os comentadores da RTP, é de Rui Costa por ter aberto espaço e de Makukula por ter rematado. Da minha parte, continuo a crer que o mérito - ou falta dele - é claramente de Blazek, que deu um autêntico frango. É verdade que a bola ia com força, mas isso não é desculpa, pois a bola passou-lhe entre o braço e perna.

O golo aconteceu no fim da primeira parte e quando pensava que o mesmo ia tranquilizar o Benfica, passa o Nuremberga a atacar cada vez mais, respondendo o Benfica com "contra-a-tanques" © conduzidos por Makukula e Cardozo (quando ainda estava em campo). Claro que o contra-ataque, que se quer rápido e com passes longos, estando nos pés de dois tanques, só pode estar condenado ao insucesso. Tal aconteceu muitas vezes, grande parte delas nos últimos quinze minutos, quando o Nuremberga já havia partido o jogo. Estranhamente, o Benfica foi na cantiga dos alemães e deu por si sem meio-campo, oferecendo a Petit um desgaste exagerado e que por pouco não resultou na sua expulsão, visto que era ele que tinha de fazer pressão à saída de bola dos alemães.

Acabou então o Benfica por ser feliz, mas viu-se que em termos tácticos, Camacho não tomou as melhores decisões, o que já vai sendo apanágio do espanhol. Contudo diga-se que as substituições foram bem feitas: um dos avançados teria que sair mais cedo ou mais tarde devido à pressão que o Nuremberga estava a exercer e David Luiz não poderia entrar directamente para um sector nevrálgico como o centro da defesa, passando Katsouranis para a frente deste. Como Freitas Lobo disse e bem, seriam duas substituições em vez de uma.

1-0 em casa é bom resultado, mas o Benfica que não se fie na virgem, pois mesmo marcando fora, dá-me a impressão que o objectivo do Nuremberga é jogar o jogo pelo jogo, não se importando de abrir cá trás desde que marque lá na frente. Por isso, cuidado Benfica.

Thursday, February 14, 2008

Grandes jogadores adversários III

Michel Preud'Homme

Belga de nascimento, Michel é visto pelos benfiquistas como um dos melhores guarda-redes que passaram pelo clube, atingindo o estatuto de mito do clube, a par de nomes como Costa Pereira ou Manuel Bento. Preud'Homme chegou ao Benfica após o Mundial de 1994, onde foi considerado o melhor guarda-redes da competição, garantindo então com defesas absolutamente espantosas a ida da Bélgica aos oitavos-de-final da competição. Apesar de já ser um veterano quando assinou pelo Benfica, depressa fez esquecer tal pormenor, à custa de um sentido posicional brilhante e de excelentes reflexos. Talvez o seu jogo de pés fosse o seu ponto menos forte, mas tal era facilmente esquecido quando era exímio nas manchas, nos cruzamento e inclusivé a defender penalties. Ao nível que Preud'Homme apresentou, acho que actualmente só mesmo Buffon.
Pelo Benfica, Preud'Homme actuou durante 5 temporadas, entre 1994 e 1999, efectuando perto de duas centenas de jogos pelo clube. Tal como Poborsky, Preud'Homme também foi muito afectado em termos de palmarés por actuar num clube que então vivia a sua pior crise. Prova inequívoca disso é que, em meia década ao serviço de um clube habituado a tantas conquistas, o belga tenha ganho apenas uma taça de Portugal em 1996. Apesar de todo o contexto negativo, Preud'Homme (ou Saint-Michel, como os seus adeptos o alcunharam) sempre foi dos que deu a cara e nunca fugiu à luta. Para se compreender melhor qual o impacto do belga na Luz, dizia-se na época de crise que "o Benfica era João Pinto a marcar lá na frente e Preud'Homme a salvar tudo cá atrás", numa clara alusão ao valor dos dois jogadores e igualmente à fraca valia do restante plantel.

Internacional pela Bélgica por 58 ocasiões, campeão belga pelo Standard Liége (o seu outro grande amor) por 2 ocasiões, vencedor da Taça das Taças e Supertaça Europeia em 88 ao serviço do KV Mechelen, prémio Lev Yashin para o melhor guarda-redes do Mundial 94, primeiro guarda-redes estrangeiro a actuar pelo Benfica e sempre número 1 em todos os clubes por onde passou, Michel Preud'Homme é aquilo que todo o guarda-redes quer ser: bem sucedido ao nível de clubes e selecção e aplaudido por todos os clubes onde passou. Foi igualmente num aplauso de 80 mil pessoas que acabou a sua carreira de jogador, quando foi substítuido por Enke num particular entre o Benfica e o Bayern Munique em 1999.

Jogador para análise futura: Pedro Barbosa

O Fenómeno por terra

Regressa o tormento a um dos melhores jogadores mundiais dos últimos anos. O calvário de Ronaldo é extenso e marcado por lesões graves no joelho. No último jogo do Milan contra o Livorno (de Vidigal), o brasileiro foi mais uma vez alvo do infortúnio que o tem acompanhado desde que saiu de Barcelona. Desta feita foi o joelho esquerdo que cedeu.

Prevê-se mais uma longa paragem de recuperação para o Fenómeno - 9 a 12 meses - e não se exclui mesmo a hipótese do final de carreira para o avançado.
Espantou o mundo do futebol no PSV, de onde se transferiu para a Catalunha. No Barça foi elevado ao estatuto de estrela e as suas exibições, os seus fantásticos golos e dribles davam-lhe razão. Proporcionou-se uma transferência milionária para o Inter onde continuou a demonstrar os seus dotes de goleador e jogador de grande classe.

Em 2000 começaram os problemas com as lesões. Esteve fora dos relvados cerca de um ano. Regressou já com a fisionomia que hoje lhe conhecemos: perfil gordito e cara abolachada. Em 2002 renasceu das cinzas com um grande Mundial onde marcou oito golos em sete jogos e foi a estrela da competição, ganhando o título pela canarinha.
Ingressou no Real Madrid, na era dos galácticos e foi dos melhores marcadores do campeonato espanhol.
No Mundial 2006 já o peso de Ronaldo era dos grandes temas de conversa em volta da selecção brasileira e não pelas melhores razões. Houve o rumor que o Fenómeno estava com 95 kg. Agora de novo as lesões no Milan.
As lesões em si, as longas paragens de recuperação e o consequente acumular de peso tiveram novamente as suas repercussões.

Que saudades dos tempos em que o lingrinhas Ronaldo passeava o seu talento no Camp Nou.

Sporting - FC Basel (2-0)



O Sporting partia para este jogo como mais um teste ao nervosismo dos adeptos (como eu) que desde há uns tempos não sabem o que esperar da equipa..(ainda penso que o do Porto foi alguma santinha atrás da baliza que evitou o pior ou alguma coisa do género)

O Basileia estava em grande forma e o Sporting continuava (e continua) algo irregular sem demonstrar a qualidade dos reforços consistemente (com uma ou outra excepção) e mesmo dos seus jogadores que teimam a acumular más exibições com alguns rasgos de inspiração raros de tempos a tempos.. (exemplo de Miguel Veloso em clara baixa de forma).

O Sporting partia para este jogo com alguma dúvidas relativamente ao 11 inicial uma vez que haviam jogadores em recuperação, caso de Vukcevic ou Izmailov, mas ambos recuperaram a tempo de integrar a equipa, apresentando-se também Grimi na lateral esquerda.

Por outro lado o Basileia encontrava-se bastante desfalcado, pois não contava com alguns dos seus melhores jogadores, caso dos laterais Zanni (direito) e Nakata (esquerdo), tal como o médio Scott Chipperfield e o melhor avançado Marco Streller (ex-Estugarda).
De qualquer modo apresentavam-se confiantes depois da vitória por 3-0 para o campeonato sobre o
Neuchatel Xamax, seguindo na liderança do campeonato suiço com 6 pontos de vantagem para o Old Boys.

Quanto ao jogo em si, viu-se claramente um 4-2-3-1 por parte dos helvéticos, com Eduardo como falso nº10, Carlitos a arrancar em velocidade e dribles pela direita e Degen pelo lado esquerdo em apoio ao avançado Derdiyok.

O Sporting apresentava o tradicional o 4x4x2 losango, com Miguel Veloso de volta á titularidade, Moutinho e Izmailov nos flancos, Romagnoli como distribuidor de serviço e Vukcevic apoiando Liedson no ataque.

A primeira parte começou com um domínio maior do Basileia, impondo o seu poderio físico e conseguindo maior posse de bola..
Aos 4 minutos
assustou ainda a baliza do Sporting, quando Ergic cabeceou ao lado. Os minutos seguiram-se onde o FC Basel foi ganhando alguns cantos, mas poucos minutos passaram até que na primeira jogada de grande perigo do sporting houve golo!


Malik Ba foi um perfeito passador no flanco direito e Grimi e Izmailov aproveitavam para com a ajuda de Romagnoli explorarem por diversas vezes aquele flanco e logo na primeira jogada Vukcevic aproveita um passe de Romagnoli e rematando com o "pé que estava mais à mão" , o direito, e aproveitando o desvio com o braço de Marque, engana Costanzo e abre o marcador em Alvalade.

O Sporting moralizou e começou a deter mais a bola continuando a imprimir bastante velocidade no passe e nas transições e a capacidade técnica da equipa veio ao de cima, perante um Basileia que parecia não ter argumentos para os seus adversários.

O flanco esquerdo foi massacrado, João Moutinho estava em todo o lado e Miguel Veloso compensava as subidas de Grimi por onde Carlitos tentava escapar sem sucesso.
Degen estava quase fora de jogo e o Basel via-se com grande dificuldades de inventar jogadas de perigo, mesmo assim Rui Patrício ainda fez uma boa defesa a um pontapé de bicicleta inventado por Eduardo aos 11 minutos. Até ao final da primeira parte continuou a vaga sportinguista, onde o Basel apenas se mostrava em contra ataques maioritariamente lançados pelo flanco direito mas sem grandes consequências de maior.

Costanzo mostrou bastante qualidade, evitando alguns mal piores para o FC Basel (boa defesa a remate de Vukcevic aos 26 minutos), sempre com grande segurança, vendo aos 41 minutos por pouco Ba marcar um auto-golo após corte a Liedson.
Mas com algum azar pouco depois saiu lesionado, devido a um embate com Tonel, onde caiu desamparado, entrando para o seu lugar Crayton.

A segunda parte viria apenas confirmar o domínio leonino. O Basileia continuava pouco inventivo apostando em bolas longas, pois não conseguia libertar-se da pressão imposta pelo meio campo sportinguista, perdendo bolas com alguma facilidade.
Abel começou também a subir mais na sua ala e começou a aparecer mais vezes no jogo.
Aos 56 minutos primeiro aviso, bom remate de Romagnoli e defesa no limite de Crayton..e logo na jogada seguinte Polga completamente liberto de marcação, após o canto, remata para as nuvens.
Breves minutos
depois (59m) boa incursão pelo flanco direito, Moutinho pica a bola para Vukcevic que olha para a baliza e dispara uma verdadeira bomba ao ângulo das redes da baliza de Creyton, que não teve quaisquer hipóteses de defesa.


Sucederam-se algumas oportunidades com Creyton a defender quase sempre no limite, como foi o caso da bola ao poste de Liedson uns minutos depois.

Quando faltavam cerca de 20 minutos para o final da partida Vukcevic, decide tentar uma acrobacia algo arriscada (fruto do seu feitio "eu vou a todas", " onde está a bola" e quem sabe "eu sou um grande doido") e cai desamparado deslocando o ombro. Teve de sair e provavelmente não estará apto para o derby (pronto digam lá que queriam ouvir isto senhores benfiquistas lol).
Pereirinha e Tiuí entraram assim para os lugares de Vukcevic e Izmailov mas não iriam mudar muito ao jogo, apesar de alguns bons pormenores de parte a parte.

Assim ficou um pensamento na cabeça de muitos adeptos que a eliminatória podia já ter sido fechada neste jogo pois a superioridade leonina foi evidente, mas no final de contas a vitória é que interessa e venha o próximo ;)

By the way boa sorte ao Benfica hoje, uma vez que o pobre Braga não acerta nos penalties e leva 0 3-0 de pénalti para cúmulo dos cúmulos, ficando já com 2 pés de fora da Uefa..

Monday, February 11, 2008

Duelo em Manchester

Old Trafford, casa cheia, derby entre United e City apimentado pela memória do trágico acidente aéreo sofrido há 50 anos pelos red devils, que trajaram com o equipamento da época, sem patrocinadores, marca ou nomes nas camisolas.

Ritmo frenético, barulho ensurdecedor vindo das bancadas, em suma tudo aquilo que não se vislumbra em Portugal.
Aos 24 minutos balde de água fria: contra-ataque do City, conduzido por Benjani, incursão de Petrov pela esquerda, passe a rasgar para Ireland que, na cara de Van der Sar não consegue marcar, e finalmente Vassell, à segunda, a empurrar para as redes.
Volta o United à carga, com jogadas rápidas mas pouco eficazes, exceptuando o espectacular remate à meia-volta de Tévez para defesa de Hart e o perigoso livre de Ronaldo ligeiramente por cima da trave.
Segundos antes do intervalo, Benjani, após cruzamento de Petrov da direita, desvia de cabeça para a baliza e faz o 0-2.
As entradas de Park, Hargreaves e Carrick não trouxeram a lufada de ar fresco necessária ao futebol do United, apesar de aos 90 minutos, Carrick ter feito o 1-2 final num remate de fora da área.
Desde 1974 que o City não ganhava ambos os jogos com o Man Utd para o campeonato.


Este Manchester City é uma das equipas mais compactas da Premier League e o actual 7º lugar, com 44 pontos não faz jus ao excelente trabalho desenvolvido por Eriksson.
A equipa titular costuma ser composta por: Isaksson na baliza, seguro entre os postes e no jogo aéreo; Corluka na direita, fazendo com classe todo o corredor mas sobressaindo a defender; Micah Richards e Richard Dunne no centro, fazendo uma dupla poderosa fisicamente, com Dunne mais na marcação ao avançado contrário e Richards, pela sua grande velocidade, nas dobras; na esquerda Michael Ball, eficiente a defender mas praticamente inexistente a atacar pois não tem técnica suficiente para subir pelo flanco e tirar um cruzamento ou fintar o lateral contrário; no meio-campo a dupla Hamann e Gelson Fernandes, um com maiores preocupações defensivas (Hamann) e o outro com maior pendor ofensivo (G. Fernandes); apoiando esta dupla e o ponta-de-lança está Elano, dando mais técnica e criatividade à equipa mas, por vezes, ainda algo preso à bola, bem ao estilo brasileiro; na esquerda está Petrov, um clássico extremo que vive das suas arrancadas a grande velocidade, com grande capacidade de passe e cruzamento, sendo um perigo nas bolas paradas devido ao remate potente e ao arco que faz a bola descrever; na direita surge Vassell que, em determinados momentos do jogo, surge como segundo ponta-de-lança, enquanto prefere refugiar-se às marcações na ala; no centro do ataque surge agora a contratação do mercado de Inverno, Benjani, proveniente do Portsmouth, inteligente nas movimentações, com capacidade física para aguentar a posse de bola e as duras marcações inglesas mas também capacidade técnica para se livrar dos adversários e aplicar o seu remate colocado.
Além destes habituais titulares, Eriksson conta ainda com jogadores como Ireland e Johnson para o meio-campo ou Nery Castillo e Geovanni para o ataque.
Apesar do bom começo na Premier League a equipa tem denotado alguma quebra, sobretudo em termos físicos ou de lesões de alguns jogadores nucleares.
Pode ser que esta vitória sobre o seu rival a moralize para os próximos confrontos.


À vossa atenção!

Grandes jogadores adversários II

Desde já aplaudo esta iniciativa do António, uma ideia que promete começar um tópico de saudável rivalidade que, aliás, sempre demonstrámos entre nós.
Enquanto lia o post dei-me conta de já ter escolhido o jogador rival para análise e não contive um sorriso quando reparei que era exactamente esse jogador o pedido:

Krassimir Balakov


O mago búlgaro começou a carreira no clube da sua terra natal, o modesto FC Etar Veliko Trnovo, em 1982, e onde se manteve até se transferir para o Sporting em Dezembro de 1990 pela mão de Sousa Cintra, depois de ter ganho o campeonato búlgaro e de uma transferência falhada para o CSKA Sofia.

Estreou-se pelos leões a 12 de Janeiro de 1991, num Sporting 2-0 Penafiel, destacando-se desde logo pela sua visão de jogo, capacidade de passe e drible, empolgando os adeptos leoninos que sempre se permitiam imaginar algo de mágico sair do seu fabuloso pé esquerdo.
Aliado às suas evidentes virtudes técnicas, Balakov sempre demonstrou uma invulgar mentalidade e combatividade para um médio criativo. Agarrava na bola e na equipa sempre que esta se encontrava em dificuldades para, através da sua imaginação e criatividade ao serviço do colectivo, suplantar todo e qualquer obstáculo. Exímio marcador de bolas paradas, aliando uma excelente colocação a um remate portentoso, fizeram de Krassimir um dos melhores e mais completos nº10 da Europa nos anos 90.
Fez parte de uma das mais empolgantes equipas do Sporting dos últimos anos em conjunto com Figo, Paulo Sousa, Capucho, Iordanov, Cadete, Juskowiak, que culminou com a conquista da Taça de Portugal ao Marítimo em 1994/95.
Todos se lembram do fabuloso tento marcado ao V. Setúbal em que Balakov partiu com a bola desde o meio-campo, fintando quatro jogadores e o guarda-redes, num dos melhores golos do campeonato nacional 1993/94.

Transferiu-se para o Estugarda em 1995 onde continuou a dar largas ao seu futebol imaginativo e construtivo, sempre feito de pinceladas de classe e liderança no transporte do esférico, através de assistências fatais ou bolas paradas exemplarmente batidas pelo seu pé canhoto. No Estugarda ganhou duas Taças Intertoto e uma Taça da Alemanha.

A sua carreira pela selecção nacional búlgara foi também notável. Basta lembramo-nos que pertenceu à fabulosa equipa que no Mundial 94 ficou em 4º lugar, onde pontificavam Stoichkov, Kostadinov ou Letchkov, tendo sido eleito para o onze ideal do Mundial. Internacional por 92 vezes, marcou 16 golos ao serviço da selecção.
Foi também eleito o melhor jogador búlgaro por duas vezes, em 1995 e 1997.

Retirou-se em 2003 depois de uma brilhante carreira com 516 jogos e 132 golos ao nível dos clubes. Desde então enveredou pelo caminho de treinador, primeiro com adjunto de Magath e Sammer no Estugarda e depois como treinador principal do Grasshoppers em 2006. Actualmente está no comando do FC St. Gallen.

A sua humildade e humanidade dentro e fora de campo é amplamente reconhecida. Balakov é embaixador das Aldeias SOS búlgaras desde 1998, contribuindo financeira e pessoalmente para essa instituição de ajuda aos mais desfavorecidos.
Na memória ficará para sempre o virtuosismo e genialidade das suas jogadas, a mestria com que conduzia a bola com o pé esquerdo e a saudade de um dos melhores jogadores estrangeiros de sempre a actuar no campeonato português, venerado por alguns mas admirado por todos.

Jogador para análise futura: Michel Preud'homme

Friday, February 08, 2008

Grandes jogadores adversários I

Este é o título daquele que espero ser um tema bem sucedido deste blog. Sabendo-se que o Rui e eu somos simpatizantes de clubes rivais, pensei então em criar um novo tópico, que consiste no seguinte: falar de jogadores que fazem ou fizeram história pelo adversário. O objectivo é uma análise vista pelo outro lado da bancada, o lado menos afectuoso e mais realista do jogo. Para apimentar mais a coisa, no final de cada post, cada um dos cronistas deixa o nome do jogador que seguidamente quer ver retratado pelo rival. Como sou eu que começo, tenho o benefício da livre escolha inicial :)

Karel Poborsky
Fantasista, repentino, hábil e guerreiro, Poborsky é quem inaugura este novo tema do Crónicas. Desde 1998 a 2001 no Benfica, Karel deixou muitas saudades aos benfiquistas, fruto de uma enorme força de vontade com que jogava futebol, nunca se escondendo da bola e procurando sempre conduzir a equipa para a frente. Foi provavelmente a melhor contratação da era Vale e Azevedo e foi também um dos esteios da equipa quando esta caminhava por sombras que ainda hoje não foram totalmente dissipadas.

A carreira de Poborsky começou no seu país natal, onde subiu vários degraus até atingir o Slavia de Praga, um dos clubes históricos checos. Aí realizou boas exibições, mas a expressão internacional de Poborsky era então muito pouca. Contudo, e por força da campanha brilhante da República Checa no Euro 1996 na Inglaterra, todo o mundo do futebol se interessou por aqueles anónimos rapazes checos, entre os quais existiam nomes como Nedved, Smicer ou Kouba. Poborsky saiu então da Rep. Checa, transferindo-se então para o colosso Manchester United. Aí, e contrariamente às previsões, Karel não foi tão decisivo no jogo da equipa como era esperado e foi com naturalidade que acabou por sair, rumo a Portugal, mais concretamente ao Benfica, que então via no checo o salvador, dois anos após crucificar as aspirações de Portugal no Euro 1996, com a célebre vaselina a Vítor Baía.

Chegado ao Benfica num pacote que então incluía Kandaurov e Luis Carlos, Poborsky estreou-se frente ao FC Porto nas Antas, numa derrota por 2-0 com muitos casos à mistura. Sem entrosamento, Karel seguiu o seu percurso, vendo jogadores e treinadores a chegar em grande abundância, não conseguindo criar rotinas tácticas seguras, exceptuando talvez com João Pinto, um dos poucos que conseguiram manter-se fiéis num período tão problemático.

Tal agitação teve resultados nefastos para as hostes encarnadas, que culminaram com o inesquecível resultado (tanto para o Benfica como para os rivais) de 7-0 frente ao Celta de Vigo, em Outubro de 1999. Ainda assim Poborsky foi dos mais inconformados, fruto da dedicação que sempre nutriu pelo jogo. Tal dedicação valeu-lhe aquele que é considerado o ponto alto ao serviço do Benfica: o famoso golo ao Salgueiros na Luz, em que levou a bola desde a sua área, percorrendo todo o lado esquerdo e levando em velocidade todos aqueles que lhe apareciam pela frente, concluindo essa brilhante jogada com um majestoso golo.

Em 2001, Karel rumou à Lazio por uma época, voltando seguidamente a Praga, desta vez para jogar no Sparta, onde jogou mais três anos, até concluir a carreira no clube que o viu nascer para o futebol: o Dynamo de Bujedovice.

Em resumo, fico com a ideia que se fosse hoje, Poborsky teria ficado mais tempo na Luz e teria muito mais impacto do que teve quando por lá jogou. Ainda assim, é com um misto de saudades e de insatisfação que penso que os adeptos do Benfica lembram Poborsky. Saudades por causa da sua técnica e dedicação e insatisfação por ter surgido num período em que o seu futebol serviu mais para salvar a honra de uma equipa perdida, do que para ajudá-la a conquistar títulos.

Jogador para análise futura: Balakov

Thursday, February 07, 2008

A formação em Portugal

Sobre o que o António disse tenho algumas considerações a tecer.
No Benfica, os últimos grandes nomes a saírem do sector de formação, em inícios dos anos 90, dão pelo nome de Paulo Sousa e Rui Costa. Por aqui se vê o quão inoperante está o sector jovem do clube da águia. Daí para cá só praticamente Manuel Fernandes teve um impacto maior na equipa principal mas com todos estes vaivéns de empréstimos e vendas deixou algum mal-estar entre os adeptos que rapidamente esqueceram o seu contributo para a equipa, nomeadamente no título nacional de 2003/04. Outros nomes como João Pereira, João Coimbra, Miguel Vítor, Romeu Ribeiro, citando os mais recentes, ou Diogo Luís, Sousa, Pepa, Mawete, José Soares, entre muitos, ou foram desaproveitados ou nem tinham sequer qualidade para sonhar com a equipa principal. Já para não falar dos casos de Maniche e Deco.
Este problema da formação no Benfica já tem quase duas décadas.
Para mim o problema maior nem sequer está na formação em si mas, como referiu e bem o António, na falta de coragem dos sucessivos treinadores do clube da Luz em apostar na prata da casa. Camacho foi dos poucos que levou a cabo esta missão, lançando M. Fernandes e João Pereira, e agora Bynia.
Além disso os sectores jovens do clube pecam por excessiva falta de qualidade nos seus jogadores, vendo-se consecutivamente arredados dos títulos o que por sua vez também faça com que os treinadores da equipa principal nem sequer olhem para as camadas jovens em busca de soluções.
Também não estou a ver o sector da formação ser revitalizado pelos estrangeiros que estão a ser contratados aos magotes. Estes vêm juntar-se já a uma fase final do sector, os juniores, catapulta para a equipa principal. Não têm noção da realidade futebolística portuguesa em geral e muito menos do clube em particular. A mística não pode ser criada da noite para o dia e estes jovens estrangeiros, que me perdoem, mas não fazem a mínima ideia do que é envergar a camisola do clube que se ama, pelo qual se gastam rios de dinheiro todos os anos e pelo qual se é capaz de sentir as mais profundas emoções humanas. Se isto já faz pouco sentido para as novas gerações portuguesas de pequenos jogadores da bola, muito menos sentido fará no mercenarismo do futebol actual.
De facto é um problema que urge resolver no seio do clube encarnado e que agora, com o Seixal Futebol Campus, tem todas as condições para ser revitalizado de vez se os dirigentes encarnados, nomeadamente o seu presidente, assim o entenderem.

Quanto à excessiva contratação de jogadores brasileiros pelos clubes portugueses, porque não contam como extracomunitários ao abrigo de um acordo entre as duas federações, é outro problema mas que, neste caso, afecta o futebol nacional na sua globalidade. Este facto facto vem por sua vez retirar ainda mais hipóteses aos jovens portugueses, sejam oriundos dos sectores de formação dos clubes ou que estejam em fase intermédia das suas carreiras (dos 20 aos 23 anos sensivelmente), em pleno período de afirmação definitiva.

Quanto aos outros grandes, o Sporting é a única cantera em Portugal na verdadeira acepção da palavra. Forma os jovens desde tenra idade, incute-lhes a mentalidade do clube e treina o modelo de jogo da equipa principal. Os jovens surgem normalmente muito mais maduros e seguros do que os outros jogadores da sua idade.

O Porto exibe uma outra vertente: tem um bom sector de formação mas normalmente coloca-os a rodar em clubes de menor dimensão e raramente aproveita directamente um jogador do seu sector de formação (Bruno Alves será uma excepção actual). Aposta sobretudo em jovens formados noutros clubes mas moldando-os desde cedo aquela mentalidade à Porto que tão bem conhecemos. Bosingwa, R. Meireles, Pepe, Quaresma são exemplos disso mesmo.

Com estes problemas nos três grandes, que são a principal fonte de alimentação da Selecção Nacional, a equipa ressente-se da falta de bons jogadores, formados e criados em Portugal e, possivelmente, potenciados no estrangeiro.
Parecendo que não, o impacto da geração de ouro de Queirós já lá vai e estamos em vias de perder o que esses brilhantes futebolistas conseguiram alcançar, em termos de mentalidade, profissionalismo, dedicação e qualidade.

Em Portugal está-se sempre à espera que algo aconteça mas raramente se faz alguma coisa para mudar.


A sombra do V Império e de D. Sebastião ainda e sempre pairam no ar...

Outra perspectiva

Acho que todo o esforço financeiro que o Estado tem feito no futebol deve parar. Não vale a pena dar dinheiro aos clubes se estes investem-no em brasileiros (e outros estrangeiros), estrangulando assim a formação dos jovens portugueses. Não se trata de xenofobia, mas sim de uma simples equação: se os clubes portugueses preferem ir buscar jogadores estrangeiros (normalmente ao Brasil) para desempenhar a função que antigamente faziam os jovens portugueses, estes ficam cada vez mais presos na sua formação, pura e simplesmente porque nem são titulares no clube da terrinha. Quebra-se a tradição, quebra-se a paixão e pior, quebra-se a formação de jovens valores, claramente necessária num país que hoje tem opções, mas que sabe o que é viver sem elas. Dizerem-me que o caminho é naturalizar e não formar só mostra o desleixo em que a Federação se atolou.

Dou este alerta num tempo em que um dos esteios da formação em Portugal está a ficar corrompido. Falo do Benfica e da sua equipa de juniores, hoje recheada de jovens estrangeiros (são 14 em 30, ver todos aqui). Não tirando valor a esses jogadores, a mim incomoda-me que eles lá estejam em vez dos portugueses. Chamem-me nacionalista, eu cá chamo falta de visão dos dirigentes encarnados que, vendo que não saem jogadores capazes de reforçar a equipa sénior, decidiram agora comprar jovens de outras paragens a ver se dá resultado. Tudo isto acaba por acontecer por falta de coragem dos vários treinadores que raramente apostaram na juventude benfiquista, assim como dos interesses movidos pelos empresários inseridos na gestão do clube, que metem na equipa os futuros bons negócios e não apostam nos jovens portugueses pois tal opção é dispendiosa (dura todo um ciclo de formação) e não dá lucro a curto prazo.

Vale ainda que Sporting e FC Porto continuam a apostar bastante nos jovens nacionais, mas uma vez inseridos numa má colheita, tal reflecte-se amplamente na selecção nacional. Se ao invés de apenas duas fontes, existisse ainda mais uma com grande tradição no lançamento de grandes jogadores (que era o Benfica), um ano de má colheita não teria tanto impacto como tem actualmente. Para que todo este tema tenha lógica, fica ainda uma notícia reveladora de todo este drama: foi há sensivelmente 6 anos que a geração de Moutinho, M. Fernandes, Vieirinha, H. Barbosa e Miguel Veloso foi campeã europeia de sub-17. Actualmente a selecção sub-16 de Portugal conseguiu ser goleada por 7-0 pela sua congénere espanhola. Em 6 anos muita coisa mudou na formação em Portugal, e pelos vistos, foi tudo para pior. Enquanto uns acham que foi um apenas um resultado anormal, eu cá acho que tal foi só o primeiro sintoma de uma política totalmente errada por parte dos clubes portugueses. Ainda vamos a tempo de corrigir isto, mas valha a verdade, o tempo já vai escasseando.

Pequenos detalhes

Eis o que (ainda) separa Portugal das selecções de top a nível mundial: os pequenos detalhes. Mais do que a experiência, qualidade e maturidade individual dos seus jogadores, é no colectivo que podemos observar as falhas da Selecção; a mentalidade colectiva, o controle dos momentos-chave do jogo e a necessidade de mudança na maneira de jogar (não necessariamente a táctica) consoante as diferentes fases do jogo.

No momento, são quatro as selecções que ainda estão fora do alcance de Portugal: Itália, França, Brasil e Argentina. Não só pelas lacunas colectivas acima mencionadas mas também pela qualidade média dos seus jogadores.
No jogo de ontem contra a Itália e olhando para os onze titulares vemos que não podemos comparar R. Meireles ou Petit com Pirlo ou De Rossi; Caneira ou J. Ribeiro com Zambrotta ou Grosso; B. Alves com Cannavaro(!); Makukula ou H. Almeida com Toni ou mesmo Quagliarella. Apesar de tudo, no futebol actual ainda pesa a diferença de qualidade entre os jogadores e isto reflecte-se na manobra colectiva. Outro detalhe que se vislumbrou no jogo de ontem foi a diferença ao nível da mentalidade dos jogadores: a falta de concentração (que afecta, de uma maneira geral, o futebol e o jogador português) que se traduz em falta de confiança e por sua vez em erros, quer ofensivos quer defensivos.

Estes problemas, associados a outros que o nosso colega António Marreiros já havia mencionado, como a falta de um lateral-esquerdo de raíz e de qualidade, de um ponta-de-lança de classe mundial e de um GR de nível, traduzem-se nisto: Portugal ainda não está no grupo de selecções mais fortes onde se encontram, como já mencionei, a Itália, a França, o Brasil e a Argentina. Situa-se portanto imediatamente abaixo, num segundo grupo de equipas onde também estão a Rep. Checa, a Inglaterra, a Alemanha, a Espanha, a Suécia, a Dinamarca, a Holanda, a Croácia e a Grécia. Talvez seja líder, a par da Alemanha, deste grupo de perseguidores do pelotão da frente mas, por enquanto, ainda sem hipótese de lutar de igual para igual com aquelas quatro selecções.

Entretanto a esperança e o sonho vão residindo nos pés deste homem...

Wednesday, February 06, 2008

A selecção de alguns nós

Não se trata de um trocadilho, Portugal é de facto uma selecção exclusiva apenas para alguns. Não sei que critérios usa Scolari. Aliás, acho que nunca ninguém soube. Desde o primeiro jogo no Euro 2004 que Scolari vive sem convicções. Nesse jogo que perdemos com a Grécia, Scolari tinha uma ideia. Não resultou e mudou tudo no jogo seguinte com a Rússia, o qual ganhámos, com a selecção mais unânime entre os portugueses, isto é, com o meio-campo do FC Porto campeão europeu e com Miguel. Como resultou, Scolari insistiu nessa selecção até à final, tendo aí voltado à sua ideia inicial (remeteu Rui Costa para o banco), que mais uma vez e para desilusão de todo um povo, se mostrou novamente errada.

No Mundial 2006, Portugal, fruto de um processo de exemplar liderança movido por Luís Figo, combateu com as armas que tinha até à extenuação. Perdeu na meia-final e foi a equipa mais empolgante da competição. Todo um feito, conseguido através da ideia que nos levou à final do Euro2004. Não foi a ideia do jogo inicial e da final dessa mesma competição, mas a ideia de blindagem da equipa e de experiência. Há mérito de Scolari no trabalho de coesão do plantel, mas infelizmente, Scolari pecou em termos de ordenamento da equipa, e, como tal, acabámos por perder face à França, um adversário também com experiência, mas muito mais ordenado em campo. Tal como a Suécia em 94 ou a Croácia em 98, Portugal não teve argumentos em campo para contrariar o favoritismo do adversário da meia-final. Em todo este processo, Scolari tem mérito, mas mais uma vez, falhou novamente na componente táctica, insistindo nas suas ideias até ao fim. Uma dessas ideias foi Pauleta, que tal como no Euro2004, foi novamente o avançado de que não precisávamos.

Agora, a caminho do Euro 2008, Scolari continua a mostrar as suas ideias. Nada de mal nisso, o problema reside no facto de insistir nelas quando vê que as mesmas não resultam. Como aconteceu hoje com a Itália, com várias titularidades sem sentido. Se a equipa inicial é a ideia de Scolari para o Euro2008, então estamos bem tramados, pois perdemos para uma Itália com muitas caras novas e sem alguns nomes de peso como Totti, Del Piero (não se sabe se voltarão à squadra azurra), Buffon, Aquilani ou Bonera.
Entre as ideias que estão erradas, mas que possivelmente vamos continuar a assistir no futuro, conto as seguintes:
  • Ricardo: sabemos que é um dos talismãs de Scolari, mas da mesma forma que nos salva, também é bem capaz de nos enterrar. Não condeno as suas perdas de concentração, pois todos os guarda-redes as têm, o que me preocupa é a falta de segurança que dá à defesa. Além disso, períodos extensos com o mesmo guarda-redes costuma dar em fiasco de um momento para o outro. Não tem a ver com a qualidade dos guarda-redes, é apenas um fenómeno histórico, que resultado do facto das alternativas estarem muito verdes para o lugar, pois o mesmo foi ocupado sempre pelo mesmo. A Itália deu hoje oportunidade a Amelia, e Scolari, quando dá uma oportunidade aos seus jovens guarda-redes?
  • Bruno Alves: digam-me o que disseram, para mim continuará a ser um cepo, bem ao estilo de Couto, mas muito mais lento e com pior jogo aéreo. Não me digam que com Jorge Andrade de fora, Bruno Alves é a primeira opção? Isto é mau, quando temos Pepe, Ricardo Rocha, Nunes e até Rolando, todos eles melhores que o portista. Só Tonel está ao mesmo nível que o cepo do FC Porto. Pelos vistos conta muito mais para Scolari os jogadores terem raça (é inegável que B. Alves tem) do que propriamente atributos técnicos, indispensáveis face a avançados rápidos e temíveis, como quase todas as grandes selecções mundiais têm.
  • Meira: gosto de Meira, mas acho que ele simboliza tudo o que de mal tem Scolari. Não foi convocado para o Euro2004 por opção técnica e foi depois ao Mundial2006, por lesão de Jorge Andrade. Meira, como qualquer segunda escolha, revoltou-se (positivamente) e fez um Mundial espectacular. Finda essa revolta, penso que a continuidade na selecção não tem razão de ser, pois o jogador já não tem a mesma alma e além disso, será novamente segunda escolha.
  • Raúl Meireles: Tem garra, é raçudo e luta muito. Mas para isso já temos Petit e Maniche. Além disso e na minha opinião, Moutinho, Manuel Fernandes e Pelé têm mais técnica e sentido táctico que Meireles.
  • Makukula e Hugo Almeida: Achei giro ao início, mas a verdade é que a selecção não pode jogar com armários na linha avançada, pura a simplesmente porque no caso de não ganharem os cruzamentos aos centrais, deixa de haver soluções ofensivas dentro da grande área, pondo todo o encargo nos extremos, que longe da área, pouco podem fazer. Portugal precisa de avançados que não se escondam do jogo, hábeis tecnicamente e com remate pronto. Makukula tem remate pronto, mas não tem técnica, Nuno Gomes não se esconde do jogo mas tarda em rematar e Hugo Almeida é o mais completo, mas joga melhor com aberturas pelo meio, algo complicado numa selecção que vive dos extremos.
O jogo de hoje revelou todas estas falhas. Era óptimo se Scolari extraísse informação dessas falhas e mudasse algo, mas tal não vai acontecer, pois não é assim que o Sargentão funciona. Ele já tem o grupo formado e não vai dar lugar para mais ninguém, por muito injusto que seja. Por essas e por outras é que a selecção é de Scolari, da sua equipa técnica e dos seus afilhados na selecção, não dos portugueses.

Ainda os ventos da Catalunha

O Barcelona anunciou o interesse em Ezequiel Garay, defesa central do Racing Santander e uma das maiores promessas mundiais da sua posição, com a Juventus e o eterno rival Real Madrid também na corrida, rumor confirmado pelo presidente do Racing.
De facto impõe-se uma contratação deste nível pois Thuram já está com um pé na reforma. No sector recuado o Barça tem várias soluções: Sylvinho e Abidal para a esquerda, Zambrotta para a direita, Thuram, Puyol, Milito, Edmilson, Márquez e Oleguer para o centro, sendo que Oleguer, Puyol e Thuram podem jogar a defesa direito e Edmilson e Márquez a trinco.


E é aqui que está uma das lacunas do Barcelona.
Quando Rijkaard quer dar mais dimensão física e de ocupação de espaços defensivos à equipa, opta quase sempre por fazer entrar ou avançar um jogador adaptado (Edmilson ou Márquez, centrais de origem) em vez de ter um jogador de raiz. Deco, Xavi, Iniesta e Touré têm mais perfil de organizador de jogo do que recuperador de bola, além de serem vulneráveis no jogo aéreo. Pensava que o Barcelona tinha colmatado esta lacuna definitivamente com a contratação de Van Bommel, jogador tecnicamente evoluído, com disponibilidade e presença físicas impressionante. Mas Van Bommel saiu para o Bayern Munique e o problema manteve-se. São necessários jogadores de características diferentes para a mesma posição no terreno de jogo.

Quando joga com um central adaptado a equipa perde agressividade ofensiva e fluidez na circulação de bola, ganhando coesão defensiva; quando joga com 3 médios de características idênticas (normalmente Xavi, Iniesta e Deco) a equipa perde quando o jogo assume contornos mais físicos e perde coesão defensiva mas ganha rapidez nas transições ofensivas e na circulação de bola.

Um pequeno/grande problema para Rijkaard resolver.

Nas asas de um pato

Para um menino de 18 anos que esteve 6 meses sem competir ao mais alto nível e que joga num clube como o AC Milan não é um mau começo: 4 jogos, 4 golos. Marcou na estreia contra o Napoli, bisou contra o Génova e marcou contra a Fiorentina, sendo que nestes dois últimos jogos ofereceu a vitória ao Milan que só ganhou devido aos seus golos.
Está num dos clubes certos para evoluir e amadurecer sem que ninguém lhe exija, para já, o mundo.

Todos se lembram do menino proveniente do São Paulo que veio para ser suplente de Rui Costa e para aprender com o maestro. Pois, toda a gente sabe como acabou essa história.
Nos últimos tempos, Pato tem até ofuscado Káká e o foco de protagonista está agora virado para o cara, como lhe chamou o nosso colega António.

Esperam-se novos vôos do pato.

Monday, February 04, 2008

Os melhores capitães da Velha Albion

O The Sun, numas das suas habituais top lists, e numa altura em que Capello abdicou de Beckham para a selecção, decidiu divulgar uma lista dos melhores capitães da Inglaterra. Hei-la:

1 - Bobby Moore: Capitão por 90 vezes (em 108 internacionalizações) e vencedor do Mundial 66, troféu que ergueu. Era um médio muito elegante no transporte de bola. Pelé definiu-o como o adversário mais leal que teve. Foi também capitão pelo West Ham (544 jogos) durante mais de 10 anos. Possui uma estátua à frente do Estádio de Wembley. Com a braçadeira de 1963 a 1973.

2 - Billy Wright: O antecessor de Moore, capitaneou a selecção também por 90 vezes (em 105 internacionalizações). Histórico médio-centro do Wolverhampton (490 jogos), possui igualmente uma estátua à frente do estádio desta equipa, assim como dá nome a uma das bancadas. Capitão de 1948 a 1959, foi o primeiro jogador mundial a atingir 100 jogos pelo seu país.

3 - Bryan Robson: 65 capitanias em 90 jogos pela Inglaterra (de 1982 a 1991). Médio ofensivo, ganhou uma Taça das Taças pelo Manchester United e jogou pelos red devils a boa soma de 345 jogos, facturando 74 golos. Pela selecção marcou por 26 vezes. É o actual treinador do Sheffield United.

4 - Alan Shearer: O capitão-finalizador, capitaneou a Inglaterra de 1996 a 2000, acumulando 24 jogos com a braçadeira e 30 golos (em 63 jogos). Foi, aquando a sua transferência do Blackburn para o Newcastle, o jogador mais caro de sempre (15M de libras).

5 - David Beckham: Amado e odiado, o médio direito acumula (ou acumulou) 58 capitanias em 99 jogos pela Inglaterra, pela qual marcou 17 golos.

O aval de Cruyff

"Na crónica semanal que assina no jornal «El Periódico de Cataluña», Cruyff esclarece ainda não ter a mínima intenção de assumir o comando técnico da equipa «blaugrana» até final da temporada, lembrando manter com Frank Rijkaard uma relação de amizade há vários anos. «Rijkaard é meu amigo e a um amigo não se faz o que foi escrito», frisou.Quanto a José Mourinho, Johan Cruyff garante que ninguém da Direcção do Barcelona solicitou a sua opinião sobre a contratação do português, defendendo que a equipa precisa «de estabilidade acima de tudo»." in A Bola (site on-line)

Achei, no mínimo, curiosas estas declarações de Johan Cruyff. Não é que não estejamos já habituados a ouvir algo de insólito da boca do ex-nº 14 da selecção laranja, mas o holandês é sempre uma voz a ter em conta quando se fala de algo que tenha a ver com o clube blaugrana. Neste caso não pude conter um sorriso.
Sobretudo porque desmente notícias pelo simples facto de ninguém do clube catalão ter falado com ele sobre Mourinho, como se fosse preciso o aval de mais alguém, além do presidente do clube, para contratar um técnico do calibre do português.
Já há algum tempo que se fala nessa possibilidade e os adeptos, que o detestavam dos tempos de rivalidade nos duelos com o Chelsea, ainda ninguém os ouviu.
E os adeptos são, normalmente, o barómetro dos clubes, sobretudo quando algo vai mal.
Mourinho pode até nem vir a ser treinador do Barcelona mas a Cruyff ficava-lhe bem nem tocar no assunto. Ele nem sequer pertence aos quadros do clube.

Nunca gostei destes ilustres que falam quando ainda ninguém lhes pediu nada.
Para mim o povo é que tem razão: quem está de fora não racha lenha.

Sunday, February 03, 2008

Comparação: Portugal e Costa do Marfim

Actualmente são duas das selecções mais empolgantes do planeta, virtude que começou a desenhar-se desde o início da década, culminando (até hoje) com a participação no Mundial 2006, no qual encantaram. Contudo, tanto Portugal como a Costa do Marfim são selecções que não conseguiram atingir o Olimpo, perdendo as finais do Euro2004 e da CAN2006 respectivamente, deixando o gosto amargo da desilusão que o futuro poderá vir a fazer esquecer. Para já, Portugal tem no Euro2008 uma prova de fogo ao rejuvenescimento da selecção, ao passo que a Costa do Marfim tem na CAN de 2008 talvez a última oportunidade de ganhar a prova com o contributo do ídolo Drogba. Num exercício de comparação individual dos jogadores, poderemos perceber que ambas as selecções não estão assim tão afastadas como o demonstra o mapa:

Guarda-Redes: Ricardo e Quim são mais experientes e muito mais rodados que as opções marfinenses Barry ou Loboue. Neste capítulo, há vantagem portuguesa.

Lateral Direito: Eboué não fica atrás de Miguel ou Bosingwa, mas a selecção marfinense perde por falta de opções.

Centrais: Touré é um grande defesa central e é bastante consistente com Meite, sendo que as opções Romaric e Zoro são bastante razoáveis. Ricardo Carvalho e Jorge Andrade são defesas de classe mundial e Fernando Meira ou Pepe são muito fortes. Vantagem portuguesa.

Lateral Esquerdo: Boka é melhor que N. Valente, J. Ribeiro ou qualquer outro adaptado a lateral esquerdo na selecção portuguesa. Vantagem marfinense.

Médios-Centro: Zokora e Yaya Touré são médios de grande impacto técnico e físico, ao passo que Petit, Deco ou Maniche são menos intensos no seu jogo, mas tremendamente eficazes. Embora Portugal tenha melhores opções no banco (Moutinho, Veloso ou M. Fernandes parecem-me melhores que Fae ou Tiené), sigo para um empate neste sector.


Extremos: Kalou, Keita ou Dindane garantem grande velocidade e criatividade aos flancos, mas a grande escola portuguesa de extremos com Ronaldo, Quaresma, Nani ou Simão dá clara vantagem a Portugal.

Avançados: Drogba é o Eusébio da Costa do Marfim, enquanto Portugal desespera que chegue um novo pantera negra. Apesar do esforço de Nuno Gomes, Makukula ou H. Almeida, Drogba e a su companhia (Sanogo , Bakari Koné e Aruna Koné) dão vantagem à Costa do Marfim.


Conclusão: Portugal ganha no conjunto dos sectores, mas tem lacunas no lado-esquerdo da defesa e no capítulo da finalização, lugares onde a Costa do Marfim está bem fornecida. Apesar de ter boas peças para todos os lugares, os elefantes têm uma gritante falta de banco para quase todos os sectores, exceptuando o ataque e o centro da defesa. Falta à Costa do Marfim maior afirmação dos elementos não-titulares nos campeonatos europeus. A equipa actual é suficiente para uma aposta ao título da CAN, mas claramente insuficiente para um Mundial. Quanto a Portugal, falta uma ala esquerda mais forte e sem adaptações e - o defeito do costume - um ponta-de-lança que finalize aquilo que os extremos criam.

Notas argentinas


O River Plate ganhou ao Boca Juniors por 3-2, em jogo a contar para o Torneio de Verão, competição que o River já assegurara a conquista na semana transacta face ao San Lorenzo.
De assinalar neste jogo o sucesso da dupla "estrangeira" Abreu - Falcão (um golo cada) e a jogada monumental do jovem chileno Alexis Sanchéz (19 anos) que resultou num penalty que viria dar o 1-3, convertido por Ortega. A jogada começa um pouco depois da lua de meio-campo, tendo Alexis Sanchéz fintado 4 defesas do Boca antes de ser derrubado pelo último defensor. Um nome a ter em conta! O jogo ficou ainda marcado por 4 expulsões, uma para o lado do Boca e três para o River.

D'Alessandro voltou à Argentina para jogar no San Lorenzo, num acordo a rondar os 3,5M €. Visto desde muito cedo como uma enorme esperança do futebol mundial, D'Alessandro pagou caro por ter-se mudado tão prematuramente para os exigentes campeonatos europeus. Nunca se conseguiu fixar nos vários clubes em que passou (Wolfsburg, Portsmouth e Zaragoza), fruto de uma carácter irascível, frontal e imaturo. Chegou a ser dado como reforço do Benfica, mas olhando bem a sua trajectória europeia, o argentino tornaria-se em apenas mais um flop se tivesse ingressado na Luz. Entretanto, o San Lorenzo diz também que o acordo com Bergessio está por horas.

Maradona garante à imprensa argentina não ter pedido perdão aos ingleses pela mão de Deus de 1986. A imprensa inglesa, por seu turno, garante que o fez. Apenas mais uma rambóia maradoniana.

Friday, February 01, 2008

Transferências de Inverno

Esta é uma síntese das principais transferências (e empréstimos) ocorridas durante Janeiro de 2008. A azul estão as que, na minha perspectiva, terão mais impacto positivo. A vermelho estão aquelas que penso que nada acrescentarão.

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James McFadden (Everton para Birmingham)
Nicolas Anelka (Bolton para Chelsea)
Brede Hangeland (FC Copenhagen para Fulham)
Nery Castillo (Shakhtar Donetsk para Man City)
Afonso Alves (Heerenveen para Boro)
Jermain Defoe (Tottenham para Portsmouth)
Milan Baros (Lyon para Portsmouth)
Rade Prica (Aalborg para Sunderland)
Alan Hutton (Rangers para Tottenham)

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Banega (Boca Juniors para Valência)
Maduro (Ajax para Valência)
Pinto (Celta para Barcelona)
Ewerthon (Zaragoza para Espanhol)
Wilhelmsson (Bolton para Deportivo)
Gavilán (Valência para Getafe)
Scaloni (Lazio para Mallorca)
Rosinei (Corinthians para Murcia)
Manchev (Celta para Valladolid)

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Mohamed Sissoko (Liverpool para Juventus)
Rolando Bianchi (Man City para Lazio)
Rigano (Levante para Siena)
Caracciolo (Sampdoria para Brescia)
Makinwa (Lazio para Reggina)
Pazienza (Fiorentina para Napoli)
Maldonado (Napoli para Chievo)
Rolando (Belenenses para Lazio)
Maniche (Atl. Madrid para Inter)
Manuel Da Costa (PSV para Fiorentina)
Vanden Borre (Fiorentina para Genova)

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Grimi (Siena para Sporting)
Tiuí (Fluminense para Sporting)
Makukula (Marítimo para Benfica)
Sepsi (G. Bistrica para Benfica)
Halliche (Benfica para Nacional)
Hélder Barbosa (Académica para FC Porto)
Rabiola (Guimarães para FC Porto)
Jankauskas (Larnaca para Belenenses)
André Pinto (Kioto S. para Marítimo)
Miguelito (Benfica para Braga)
Contreras (Celta para Braga)
Bruno Vitorino (Gondomar para Setúbal)

Outros:

Mosquera (Werder Bremen para Aachen)
Rukavina (Partizan para Dortmund)
Radu (Wolfsburg para Stuttgart)
Benaglio (Nacional para Wolfsburg)
Ávalos (Nacional para Duisburg)
Denny Landzaat (Wigan para Feyenoord)
Kuffour (Roma para Ajax)
Boumsong (Juventus para Lyon)
Almirón (Juventus para Mónaco)
Jonatas (Espanyol para Flamengo)
Carlos Alberto (Werder Bremen para São Paulo)
Jorge Wagner (Bétis para São Paulo)
Adriano (Inter para São Paulo)
Manucho (Man Utd para Panathinaikos)
Postiga (FC Porto para Panathinaikos)
Fernando Belluschi (River para Olympiakos)
Kallon (Mónaco para AEK)
Edinho (Braga para AEK)
Hinkel (Sevilla para Celtic)
Mizuno (JEF United para Celtic)

Mitos

Di Stefano, Puskas, Eusébio, Pélé, Garrincha, Cruyff, Beckenbauer, Yashin, Best e Maradona.
Que têm todos eles em comum? Todos atingiram o Olimpo do Futebol, aquela barreira invisível que separa o grande jogador do mito, o homem vulgar da lenda, os que passam pela história do futebol e os que a constroem.


Ao recordar estes nomes lembro-me sempre da sensação que tenho ao ver as suas jogadas, os seus lances mais fantásticos e inverosímeis. Parece que ainda têm mais sabor essas imagens por terem acontecido antes do meu tempo. Dá-lhes mais magia e espaço para sonhar.
Mas são normalmente os artistas que ficam na memória de todos. Daqui a trinta anos lembrar-nos-emos mais de Cristiano Ronaldo, Messi, Ronaldinho, Káká, Henry ou Ibrahimovic, jogadores de recursos técnicos infinitos, explosivos e capazes de inventar uma jogada a partir do nada, do que jogadores mais cerebrais como Lampard, Ballack, Fabregas, Pirlo, Scholes ou Schweinsteiger, apesar de toda a gente lhes reconher capacidade para serem dos jogadores mais importantes e até decisivos nas respectivas equipas. Até ver, ainda são os fantasistas os únicos a terem a hipótese de tocar o céu e fazer vibrar uma plateia como mais nenhum outro.
Quando os nossos filhos e netos nos perguntarem como eram Lampard, Fabregas ou Pirlo nós diremos que foram grandes jogadores, os patrões das suas equipas no seu tempo, capacidade de passe, etc. Mas provavelmente não nos lembraremos de uma jogada específica.
Por outro lado, quando nos perguntarem por Cristiano Ronaldo, Messi ou Káká, iremos deixar transparecer um brilho no nosso olhar e, com um largo sorriso, dizer: "Lembro-me de um golo fabuloso que ele marcou, depois de uma grande jogada...".

Talvez aconteça com as próximas gerações o que aconteceu comigo. Quer dizer, nós por estarmos habituados a ver Ronaldo, Messi e Káká todas as semanas talvez não lhes daremos o devido valor no presente, e serão essas gerações que nos relembrarão que também nós vibrávamos com Maradona, Cruyff, Eusébio e os ídolos de outrora, tal como eles irão vibrar com os jogadores do nosso presente e do seu futuro, jogadores que já não serão do tempo dessas gerações.

Meus senhores, o Olimpo do futebol espera-vos.

Astros da Catalunha

"Era la noche de Ronaldinho. Los flashes, todas las miradas, estaban puestas en la figura del brasileño, que estrenaba suplencia en el Camp Nou. Pero no. El ansiado regreso del '10' fue eclipsado por un fenómeno de apenas 1'70, de caminar cansino, parco en palabras pero inmenso sobre los terrenos de juego. "El día de mañana podré decir a mis hijos que jugué con Messi", afirmaba Thierry Henry durante la pretemporada. No se equivoca Tití. El argentino, colosal, con la pelota cosida al pie, hizo trizas a un Villarreal que soprendió por su escaso bagaje y su conservador planteamiento inicial. La majestuosa actuación de la La Pulga permitió a su equipo, el Barcelona, alcanzar las semifinales de la Copa del Rey y vislumbrar un atisbo de luz al final del túnel." in As.com


Quem diria, até Thierry Henry, astro do futebol mundial de há muitos anos a esta parte, se curvou perante o talento do pibe Leo Messi.
Curiosamente a "ascensão" de Messi como melhor jogador do clube catalão e jogador preferido dos adeptos está ligada à "queda" de Ronaldinho, outro mago, que já não goza do prestígio de há uns anos atrás, quer entre os adeptos culés quer entre os admiradores do futebol a nível mundial e a votação do FIFA World Player of the Year representa isso mesmo.

Talvez esteja a precisar de mudar de ares...