Friday, February 26, 2010

O Sporting passa por cima do Everton

Trazendo um resultado que deixava tudo em aberto para a 2ª mão (2-1 em Inglaterra para o Everton), a partida oferecia boas possibilidades de espectáculo, situação que se confirmou através de um jogo rápido, pensado e com muitas jogadas junto das áreas. No final, sorriu o Sporting que conseguiu passar para a fase seguinte da Liga Europa goleando o Everton por contundentes 3-0, embora o resultado possa enganar visto que o jogo foi até certo ponto muito equilibrado.

Começou melhor o jogo a turma inglesa, acercando-se da baliza de Rui Patrício nos minutos iniciais, mas, pouco a pouco, o Sporting acabou por tomar o comando das operações. Aos 16 minutos João Moutinho quase inaugurava o marcador, mas a barra salvou os ingleses de um livre superiormente marcado. Foi o ponto alto do primeiro tempo, que se esgotou rapidamente entre a luta pela posse de bola.

Para o segundo tempo, o tom da partida não se alterou em demasia, surgindo no entanto um Sporting menos preocupado em criar a oportunidade perfeita, tentando chegar ao golo com passes mais directos. O Everton ao invés, fechou-se mais tentando a via do contra-ataque para fechar a eliminatória. Numa das muitas tentativas de passe junto da área inglesa, o Sporting chegou por fim ao golo por intermédio de Miguel Veloso após excelente combinação com Saleiro, recém entrado em jogo. Com a eliminatória a seu favor, o Sporting não recuou e continuou a atacar o seu rival e, foi assim, que acabou por chegar ao segundo golo por Pedro Mendes com um remate de fora de área. Já perdido e a precisar desesperadamente de um golo para pelo menos levar o jogo a prolongamento, o Everton começou a despejar bolas pelo ar para a baliza sportinguista, esquecendo por completo o seu meio-campo composto por Arteta, Pienaar y Bilyaletdinov, jogadores muito técnicos que não puderam assim fazer a diferença.

(Foto:Nacho Doce/Reuters)

Já em desespero de causa, o Everton sofreu o 0-3 na última jogada, depois de um contragolpe do Sporting, finalizado com arte por Matías Fernandez. No final, resultado justo para o Sporting, que agora se encontrará com o Atlético de Madrid nos Oitavos-de-Final da competição. Foi seguramente a melhor exibição do Sporting na sua má temporada, frente a um Everton que agora tentará melhorar a sua classificação na Premier de forma a chegar novamente a esta competição no próximo ano.

Ficha de jogo:

SPORTING: Rui Patrício; Abel, Tonel, Carriço, Grimi (Saleiro 62'); Pedro Mendes, Miguel Veloso; Izmailov (Mati Fernandez 90'), João Moutinho, Djaló; Liedson (Pola 90').

EVERTON: Howard; Neville, Yobo, Senderos (Jagielka 53'), Baines; Bilyaletdinov (Rodwell 62'), Osman, Arteta, Pienaar; Donovan (Yakubu 73') e Saha.

Golos: 1-0 por Miguel Veloso (63'); 2-0 por Pedro Mendes (75'); 3-0 por Matías Fernandez (90+3')

Friday, February 19, 2010

Contribuições FIFA-Champions

Não deixem de ler as minhas recentes contribuições para a recém-renovada revista sobre futebol em espanhol FIFA-Champions. Aproveitem e leiam também o resto dos artigos: valem a pena!

Edição 18 Fevereiro 2009. Páginas 12 e 13:
El renacer de la AS Roma




Edição 19 Fevereiro 2009. Página 15 e 13:
El Benfica no rompe el maleficio

Friday, February 05, 2010

Michelle e o ténis português: lenda viva ou flop?

Não costumo falar muito de ténis neste blog, quanto mais do feminino, no entanto há um assunto que gostaria de desenvolver: a carreira de Michelle Larcher de Brito, a tenista nos quais os portugueses aprenderam a acreditar.

Apesar de contar apenas 17 anos, Michelle já ocupa lugar no imaginário desportivo nacional há pelo menos dois anos, altura em que algum jornalista mais atrevido (ou desesperado por encontrar uma referência no ténis feminino nacional) deu de caras com esta rapariga portuguesa residente nos EUA e que treinava com astros como Maria Sharapova.

Apesar de ainda não ter ganho qualquer torneio na sua carreira sénior, Michelle já atingiu alguns marcos importantes como a participação em todos os torneios Grand Slam, nos quais atingiu o Quadro Principal em Wimbledon, US Open e Roland Garros. E foi no torneio francês que Michelle mais deu nas vistas, quando em 2009 atingiu os 16 avos-de-final, situando-se aí nas melhores 32 do emblemático torneio.

Apesar disso, a sua carreira tem sido pautada pela irregularidade, pois tanto chega longe num torneio como cai logo à primeira. Prova disso acaba por ser o seu record no WTA: 43 vitórias contra 39 derrotas e a sua classificação no ranking WTA onde já foi 76ª (melhor classificação de uma portuguesa) ocupando agora o 116º posto.

Um dia que Michelle ultrapasse essa irregularidade, poderá firmar-se nas melhores 50 e, embora surjam surpresas no ténis todos os dias, a tenista portuguesa acabará por se impôr se continuar com o espírito combativo e solto que mostrou em Roland Garros em 2009. Não é a mais rápida das tenistas, contudo tem uma boa técnica de direita e movimenta-se bem dentro do court. Necessita contudo de melhorar amplamente o serviço e sobretudo a concentração. Eu acredito que se tornará numa referência do ténis nacional, daí até que faça um post de ténis num blog dedicado ao futebol :)