Sunday, June 29, 2008

¡Campeones!

Foi com imenso prazer que assisti à consagração da Espanha como campeã da Europa! Fizeram um jogo fantástico, pleno de inteligência, garra e técnica, as três virtudes sobre as quais assentou este seleccionado vencedor de Aragónes.

No jogo de hoje, viu-se uma vez mais o espírito de equipa que a Espanha teve ao longo do torneio, quando carentes da pontaria de Villa, socorreram-se de Torres, que sempre ambicioso, marcou o golo que decidiu a final e o vencedor. Um golo à avançado, diga-se de passagem. E assim, em vantagem, a Espanha esperou para ver a reacção da Alemanha. Não foi um daqueles casos de uma grande reacção, mas ela existiu de facto, a espaços, mas sempre com a palavra perigo inscrita nas botas dos seus atacantes. Tal perigo apenas aconteceu uma vez, e num remate de fora de área de Ballack. Ora, quando a melhor oportunidade de golo do adversário é um remate desse tipo, fica bem delineado o quão perfeita foi a Espanha defensivamente (houve desconcentrações, mas bem resolvidas pelos companheiros de sector).

Assim, passado quatro anos da desilusão futebolística de 2004, temos em 2008 um campeão que pratica um futebol vistoso e eficaz. Conjuraram-se cenários de vitória do futebol cinzento e acima de tudo, mostrou-se ao mundo que é possível ganhar jogando de forma bela aos olhos do telespectador. Uma boa visão do futebol para concluir, mas não deixo escapar a oportunidade para incentivar uma vez mais ao recurso às novas tecnologias na arbitragem, isto porque o árbitro da partida esteve bastante mal a ajuizar vários lances, além do critério disciplinar ter sido péssimo (o amarelo a Casillas é de deixar qualquer espanhol louco de raiva). A rever esse aspecto e claro, o futebol da Espanha.Para o fim, a apreciação individual dos vários jogadores-chave espanhóis e habitual positivo e negativo:

Casillas: Se há ano para a sua consagração como melhor guarda-redes do mundo, é este. Influência máxima no espírito de concentração da equipa.

Sergio Ramos: Um aventureiro, um jogador solidário e a lembrança constante do amigo Puerta. - Também ele foi campeão hoje.

Puyol: A personificação da garra. Não foi brilhante, mas foi muito seguro. Como é aliás, seu estilo.

Marchena: A revelação para mim. Uma época toda a jogar a trinco e depois faz exibições de alta qualidade a central e consecutivamente. Magnífico!

Capdevila: O lateral esquerdo que tanta inveja nos faz. Muito sóbrio e aguerrido, tinha em Senna o seu companheiro mais fiel.

Senna: Que me perdoem Casillas, Iniesta e Villa, mas o melhor do torneio foi mesmo Senna. Absolutamente genial nas compensações e nas dobras, irrepreensível tacticamente. O melhor!

Xabi Alonso: Entrou a espaços, mas se a equipa não sofreu golos no mata-mata, muito também se deve a ele.

Iniesta: Foi dos que mais fintaram com sucesso. O modo como controla a bola é assombroso e em muito ajudou no auto-controlo emocional da equipa.

Xavi: Tal como Iniesta, é dos tais que parece não ter ancas, tal a rapidez com que se viram. Brilhante no passe e no empurrar da equipa para a frente.

Fabregas: Teve papel fulcral na semi-final e exibiu sempre a sua arte quando solicitado. Futuro genial à sua frente.

Cazorla: Trabalhador e técnico, entrou sempre bem em campo. Aposta acertada de Aragonés.

David Silva: Foi irreverente em grandes doses e parecia amadurecer a cada jogo. Fez esquecer por completo Joaquín, Vicente e Capel.

Torres: Decisivo na final, parecia estar a guardar-se para este jogo. The kid é hoje o mais sério candidato (pelos golos e este título) a derrotar Cristiano Ronaldo na eleição do melhor do mundo.

Villa: Sai como melhor marcador do torneio. De grande recorte técnico e exímio na finalização.

Guiza: Um jogador de grande porte atlético e de grande capacidade de finalização. Tem a capacidade de intranquilizar qualquer defesa.
Alemanha:
Positivo: A raça da equipa mesmo com um claro défice técnico em relação ao rival. Tiveram a capacidade de pôr em sentido a atenção da defesa espanhola.
Negativo: Ausência de um líder com uma aura vitoriosa (Ballack é o inverso disso), equipa com poucos recursos ofensivos e nervos sempre à flor da pele.

Espanha:
Positivo: Ganhar uma final é sempre o cúmulo do sentido positivo. Aragonés e a sua teimosia pelo bom futebol. Todo o trabalho dos jogadores em campo.
Negativo: Desconcentrações esporádicas que poderiam ter resultado mal.

Thursday, June 26, 2008

Esta sim é a verdadeira vontade de vencer

Fiel aos seus princípios, a Espanha protagonizou neste jogo umas das suas mais grandiosas exibições futebolísticas, principalmente na segunda parte, onde foi manifestamente superior ao seu adversário em todas as vertentes possíveis: posse, remate, eficácia, beleza de jogo, antecipação, desmarcação, defesa... enfim, um domínio absoluto perante uma Rússia que acusou em demasia a responsabilidade de ter eliminado a favorita Holanda.

Como foi tal feito conseguido por nuestros hermanos? Resposta simples: Bloqueio de acção aos municiadores de ataque russos, de seus nomes Arshavin e Zhirkov. Foram decisivos para tal missão o hispano-brasileiro Senna, Sérgio Ramos e o apoio constante de Silva - o melhor em campo para mim - que incubidos de tal tarefa, não só a cumpriram à risca, como ainda se livraram de amarras e passaram ao ataque.

Contudo, o momento fundamental do jogo partiu da lesão de Villa. Sem desprimor pelo melhor marcador deste Europeu, Fabregas entrou muitíssimo bem e veio equilibrar o meio-campo, dando-lhe aquilo que faltou na primeira parte: aventura. Por outras palavras, Fabregas deu o toque final ao projecto de posse de bola apoiado em passe curto da selecção espanhola, dando-lhe capacidade de fantasia e de desequilíbrio. Cedo se apercebeu disso David Silva, que mais liberto, revoltou a até então sóbria defesa russa, que acabou subjugada pelas desmarcações repentinas do interior do terreno. Numa comparação com o Barcelona de há três anos, Fabregas foi para a Espanha de hoje o que Ronaldinho foi para essa grande equipa: o mágico eficaz.

Por fim, duas notas: chega ao fim a brilhante campanha da Rússia, que mesmo abalada pelo resultado avassalador, sai de cabeça erguida. É uma selecção jovem e por isso tem todas as condições para fazer mais brilharetes num futuro muito próximo, talvez já mesmo em 2010.
E, voltando à Espanha, dizer que uma equipa não deve ser montada sob nenhuma aura de fúria, tiqui-taca ou estrelas momentâneas. Uma equipa é, acima de tudo, um conjunto unido num único sentido: a vitória. Aragónes tem grande mérito nessa construção, pois muito rara é a vez onde o espectador, chegado o fim e questionado quem jogou pior do lado vencedor, ficar sem qualquer tipo de resposta. Essa é no fundo a marca das grandes equipas.

Espanha
Positivo: O equilíbrio de Iniesta e Xavi, a segurança de Casillas e Puyol, a aventura de Sergio Ramos e Fabregas, o perigo nos pés de David Silva e Guiza, e por fim, o magnífico Senna, que é, neste momento, o melhor médio defensivo do futebol mundial.
Negativo: Exceptuando a falta de pontaria de Torres e a lesão de Villa, nada a assinalar nos espanhóis.

Rússia
Positivo: Pavlyuchenko, mesmo sozinho, lutou muito e por pouco não teve prémio. Para mim, ele e Akinfeev foram os melhores dos russos ao longo do torneio.
Negativo: Tal como tinha dito, Arshavin precisa de ter todas as condições a seu favor. Não as tendo, é um jogador sem destaque. Fraca capacidade de libertação por parte do meio-campo da malha adversária.

Monday, June 23, 2008

Espaço Aposta V

Samir Nasri é a aposta que vos trago hoje. Mais uma vez, não se trata de um desconhecido, mas sim de uns dos talentos mais afamados do globo, dito por muitos como o digno sucessor de Zidane. Custou 15M € aos recheados cofres do Arsenal, veio do Olympique de Lyon e chegará para colmatar uma de três situações:
- a mais que provável saída de Hleb
- a excessiva carga de jogos realizada por Rosicky
- a ausência de alternativas credíveis ao checo e a Fabregas

De técnica refinada, é dos poucos jogadores que nos fazem lembrar maestros como Rui Costa ou o já referido Zidane, muito devido à sua excelente visão de jogo e qualidade de passe. Não é, para já, um jogador de choque, mas tal como Anderson do Man Utd, Nasri ganhará igualmente a necessária compleição física de forma a poder mostrar toda a sua arte no campeonato mais espectacular do planeta. Uma excelente aposta realizada por Wenger, que certamente dará conta do recado.

O mérito russo

Uma das mais agradáveis surpresas do Euro 2008 veio do frio. A Rússia de Hiddink pratica um futebol assente nas movimentações colectivas, através das quais liberta ao máximo os seus jogadores tecnicamente mais evoluídos e que mais conseguem desiquilibrar no um-para-um, como Zhirkov, Arshavin ou Pavlyuchenko.
Também contribui, a este nível competitivo, o facto de os jogadores que constituem a selecção russa serem praticamente todos oriundos de clubes do seu país de origem, cujo campeonato está a começar.
Não deixa, porém, de ser um grande mérito para Hiddink ter montado uma equipa sólida e muito forte nas transições ofensivas, mas que não deixa de ter algumas lacunas como apontou, e bem, o António.


Um ou outro espectador mais atento já teria previsto que a Mãe Rússia pudesse lutar por algo mais do que apenas passar aos quartos-de-final, depois de ver o Zenit ganhar, com todo o mérito, a Taça UEFA deste ano.


Referência para alguém que conseguiu brilhar mais do que Guus Hiddink nos jogos contra a Suécia e a Holanda: Arshavin. Se a sua exibição contra a Suécia teve mais sentido colectivo, contra os holandeses foi simplesmente fantástico do ponto de vista individual. Sozinho, dinamitou por completo a defesa laranja, trocou as voltas a todos quantos se lhe opuseram, Boulahrouz, Heitinga, Van Bronckhorst, partindo das alas para o centro em slaloms diabólicos ou efectuando passes de morte, fabricou o 1º golo, ofereceu o 2º e ainda teve tempo para coroar a sua exibição com um golo por entre as pernas de Van der Saar, ao ponto de irritar Ooijer com o seu talento. Superior controlo de bola, capacidade de arranque e velocidade, sentido colectivo e arrogância individualista q.b., na mais assombrosa exibição individual deste Euro 2008. Há muito que era apontado como um dos grandes valores do futebol russo mas talvez ninguém desse por ele se o Zenit não ganhasse a Taça UEFA e se Hiddink não estivesse ao leme da selecção.


Uma última referência para Pavlyuchenko, um avançado que deixou também meio-mundo assombrado com a sua movimentação e instinto goleador, embora só tenha ainda marcado 2 golos na competição.


Será que iremos vê-los na final?

Sunday, June 22, 2008

O sonho de Hiddink

Guus é um nome curto e estranho, que dá vontade de fazer trocadilhos como motivo de gozo. Guus é nome de treinador. Guus é nome de cidadão do mundo, capaz de exercer de forma positiva o seu trabalho em qualquer canto do mundo. Guus é o verdadeiro trabalhador do mundo, profissional ao ponto de ganhar ao país que o viu nascer. Van Gogh ou Rembrandt talvez vissem isso como a última forma de traição à pátria, mas as selecções que acolheram Guus vêem-no como "o maior". Depois da cidadania e do mérito recolhido na Coreia do Sul, depois do feito de ter qualificado a Austrália para os Oitavos-de-Final do Mundial 2006, caindo aos pés da Itália e do árbitro desse jogo, agora Guus é o novo "czar", colocando a Rússia nos padrões da história futebolística da URSS, depois da excelente e totalmente merecida vitória frente à ultra-favorita Holanda.

Como tinha dito anteriormente, faltava à Holanda ver-se em desvantagem num jogo para se perceber afinal se eram realmente favoritos ou não. A resposta foi um rotundo e sonoro não, pois não conseguiram fazer tremer as boas bases do futebol russo, apoiado na técnica dos jogadores do Zénit (Arshavin e Zyrianov), na segurança do CSKA (Akinfeev, Ignashevich e Zhirkov) e no instinto do goleador do Spartak (Pavlyuchenko). A Holanda, carente de técnica na transição (Engelaar e De Jong estiveram sofríveis nesse aspecto), deixou tudo nos pés de Sneidjer, que rodeado de defesas russos - estes sabiam onde estava o epicentro - assustava mais não facturava, deixando os russos cada vez mais à vontade para atacar, o que fizeram durante todo o jogo, depois dos primeiros 20 minutos de estudo do adversário. Mérito de Hiddink que nunca deixou de ter 2 avançados, mérito da concentração e claro, total demérito de Van Basten, que tal como havia demonstrado há 2 anos frente a Portugal, é um técnico conformado e muito mau nas substituições (esgotou-as por volta dos 70 min). Vê-se claramente que é um técnico que gosta de agradar à imprensa e isso é hoje um péssimo sinal, pois a imprensa quer que jogue quem venda e não quem está em melhor forma.

Fica então um favorito pelo caminho e abre-se o caminho para mais uma surpresa, logo após a Turquia. É esta a magia do Europeu, campeonato que permite a equipas como estas exibirem-se em alto nível e sonhar com a vitória, tal como Dinamarca, Checoslováquia ou Grécia o fizeram e conseguiram.

Holanda
Positivo: Espírito ofensivo da equipa. Nistelrooy e o seu faro salvador. Sneidjer a aguentar o peso da responsabilidade.
Negativo: Falta de estofo de campeão - Primeira vez em desvantagem e ficam logo pelo caminho. Ooijer e Mathijsen são inseguros. Heitinga e Boularouz foram comidos por Arshavin.

Rússia
Positivo: Muito fortes no jogo ao primeiro toque. A técnica maravilhosa de Arshavin. Excelente resistência (deve-se muito ao diferente calendário do futebol russo)
Negativo: Equipa jovem com tendência a infantilidades. Equipa péssima a defender bolas paradas.

"Super tranquilo"

Portugal não superou as minhas previsões e acaba a sua participação neste Euro à custa da Alemanha, equipa que já havia ganho a Portugal na atribuição do 3º e 4º lugar do Mundial 2006. Tal como nesse jogo, Schweinsteiger foi a figura, contribuindo hoje com um golo pleno de avançado e duas assistências, a última das quais com enorme contribuição de Ricardo (ficou a observar sem reacção) e o árbitro (houve carga sobre Ferreira). Seja como fôr, a Alemanha ganhou bem pois foi mais eficaz e experiente (apesar de ter equipa mais jovem). Faltou profundidade a Portugal no ataque, faltou liderança em momentos fulcrais e faltou sobretudo Ronaldo. Vale no entanto a verdade que não faltou qualidade à estrela portuguesa, mas sim resistência e pique na aceleração. De qualquer forma, acho que seria de todo injusto não considerá-lo o melhor jogador do mundo neste ano. Perto dele, apenas Torres. Perto dos números, ninguém.

De assinalar igualmente que acabou hoje a era Scolari na selecção portuguesa, período no qual o Sargentão soube construir uma equipa unida, com peças de excelência e outras mais pobres, mas sempre com o equilíbrio como nota dominante. Scolari despede-se dizendo de sua alma que está "super tranquilo" com o trabalho desenvolvido ao longo de 5 anos. Tem motivos para isso, embora alguns episódios nos façam perguntar: se ele é assim quando está tranquilo, como é quando está irritado? Caberá ao Chelsea provar agora desse veneno.
Quanto ao seu substituto, caberá a tarefa herculeana de recriar o espírito colectivo do brasileiro e claro, de não ceder às pressões externas. Se o conseguir, será certamente bem sucedido.

Finalizando, a Alemanha assume-se, após o jogo de hoje, como principal favorita na luta pela vaga da final entre o Grupo A e B do Euro. Se conseguirem então melhorar a sua defesa serão claramente os favoritos para a vitória.

Portugal
Positivo: O infatigável Deco. Pontas-de-lança com pontaria. Vontade de lutar perante a adversidade.
Negativo: Ricardo. Tenho que soletrar, pois já longe vai o Euro2004 e a sua defesa sem luvas. Esse jogo vai sendo apagado da memória a cada novo percalço de Ricardo, infelizmente para ele e para todos nós. Paulo Ferreira e Ronaldo passaram ao lado do jogo.

Alemanha
Positivo: A tara de Schweinsteiger com Ricardo. A perseverança e técnica de Ballack.
Negativo: Lehmann não é melhor que Ricardo, mas consegue dar mais segurança à defesa alemã. A choraminguice de Ballack.

Friday, June 20, 2008

À tua!

Desta vez venho só deixar aqui o meu apreço pessoal pelo trabalho desenvolvido pelo António no intuito de acompanhar os jogos do Euro 2008, dedicando o seu tempo a analisar e a criticar os jogos no geral e as equipas em particular.
Como diria alguém que deixou muita saudade, "É disto que o meu povo gosta!"
O nosso grande bem-haja, caro António!

Algumas considerações sobre o Euro de Portugal

Voltámos a claudicar perante a Alemanha. Mais fortes fisicamente e, sobretudo, mentalmente, oa germânicos foram letais nas bolas paradas e criaram muito perigo em contra-ataque, depois de marcarem 2 golos de rajada.

Passo a uma pequena análise sobre os jogadores nacionais.
Ricardo só fez uma defesa de relevo, a remate de Ballack, no 1º golo pouco podia fazer mas nos golos de bola parada ficou mal na fotografia ao ficar a meio da viagem, com culpas repartidas por quem estava a marcar Klose e Ballack.
Bosingwa travou duelo interessante com Podolski e esteve muito bem a atacar, sobretudo no 2º tempo com a Alemanha mais defensiva, mas esteve mal nos cruzamentos e foi ultrapassado no lance do 1º golo.
Pepe esteve muitíssimo bem a ganhar os duelos nas alturas e na antecipação mas também reparte culpas nos golos.
Ricardo Carvalho esteve muito abaixo daquilo que pode e deve fazer. Ficou a ver Schweinsteiger arrancar para o 1º golo, raramente jogou em antecipação como costuma fazer e teve problemas nas dobras.
Paulo Ferreira teve tarefa complicada com Schweinsteiger e não o conseguiu travar no 1º golo embora numa zona da competência dos centrais e era um jogador claramente em défice na 2ª parte, já não defendia nem atacava.
Petit teve missão complicada na marcação a Ballack e raramente ganhou um lance. Sem velocidade para acompanhar os contra-ataques alemães e o seu maestro.
João Moutinho estava a jogar muito bem, no apoio quer a Petit nas missões defensivas quer a Deco nas missões ofensivas e de transporte da bola, quando se lesionou num lance com Ballack.
Deco foi, sem dúvida, o melhor de Portugal. Foi super e esteve genial no um-para-um, no passe curto e longo e na maneira como carregou com a equipa para a frente desde o 1º ao último minuto.
Simão esteve muito bem na 1ª parte, criando vários lances com Deco e Bosingwa no flanco direito e poderia ter marcado. Caiu na 2ª parte mas continuou a tentar fazer um transporte de bola rápido.
Ronaldo foi, como os colaboradores do "Crónicas" haviam previsto, uma desilusão. Futebol aos fogachos e pouca noção de quando soltar a bola, esteve no lance do 1º golo de Portugal, é certo, mas esteve mal no remate e quando jogou a ponta-de-lança quase desapareceu.
Nuno Gomes trabalhou muito junto dos centrais contrários o que lhe valeu um golo com bom sentido de oportunidade.
Nani veio agitar os flancos e fez o cruzamento para o 2º golo. Ainda deu esperanças aos portugueses mas era já tarde demais.
Postiga marcou bem, de cabeça, na única oportunidade que dispôs e movimentou-se bastante.

Numa análise mais geral, Portugal precisava de ter Ronaldo com mais futebol e menos "brilhantina", de um Ricardo Carvalho ao seu nível, de João Moutinho ter continuado em campo e a lacuna de defesa-esquerdo continua a ser um problema por resolver.
A meu ver, Scolari também não esteve muito bem nas substituições, não nos jogadores que entraram mas nos que saíram. Tirou Nuno Gomes quando estava a perder por 1-3 e necessitava de um jogador com quem os médios e os extremos pudessem tabelar (muitas vezes Deco e Simão eram obrigados a jogar para trás por não haver quem se aproximasse para receber o passe), teve o azar de ficar sem Moutinho, que tem maior amplitude de jogo que Meireles e é mais decisivo no último passe, e quanto a mim poderia ter arriscado tudo ao tirar P. Ferreira, claramente em défice físico e, sem ninguém para marcar, nem atacava nem defendia. Bem ao tirar Petit.
Aliado a estes factores, aquele triste fado de ter o árbitro a empurrar a Alemanha. Amarelo a Pepe quando num lance igual pouco antes nem sequer marcou falta sobre Simão, o empurrão de Ballack sobre P. Ferreira e aquela sempre conveniente conivência quando os alemães já só estavam a queimar tempo, critério largo para a Mannschaft e apertado para a turma das quinas. E a verdade é que teve influência directa no resultado. Mas valha a verdade, não foi por aí que Portugal perdeu e saiu fora do Euro.
Notas positivas: Pepe esteve seguríssimo na defesa, Deco foi fabuloso durante o Euro, Moutinho assumiu-se como titular indiscutível da equipa, Bosingwa esteve muito bem, tal como Simão.
Notas negativas: C. Ronaldo e Ricardo Carvalho não estiveram ao seu nível, Quaresma voltou a revelar-se uma desilusão; falta de "classe" de jogadores como B. Alves, J. Ribeiro, R. Meireles, Petit para os grandes palcos; falta de GR, lateral-esquerdo e ponta-de-lança de nível indiscutível, como sempre as grandes lacunas da Selecção.
Como havia escrito num texto aqui no "Crónicas", o que separa Portugal daquele grupo de selecções composta pela Alemanha, França, Itália, Argentina e Brasil, é só e apenas uma questão de mentalidade, que se vê e demonstra na concentração, atitude e determinação a nível individual e que se estende de modo visível a toda a equipa, isto além da qualidade geral dos seus jogadores. Apenas Pepe, Deco e Simão estiveram ao nível exigido contra a Alemanha, e contra essas equipas de topo faz toda a diferença.

Thursday, June 19, 2008

O preço da teimosia

Domenech pagou enfim por toda a sua arrogância e teimosia. Frente a uma Itália capaz do melhor e do pior mas com opções pouco ou nada contestadas, o treinador francês armou-se literamente "em esperto", colocando Abidal a central e deixando Thuram no banco, o que acabou por constituir um grande erro. Contudo, o pior foi antes da competição, quando decidiu deixar Trezeguet de fora, indo em seu lugar o trapalhão Gomis. O astro da Juventus fez imensa falta, sobretudo quando Henry procurava apoio ao seu lado ou quando o mesmo jogador falhava golos na cara do guarda-redes. Nota de culpa para Domenech e 1 ponto para recordação na saída deste Europeu.

Do lado italiano, os sorrisos deste último jogo contrastavam com as faces angustiadas do primeiro jogo (0-3 frente à Holanda). Pirlo e Gattuso deram tudo (demasiado até, levando amarelos que os deixam de fora dos Quartos) e isso foi recompensado com a passagem à fase seguinte da competição, atrás da trituradora Holanda. Buffon tem sido a grande estrela, seja pelas suas grandes defesas, seja pelo exemplo de amor à Itália a cada jogo. É ele quem dá a cara nos momentos difíceis, tal como o sempre fez na Juventus. Destaque igualmente para De Rossi - o verdadeiro revolucionário da Itália - e Cassano - o mal-amado mais adorado pela sua total entrega ao futebol.

Itália
Positivo: Buffon imperial, De Rossi com futebol para dar e vender e o Pirlo dos bons dias.
Negativo: Toni a acumular golos falhados, laterais permeáveis.

França
Positivo: Ribéry, sempre ele. Coupet salvando a humilhação.
Negativo: Teimosia de Domenech, Henry irreconhecível e um misto de juventude e experiência perfeitamente descoordenado.

Friday, June 13, 2008

A força da eficácia holandesa

Embora o resultado seja esclarecedor, a Holanda continua sem convencer-me. É certo que há muito trabalho de casa bem feito, como é exemplo o facto da defesa ter empurrado sempre Ribéry e Malouda para a linha de fundo, onde não são tão perigosos como nas diagonais interiores. É igualmente verdade que os holandeses estão com uma eficácia a fazer lembrar o seu seleccionador, mas ainda assim, acho que a estrelinha tem estado com eles nos momentos decisivos. No jogo da Itália foi Toni que falhou isolado perante Van der Sar e hoje, perante o mesmo guarda-redes, a mesma falha, agora por Henry, quando esta significaria o empate. Entretanto, no golo que sentenciou o jogo (o terceiro), Robben põe a bola exactamente onde ela apenas poderia entrar, ao mesmo tempo que ao contrário do primeiro golo frente à Itália (o tal do fora-de-jogo), o árbitro optou hoje por não marcar um lance duvidoso na área holandesa. Conjugado, a Holanda tem tido a seu favor as decisões dos árbitros, a sorte em não sofrer golos nas suas desconcentrações e a fortuna de marcar um golo a praticamente cada remate que faz.
Ainda assim, vitória inteiramente justa numa grande partida de futebol.

Holanda
Positivo: O bloco defensivo da equipa e a eficácia na finalização. Sneidjer numa dimensão diferente. Seus companheiros do Real Madrid em grande plano (Nistelrooy e Robben)
Negativo: Os centrais são vulneráveis às desmarcações interiores.

França
Positivo: Ribéry é um jogador fantástico que nunca joga para trás e, só por si, garante show.
Negativo: O PDI (Peso da Idade) acaba por ser fulcral perante as jovens pernas dos futebolistas holandeses. Thuram, Makelelé e Henry são jogadores já fora do seu (glorioso) tempo.

Tuesday, June 10, 2008

Euro2008 - Fim da primeira jornada

Seguem-se agora algumas análises (já um pouco fora de horas) a jogos que tenho tido oportunidade de ver, destacando as exibições da Holanda, Alemanha e Suécia, que julgo serem equipas muito compactas e com a estrela necessária para serem campeãs. Os minutos finais do jogo de Espanha fazem com que esta não tenha ainda a necessária arquitectura de um vencedor.


Jogo forte por parte dos alemães, que passado muitos anos após a última vitória em europeus (12 anos...) conseguiram por fim acabar com o fantasma e de forma categórica. Podolski confirmou-se numa forma diferente dos restantes envolvidos no encontro (ser segunda opção do Bayern explica isso) e resolveu. Por sua vez, a Polónia nunca conseguiu colocar as bolas em Smolarek e o score final ajustou-se a essa realidade.

Alemanha
Positivo: O pé quente de Podolski, os trunfos do ataque em boa forma e excelentes alas.
Negativo: A lentidão do meio-campo perante contra-ataques. Frings e Ballack não têm a velocidade necessária.

Polónia
Positivo: Labor da equipa, correcção táctica, a fantasia de Roger Guerrero.
Negativo: O excessivo fio de jogo pelos extremos. Falta de soluções quando o avançado-centro é bem marcado.

O melhor jogo do Europeu até agora, com jogadas de encher o olho de parte a parte, um grande golo (de Sneidjer), grandes defesas, claques muito entusiastas e até más decisões. Começando pelo fim, a má decisão ainda hoje dá que falar pois o primeiro golo de Nistelrooy foi em claro fora-de-jogo, ainda que a UEFA tenha posto um porta-voz a interpretar a lei de forma absurda, tirando razão à Itália na queixa, que nem chorou muito esse lance, visto que apenas se pode queixar de si própria e das oportunidades clamorosas que falharam Del Piero e Luca Toni (!).
É importante realçar que a Holanda não ganhava à Itália há cerca de 30 anos, mas que o fez com um jogo virtuoso, apoiado e muito preciso no passe, exactamente aquilo que costuma ser o meio-campo italiano, mas que por teimosia de Donadoni em usar o meio-campo milanista (Pirlo, Ambrosini, Gattuso), acabou por ceder ao peso de uma época muito má do clube italiano, não encontrando os seus jogadores o necessário ritmo para acompanhar Sneidjer, Engelaar e De Jong. O Resultado acabou por ser pesado às oportunidades para cada lado, mas ainda assim, inteiramente justo.

Holanda
Positivo: Quase tudo, destacando-se o apoio de Gio, talento de Sneidjer e a stamina de Kuyt.
Negativo: A excessiva dureza de De Jong, desconcentrações esporádicas a meio-campo.

Itália
Positivo: A disponibilidade atacante de Del Piero e Grosso, o poder de Buffon.
Negativo: Cansaço do meio-campo e a inexperiência de Barzagli perante Nistelrooy.


Resultado pesado para aquilo que se passou em campo, contudo a prova da eficácia espanhola perante o desacerto russo. Um David Villa inspiradíssimo bastou para quebrar o bloco de leste, que sofreu muito cá atrás com as investidas de Torres e do citado Villa. Quando estava 2-0 e Aragonés tirou Torres por Fabregas, apenas um novo pesadelo começou para os russos, que embora beneficiando de mais bola viram como os contra-ataques eram melhor executados e mais perigo causavam. Tudo isto poderia bastar para pôr a Espanha no lote dos favoritos, no entanto a desconcentração total no golo e após este (durante 5 a 10 minutos) provam que é uma equipa que não sabe reagir à adversidade. Pode ser que tenham a sorte que lhes faltou durante muito e muitos torneios anteriores, mas ficou bem assinalada a ideia de que ainda falta a mentalidade que, por exemplo, a Suécia já possui.

Espanha
Positivo: O poder de fogo que revelam Torres e Villa, meio-campo muito técnico e grande segurança de Senna transmite.
Negativo: A incapacidade de reacção à adversidade. Intranquilidade de Puyol.

Rússia
Positivo: Akinfeev revelou segurança e Zhirkov foi sempre uma ameaça constante.
Negativo: Más opções atacantes de Hiddink (Bystrov entrou a substituir e depois saiu para ser substituído) e falta de agressividade na defesa.


Ibrahimovic é afinal a chave para abrir o cofre-forte grego. Só através da rudimentar lei da bala é que o bósnio-sueco conseguiu abrir aquilo que parecia impossível: a baliza de Nikopolidis. Numa grande combinação com o eterno Larsson (fiquei chocado com os seus cabelos brancos no meio da carapinha), Ibrahimovic desferiu um autêntico míssil que resulta no melhor golo (a par do de Sneidjer) na competição até agora. Depois foi ver os gregos a tentar atacar apoiado (algo parecido a uma anedota) e numa jogada de felicidade extrema, os suecos conseguiram introduzir de novo a bola na baliza (parece que a sorte dos gregos acabou ali mesmo), fixando o resultado e ditando leis. Para o registo ficou, assim como a forte mentalidade da Suécia, que perante defesa tão bem guardada, souber esperar o momento certo para morder.


Grécia
Positivo: A vontade de Karagounis em quebrar o sistema, a força dos centrais gregos.
Negativo: O mesmo tipo de jogo, a mesma forma de ganhar os jogos. Quando Ibrahimovic marcou a reacção desesperada de Otto Rehaggel demonstra exactamente ao que vinham os gregos.

Suécia
Positivo: Acima de tudo a mentalidade vencedora e paciente. Ibrahimovic como flecha e Larsson como voz de comando que todos ouvem e respeitam.
Negativo: Pareceu-me que o guarda-redes não oferece muita segurança ao sector defensivo. E claro, perante jogadas mais violentas, o temperamento de Ibrahimovic pode sempre rebentar, e aí, adeus Europeu para a Suécia.

Saturday, June 07, 2008

Euro2008: Uma exibição convincente

Excelente estreia da selecção nacional! A equipe de Scolari foi durante quase todo o encontro superior à selecção turca, que não conseguiu verdadeiramente criar perigo junto da baliza de Ricardo, embora desse a ideia que uma jogada fortuita acabaria por resultar em golo.

Por sua vez, Portugal foi uma equipa coesa, com um excelente meio-campo, algo que à partida pensaria ser o ponto mais débil de Portugal. Não o foi e nele se destacou Petit e Moutinho, autênticos mouros de trabalho, assim como Deco que nunca desistiu de puxar a equipa para a frente. A defesa pareceu-me muito sólida (Bosingwa secou totalmente o principal perigo turco - Tuncay) e o ataque foi participativo. Nuno Gomes, o criticado, jogou bem nas tabelinhas e numa delas resultou o golo inaugural do defesa (ou direi líbero?) Pepe.
Resultado óptimo para o começo, resta agora não deitá-lo a perder no segundo jogo.

Portugal
Positivo: Ideia de equipa a imperiar sobre o individualismo. Moutinho como exemplo perfeito disso.
Negativo: A falta de segurança de Ricardo no jogo de pés.

Turquia
Positivo: Futebol de ataque atraente e conciso.
Negativo: Excessivos vícios que encobrem aquilo que esta selecção tem de bom (simulações, protestos e entradas duras tiram arte ao futebol turco e desgastam-no)

Euro2008 - Já rola a bola!

Jogo muito interessante o de abertura do Euro 2008. Foi, antes de mais, um jogo de paradoxos: a República Checa era à partida, a sugerida para ter mais posse de bola e mais poder ofensivo (pese as ausências de Nedved e Rosicky), assim como era de esperar que tivesse e criasse mais oportunidades de golos. Contrariamente ao previsto, a Suíça foi quem teve mais posse, controlo e remate. Isto com uma diferença abismal em relação ao seu adversário. Infelizmente para o país co-organizador, faltou-lhe a eficácia e até a ajuda que as equipas de arbitragem dão à equipa da casa, ficando por assinalar 2 penalties por mãos de Ujfalusi (nenhum deles é intencional mas cortam a jogada de ataque, logo deveriam ter sido assinalados). Como se não bastasse, ainda se lesionou Frei, a referência ofensiva da equipa. Mais que o jogo de abertura perdido, ficou igualmente bem delineado que a Suíça ficará na primeira fase de grupos, enquanto a Rep. Checa aguarda Portugal - se este cumprir a sua função - rumo aos Quartos-de-final da competição, mesmo que através de um futebol longe dos padrões a que nos habituaram. Salvou-se o golo de Sverkos.
Destaques finais:

Suíça
Positivo: O apoio do público, a capacidade de trabalho da equipa e Gelson Fernandes.
Negativo: Defesa lenta na recuperação e fraquíssima finalização.

Rep. Checa
Positivo: A concentração de Cech e Galasek e a inteligência do treinador nas substituições.
Negativo: A fraca criatividade e a ausência de um modelo de jogo sem Rosicky.

Euro2008: Prognosticando vencedores

Segue-se aqui a minha ideia antecipada para o final do Euro2008, demonstrando a fase que penso as equipas atingirão, assim como o rendimento das suas maiores estrelas. No final veremos se falhei por muito.

GRUPO A

PASSA A PRIMEIRA FASE MAS FICA-SE PELOS QUARTOS.
CRISTIANO RONALDO DECIDIRÁ EM ALGUMA OCASIÃO MAS PASSARÁ RELATIVAMENTE DESPERCEBIDO.

NÃO PASSA A PRIMEIRA FASE. A AUSÊNCIA DE ROSICKY SERÁ MUITO NOTADA,
SENDO QUE KOLLER NÃO O FARÁ ESQUECER.

FICARÁ PELA PRIMEIRA FASE. EMBORA DÊ LUTA, NÃO SERÁ EFICAZ.
NIHAT NÃO SERÁ A REFERÊNCIA ATACANTE QUE OS TURCOS QUERIAM.

CORRERÁ MUITO E TERÁ O SEU PRÉMIO COM A PASSAGEM AOS QUARTOS, CONTUDO DAÍ NÃO PASSA.
BARNETTA ENCANTARÁ.


GRUPO B
SERÁ A GRANDE SURPRESA DA PROVA, ONDE ALCANÇARÁ AS MEIAS-FINAIS.
SMOLAREK SERÁ DECISIVO.

NOTARÁ EM DEMASIA A AUSÊNCIA DE EDUARDO.
AINDA ASSIM LUCA MODRIC EXIBIR-SE-Á EM BOM NÍVEL.

LUTARÁ PARA CONQUISTAR UM PONTO.
IVANSHITZ NÃO SE SALVARÁ DA HECATOMBE.

CHEGARÁ À FINAL. KLOSE SERÁ DECISIVO.


GRUPO C

NÃO PASSA DA PRIMEIRA FASE.
RIBÉRY MOSTRARÁ MAIS CANSAÇO QUE TALENTO.

FICARÁ PELOS QUARTOS.
LUCA TONI FACTURARÁ, MAS NÃO VAI CHEGAR PARA MUITO.

FINALISTA.
VAN DER VAART SERÁ ESTRELA MAIOR.

DARÁ LUTA, MAS FICARÁ PELA PRIMEIRA FASE.
MUTU DARÁ TRABALHO ÀS DEFESAS, MAS APENAS ISSO.


GRUPO D

QUARTO-FINALISTA.
IBRAHIMOVIC NÃO SERÁ DECISIVO, MAS AJUDARÁ MUITO.

PRIMEIRA FASE.
ZHIRKOV DARÁ UM AR DA SUA GRAÇA.

SEMI-FINALISTA.
FERNANDO TORRES SERÁ A CANDEIA QUE ILUMINARÁ OS ESPANHÓIS.

FICARÁ PELA PRIMEIRA FASE.
GEKAS ACOMPANHARÁ O TRAMBOLHÃO GREGO.

Tuesday, June 03, 2008

Espaço Aposta IV

Desta vez venho realçar não uma mas várias contratações feitas pelo Sporting, numa aposta coerente que revela inteligência em colmatar falhas em sectores débeis da equipa ou tapar eventuais saídas de jogadores.
As contratações de Postiga e Rochemback são apostas em jogadores que conhecem bem o campeonato português e o clube, pelo que não devem ter problemas de adaptação. As escolhas de Grimi e Caneira, a concretizarem-se, apontam no mesmo sentido e, portanto, parecem-me bastante acertadas.
Postiga entra para o lugar de Purovic, tudo indica; Rochemback acautela a saída de M. Veloso ou Moutinho ao mesmo tempo que é um jogador de qualidade para o meio-campo; Grimi jogou no Sporting esta temporada e consegue ser um pouco melhor do que Ronny, sobretudo em regularidade; Caneira é um defesa polivalente, com experiência de competições europeias e de selecção.
De louvar também a aposta em jogadores internacionais portugueses.