Saturday, December 19, 2009

Top de Novembro

Bem sei que estou atrasado pois já caminhamos para o fim de Dezembro, ainda assim segue o Top respectivo ao mês de Novembro de 2009:

Casillas: As suas exibições frente ao Atl. Madrid e Milan foram de encher o olho.
Van der Wiel:
Jovem promessa holandesa, teve um mês para recordar ao serviço do Ajax e da sua selecção.
Terry:
Um dos principais responsáveis por um mês fantástico do Chelsea.
Puyol:
Intransponível nos jogos frente a Real Madrid e Inter. Diz presente sempre que é mais necessário.
Abidal:
Excelente mês do defesa francês, tanto no Barça como ao serviço da França nas eliminatórias para o Mundial.
Ronaldinho:
As suas convincentes exibições ajudaram a catapultar o Milan para o 2º posto da Serie A.
Xavi:
Voltou ao seu melhor, marcando todo o ritmo de um Barça conquistador.
De Zeeuw:
5 golos em 5 jogos colocam este consistente médio no top de Novembro.
Pablo Hernandez:
Solto de amarras e de grande contribuição para um Valência muito eficaz.
Kiessling:
Apenas 4 jogos neste mês, ainda assim 5 golos. Bombardeiro.
Bryan Ruiz: Viu a sua Costa Rica eliminada do Mundial, mas compensou com 3 golos que valeram muitos pontos ao fantástico Twente.

Menções honrosas:
Lee Bowyer: 2 golos e muita luta que valeram 6 pontos para o surpreendente Birmingham.
Toivonen:
4 golos num só jogo (e fora) não podem passar despercebidos.
Vucinic:
Golos cruciais que ajudaram a Roma a amealhar 4 pontos nos difíceis redutos da Atalanta e do Inter.

Friday, December 18, 2009

Sorteio das competições europeias: resultado e prognóstico

Concluído que está o sorteio para a Liga dos Campeões e para a recém-criada Liga Europa, segue o comentário e prognóstico para cada uma das eliminatórias, com especial enfoque nos portugueses e nos grandes embates:

Liga dos Campeões:
FC Porto - Arsenal
Para mim trata-se de uma eliminatória equilibradíssima, onde o factor casa será determinante. Não acho que as equipas estejam muito afastadas uma da outra, pois se o Arsenal tem o talento de Fabregas e Arshavin, o FC Porto tem a solidez de Bruno Alves e Rodriguez. 50-50.

Estugarda - Barcelona
Eliminatória acessível para o Barcelona, frente a um adversário demasiado irregular. Os catalães não deverão ter problemas de maior para seguir na prova. 10-90

Olympiakos - Bordéus
De tantos grandes clubes no sorteio saiu esta eliminatória sem sal. O Bordéus tem-se revelado uma equipa fortíssima, mas a experiência dos gregos na competição pode ser vital. 40-60

Inter - Chelsea
Os retornos de Mourinho a Londres e de Ancelotti a Milão prometem ser muito quentes. Ainda assim prevejo uma eliminatória aborrecida, com ligeiro ascendente dos ingleses. 45-55

Bayern - Fiorentina
Dizia eu que a Fiorentina podia ser o melhor adversário do Porto, contudo não sei se é o melhor adversário para o Bayern. No entanto, os alemães deverão fazer valer o seu status. 60-40

CSKA - Sevilha
Mais uma eliminatória mal temperada, ainda assim mais motivadora que gregos contra franceses. O CSKA deverá surgir fresco, mas o Sevilha é mais sólido. 40-60

Lyon - Real Madrid
Não sei ainda como reagirá este Madrid sem Pepe, sei é que à partida esta eliminatória promete golos, pois são equipas que apostam mais no ataque que nas cautelas defensivas. 40-60

AC Milan - Manchester United
Eliminatória espectacular, que o Man Utd deverá passar com tremendas dificuldades. Ainda assim, se Ronaldinho estiver em forma as coisas podem pender para outro lado. 45-55


Liga Europa:
Quando faltavam apenas 2 eliminatórias por apurar ainda não tinham saído bolinhas com os dois clubes portugueses, assim como não tinham saído a dos seus adversários nos respectivos grupos. Assim, o "sorteio" ficou em que cada português tem que jogar contra o adversário do outro português na fase anterior. Rídiculo não é, mas é praticamente inacreditável.
What were the odds?!

Everton - Sporting
Sorteio tramado para o Sporting, pois como está a jogar a tarefa parece épica. E não tem que ser, pois este Everton é dobrável, tal como o fez o Benfica na fase de grupos. Além disso o Sporting dá-se bem em Inglaterra. 55-45

Hertha Berlin - Benfica
Será que o Sporting deixou-se perder com o Hertha para ajudar o Benfica? Quase que parece isso, tal o desnível entre as equipas neste momento. Melhor o Benfica penso que não podia pedir, ainda assim será necessária concentração. 30-70


Rubin Kazan - Apoel Tel-Aviv

Sorteio amigo para a boa equipa do Rubin, que recorde-se, é o campeão russo em título. 70-30

Athletic Bilbao - Anderlecht
Eliminatória equilibrada, ligeiro ascendente belga, embora o país basco seja infernal. 45-55

Copenhaga - Marselha
Marselha com tarefa simpática, deverá no entanto fazer bom resultado na Dinamarca. 40-60

Panathinaikos - Roma
Gosto desta eliminatória, pois também seria um bom jogo em basquetebol. 40-60

Atl. Madrid - Galatasaray
O mesmo que disse do Sporting aplica-se ao Atlético. Necessita melhorar para passar. 50-50

Ajax - Juventus
O grande jogo deste sorteio deverá apresentar grandes dificuldades aos italianos. 40-60

Club Brugges - Valência
O Valência demonstrou em Genóva que não se intimida com os ambientes estrangeiros. 30-70

Fulham - Shakhtar Donetsk
Os campeões em título estão menos forte que no ano anterior e serão postos à prova. 45-55

Liverpool - Unirea
Bom sorteio para o Liverpool, ainda assim terá que melhorar muito fora de casa. 70-30

Hamburgo - PSV Eindhoven
O Hamburgo não quererá deixar escapar a hipótese de jogar a final do torneio em casa. 55-45

Villarreal - Wolfsburgo
Bom embate entre duas equipas irregulares mas robustas. 55-45

Standard Liége - FC Salzburgo
O Salzburgo fez uma 1ª fase épica mas isso costuma valer pouco quando é a eliminar. 55-45

FC Twente - Werder Bremen
Talvez a eliminatória mais equilibrada. Finalista da UEFA contra 1º classificado holandês. 50-50

Lille - Fenerbahce
O Lille tem vigor mas deverá tremer na Turquia. 40-60

Thursday, December 17, 2009

Sorteio das competições europeias: antevisão

Eis que chegamos à fase "a doer" das competições europeias. A partir do sorteio de amanhã, não há volta a dar, há que jogar no máximo das capacidades, perante adversários que percorreram caminhos árduos para também eles chegarem a esta fase. Como é apanágio dizer, não há adversários fáceis, e agora então, não há mesmo. Há sim, aqueles que nos deixam apreensivos e aqueles que nos deixam muito preocupados. Ainda assim, chegamos a esta fase com 3 equipas portuguesas, um registo notável e excelente para o ranking da UEFA. Seguem então as possibilidades e palpites para o sorteio a realizar amanhã:

Champions:
O FC Porto pode encontrar um de sete adversários, sendo que três deles são espanhóis (Barcelona, Real Madrid e Sevilha) e dois ingleses (Arsenal e Man Utd). Bordéus e Fiorentina completam o leque de escolhas. Quanto a mim, o ideal seria evitar os dois colossos espanhóis e o Man Utd, pois todos representam uma grande ameaça à continuidade do FC Porto na competição. Já Arsenal e Sevilha estão um pouco abaixo das mencionadas, mas ainda assim são alvos a evitar. Penso que Fiorentina seria um adversário apetecível, pois é equipa que pode ser melhor estudada devido à eliminatória com o Sporting. Bordéus é uma equipa que pode completar bem o estilo do FC Porto e daí que também possa ser uma boa escolha. Assim sendo, a lista de clubes mais apetecível (para o que menos se quer) seria esta:

- Fiorentina (quanto a mim, Porto é superior)
- Bordéus (portistas mais experientes, mas equilibrado)
- Sevilha (ambiente muito tenso no jogo fora)
- Arsenal (Porto já os venceu, mas também já foi goleado)
- Real Madrid (sem Pepe a defesa do Real é mais exposta)
- Man Utd (sempre complicado jogar em Old Trafford)
- Barcelona (melhores do mundo, totalmente a evitar)

Liga Europa
Tarefa dura a que espera Benfica a Sporting, inseridos no pote 1 do sorteio. É certo que evitam Juventus, Marselha e Wolfsburg, entre os outros vencedores dos grupos da primeira fase, entre os quais Valência, Roma, Werder Bremen ou PSV. Contudo, do pote 2 várias são as equipas que metem respeito e que devem ser evitadas, entre elas o Liverpool, o Villarreal, Hamburgo, Atl. Madrid ou até o surpreendente Rubin Kazan. Assim, segue a lista das equipas mais apetecíveis para os portugueses, da melhor escolha para a que se antevê pior:

- Hertha Berlin (só p/ Benfica - últimos da Bundesliga)
- Copenhaga (sem tradição, portugueses são superiores)
- Club Brugge (duro, mas uma boa escolha)
- Lille (possantes, rivais dignos mas vergáveis)
- Fulham (portugueses bons em Inglaterra)
- Athletic Bilbao (Nacional quase conseguiu)
- Standard Liége (cuidado com o ataque)
- Panathinaikos (reencontro com Katso e Karagounis?)
- Ajax (muito cuidado com o jogo na ArenA)
- Twente (Sporting passou-os injustamente)
- Everton (só p/ Sporting - não caem no mesmo erro)
- Atl. Madrid (em má fase, mas têm Aguero e Fórlan)
- Rubin Kazan (vergaram o Barcelona, a evitar)
- Hamburgo (do melhor que Alemanha tem para dar)
- Villarreal (mau começo, mas estão num bom nível)
- Liverpool (não é um tubarão, mas Anfield é temível)

Thursday, December 10, 2009

O outro Sporting

Curiosamente ou não, dou por mim a acompanhar o Sporting de Gijón na Liga Espanhola, fruto do seu espírito guerreiro, muito serrano (mesmo sabendo que Gijón situa-se na costa asturiana) e sobretudo do acompanhamento persistente e entusiástico dos seus seguidores, entre eles o hermano La Cola de Vaca e o recém-descoberto El empaque.

Actualmente no 7º lugar da Liga, o Sporting é uma equipa que veio da segunda liga espanhola há cerca de dois anos, tendo acabado em 3º nessa época, num dos muitos "milagres" de Preciado, seu treinador. Entre os outros "milagres" (nem se deviam chamar assim, pois são fruto de um trabalho rigoroso e assertivo) estão a permanência na La Liga da época seguinte, com um dos orçamentos mais baixos e claro, a actual situação da equipa asturiana, a lutar pelos lugares das competições europeias, competindo de igual para igual com equipas como o Deportivo, Atlético ou o Villarreal. Barcelona e Real Madrid, esses estão numa classe à parte.

Se é verdade que Manuel Preciado tem muitíssimo mérito na performance do Sporting, também não é menos verdade que o Molinón, estádio do clube, é infernal para os adversários e incansável no apoio à sua equipa. Verdadeira fortaleza para a equipa, é garantia de pontos fundamentais para a permanência entre os melhores, tratando-se esse do principal objectivo do clube, mesmo que agora a situação seja excelente. A temporada passada é prova de que esta equipa necessita de ter os pés assentes na terra, pois após uma campanha brilhante entre Outubro e Janeiro de 2008, a equipa foi-se de tal maneira abaixo que por pouco não desceu.

Esta época o futebol é talvez menos entusiástico, mas muito mais efectivo. Para isso contribui em muito a espinha-dorsal da equipa constituída pelo guarda-redes Juan Pablo, o defesa Gregory, os médios De las Cuevas e Rivera e o avançado Bilic. Outras unidades habituais (mas não fundamentais) no onze são os laterais Canella (muito promissor) e Lora, os médios Diego Castro (jogador eficaz) e Michel e os atacantes Barral e Morán.

Existe alguma profundidade nas opções à equipa principal como é exemplo Camacho, Maldonado ou Carmelo, mas nota-se que falta alguma consistência atacante, talvez por falta de soluções dentro do plantel. Actuando normalmente apenas com um ponta-de lança e sabendo-se da dificuldade que é jogar fisicamente contra dois defesas, Bilic e Barral são as únicas alternativas para a posição. Morán é para um tipo de jogo mais rápido e Maldonado é um inadaptado às circunstâncias da equipa pois não é nem possante nem rápido, é contudo interessante num sistema de dois avançados, algo que Preciado raramente utiliza como base táctica.

O Sporting trata-se assim de uma equipa compacta, com algumas soluções de variação de jogo (ainda que a qualidade defensiva esteja um degrau abaixo do disponível para meio-campo), com muito nervo e garra, mas sem a classe necessária em alguns jogadores para fazer a diferença frente aos colossos espanhóis. Fazem falta jogadores como Luis Enrique ou David Villa, jogadores oriundos do clube e que fazem parte do melhor que o futebol espanhol tem para oferecer.

É, em suma, uma equipa feita para o combate pela manutenção e esse é o seu principal trunfo, pois não gasta além das suas capacidades e procura crescer passo a passo, sem loucuras, até porque Celta de Vigo, Zaragoza ou Bétis são exemplos perfeitos do que não se deve fazer numa liga tão competitiva como a espanhola.

Sunday, December 06, 2009

Análise dos Grupos do Mundial 2010


Grupo A
Tal como Japão e Coreia do Sul em 2002, muitas das esperanças da África do Sul fazer um bom Mundial residem no apoio motivador do público e claro, do caseirismo dos árbitros. Devido a esses factores, estou em crer que pelo menos aos Oitavos a África do Sul chega. Se alguns desses factores falhar, fica pelo caminho na primeira fase. Por outro lado, o México chega ao Mundial com uma selecção mais forte que a de 2006, o que diz muito do quão perigosa esta equipa é. Ainda que consiga superar um Uruguai demasiado dependente de Fórlan, duvido no entanto que seja capaz de superar a França e a equipa da casa. Por fim, a França terá todos contra si, cenário no qual Domenech respira melhor. Passará com dificuldades e antevejo que irão longe na competição.

Oitavos: França, África do Sul
Melhor jogador: Anelka

Grupo B
Novamente inserida num grupo equilibradíssimo, a Argentina terá muitas dificuldades em superar a solidez defensiva da Grécia, o músculo da Nigéria e a rapidez da Coreia do Sul. Ainda assim, acredito que Maradona tente a atitude de ele contra o mundo e saia bem sucedido. A Nigéria deverá acompanhar a Argentina no acesso aos Oitavos, enquanto Coreia do Sul não deverá mostrar os bons argumentos de 2002. A Grécia promete luta mas acabará por ficar pela primeira fase.

Oitavos: Argentina, Nigéria
Melhor jogador: Obi Mikel

Grupo C
Como tem sido hábito nos últimos torneios, a Inglaterra tem pela frente uma fase de grupos bastante agradável, calhando-lhe dois dos bombons do torneiro: Eslovénia e Argélia. Certamente que a selecção de Capello passará a fase de grupos, acompanhando-lhe os Estados Unidos. Contudo, acredito que a Eslovénia possa fazer uma gracinha e dificultar muito as contas do grupo. A Argélia não promete muito e deverá fazer um Mundial para esquecer.

Oitavos: Inglaterra, Estados Unidos
Melhor jogador: Rooney

Grupo D
O verdadeiro grupo da morte. A Alemanha, equipa conquistadora e experiente no Mundial, tanto pode acabar primeira como última, tal o equilíbrio entre as equipas. A Austrália é talvez aquela que mais dúvidas pode deixar, mas jogando no mesmo hemisfério e em condições similares é uma equipa a ter em muita atenção nas contas do grupo. A Sérvia repetirá o péssimo Mundial de 2006 ou quererá deixar isso para trás das costas como Portugal fez em 2006 depois da má campanha de 2002? E Ainda temos o Gana, equipa africana com grande talento e força nas suas fileiras, sem medo de enfrentar quem quer que seja. Grupo em aberto, ainda que haja um ligeiro ascendente da Alemanha e do Gana sobre os seus opositores.

Oitavos: Alemanha, Gana
Melhor jogador: Essien

Grupo E
A Holanda é sem sombra de dúvidas a favorita deste grupo, seja pela qualidade dos seus jogadores seja pelo futebol eficaz que pratica. De resto, as restantes equipas pecam todas pelas suas falhas: ainda que a Dinamarca funcione bem enquanto equipa, a mudança climática e ambiental deverá passar factura, por seu lado os Camarões possuem um grande ataque mas pecam pela sua medíocre defesa e por fim, o Japão dará mais um passo no seu processo de experiência nos Mundiais, mas ainda não será desta que deixarão saudades. Feita a análise, inclino-me para que sejam os Camarões a acompanhar a Holanda.

Oitavos: Holanda, Camarões
Melhor jogador: Kuyt

Grupo F
Grupo docinho para a campeã em título Itália, que tem no compacto Paraguai o maior rival. Eslováquia deverá dizer presente, mas tal como muitas outras selecções, não deixará muito para recordar. Nova Zelândia será certamente o bomo da festa, ainda que o facto do clima ser similar ao da Oceânia os possa cativar a fazer um resultado surpreendente. O Itália – Paraguai promete ser, pelo estilo defensivo das equipas, o jogo mais entediante do Mundial.

Oitavos: Itália, Paraguai
Melhor jogador: De Rossi

Grupo G
Tirando a Coreia do Norte, este é de facto um dos grupos mais equlibrados. Brasil poderá ter dificuldades inesperadas frente a Portugal e à Costa do Marfim, ainda que estes dois precisem de um dia excelente para ganhar aos canarinhos. Fica tudo em aberto, sendo que o jogo Portugal – C. do Marfim será decisivo. A Coreia do Norte poderá ganhar um ponto (ou até mais) pois é uma equipa muito defensiva que à medida que passam os minutos sem sofrer golos ganha confiança. É preciso cuidado com eles e Portugal já tem o exemplo da Coreia do Sul em 2002.

Oitavos: Brasil, Costa do Marfim
Melhor jogador: Maicon

Grupo H
Este grupo luta com o da Itália pelo título de grupo mais desiquilibrado do torneio. É certo que o robusto Chile é ameaçador e pode num dia em que tudo corra bem ganhar à Espanha, mas Honduras e Suíça não chegam a ser perigosas para Fabregas e companhia. A Espanha poderá ainda assim ter algumas dificuldades de ambientação à África do Sul, mas ainda não serão tantas como as que se apresentam para a Suíça. Por fim, as Honduras possuem um bom ataque e ficam-se por aí, tal como ficarão pela fase de grupos, juntamente com a Suíça.

Oitavos: Espanha, Chile
Melhor jogador: David Villa

Thursday, November 19, 2009

Factos sobre a mão de Henry

Mão de Henry decide confronto com a Irlanda

  • É mão clamorosa, um verdadeiro transporte em linguagem do Voleibol;
  • A culpa da jogada ter prosseguido é do árbitro, não de Henry;
  • É um escândalo pelo que decidiu, mas não é tão grave como um árbitro marcar um penalti que não existe.
  • A França foi beneficiada nesta jogada mas prejudicada num penalti que ficou por assinalar por falta do guarda-redes Given sobre Anelka, minutos antes.
  • O governo irlandês nunca apoiaria uma repetição do jogo se o factor fosse meramente desportivo. O que está em causa são os valores envolvidos de uma qualificação para o Mundial (2M €) e futuros bónus.
  • Se a Irlanda merecia mesmo ir ao Mundial, deveria ter ganho o seu grupo e não esperar por últimas consequências.
  • Trapattoni foi um verdadeiro senhor na hora de analisar a mão de Henry. Sente-se injustiçado mas não vai além disso. Ao invés, o governo irlandês ao apoiar a repetição está a pôr em causa o profissionalismo demonstrado pelo treinador italiano, aliando-o a essa causa, mesmo que ele não concorde.
  • Henry já se desculpou (via Twitter) mas nunca o devia ter feito. Foi uma situação de jogo que ele protagonizou e nada mais que isso. Não tem que ser ele a dizer que foi mão ao árbitro, mas sim o contrário.
  • A França vai ser (a par do Brasil e Espanha) o adversário a abater devido à injustiça da sua participação. O sentimento que os adversários sentirão de querer fazer justiça tardia irá beneficiar os franceses.

Saturday, November 07, 2009

Algumas regras toponímicas dos clubes em Espanha:

Existem vários "Real" em Espanha, mas apenas "el Real" se refere ao Real Madrid. Já "la Real" refere-se à Real Sociedad.

Quando falamos só "Madrid" estamos a referir-nos ao Real Madrid, mas se dissermos Sociedad, não estamos a falar da Real Sociedad, mas sim de uma mera sociedade.

Não é regra que os espanhóis prefiram chamar o Real Madrid de apenas Madrid, mas é sim regra que chamem os outros "Real" unicamente pela cidade de onde são provenientes: Oviedo, Zaragoza, Valladolid ou Bétis são bons exemplos desta prática.

Também existe a regra de quem chega primeiro, isto é, só há um "Deportivo" conhecido por esse nome que é o Deportivo de La Coruña, embora o Alavés seja igualmente Deportivo [de Alavés]. Outros exemplos de quem chega primeiro são o Rayo [Vallecano], o Celta [de Vigo] ou o Racing [Santander].

Sporting na Europa é normalmente o Sporting Clube de Portugal, mas em Espanha o Sporting é sempre o de Gijón.

Por fim, nunca confundir o Atlético com o Athletic, pois um representa o poder central de Madrid (Atlético Madrid) e o outro a irreverência da autonomia basca (Athletic Bilbao). Infelizmente o equipamento dos dois é similar, o que nada ajuda os estrangeiros na diferenciação.

Friday, November 06, 2009

Paulo Bento demite-se: análise da decisão

Paulo Bento já não é treinador do Sporting. Esta é a realidade, que promete fazer correr muita tinta, seja pela discussão se é ou não correcto culpar Paulo Bento em vez de outros (jogadores e/ou dirigentes), seja pelo facto do treinador sair após uma série de empates e não de derrotas, seja igualmente pelas questões de qualidade do plantel. A mim custam-me a entender diversas questões...

Para mim é claro: Paulo Bento não devia sair até final da época. Ou melhor, nem devia ter iniciado a época. É certo que deixa a equipa a mais de 10 pontos do 1º lugar, no entanto deixa-a classificada para a eliminatória seguinte da Taça de Portugal e praticamente qualificado para os 16-Avos da Europa League. Não me parece um pecúlio capaz de fazer cair um treinador, tendo em conta a boa performance do Sporting em épocas anteriores e tendo em conta que o investimento para esta época foi mínimo. Já o Mourinho dizia que não se fazem omeletes sem ovos de qualidade e Paulo Bento acaba por sair vítima do resultado financeiro do clube.
Daí que me custe a entender o porquê de culparem o treinador e não outros agentes desportivos do Sporting, responsáveis pela política financeira (dirigentes) e desportiva (Pedro Barbosa).
Porque saiu Freitas (excelente trabalho no Braga) para entrar Barbosa que até agora falhou em todas as contratações?

É certo que as sua antipatias com diversos jogadores nos quais houve investimento não ajudaram em nada à estabilização do treinador, como são os casos de Vukcevic e Stojkovic. Muitos outros, por manifesta incapacidade futebolística ou simplesmente por má-fé, acabaram por fazer a cama ao treinador, como Polga, Grimi, Caicedo, Postiga ou Angulo. Outros houve que salvaram a pele ao treinador por diversas vezes como Moutinho, Veloso, Liedson, Izmailov ou Patrício. Curioso é que os jogadores há mais tempo no clube acabaram por ser os melhores guarda-costas de Paulo Bento, ao passo que aqueles nos quais houve investimento resultaram ser os seus piores aliados. Daí que me custe a entender a questão do reforço do plantel com investimentos avultados.

Sai então Paulo Bento após 193 jogos oficiais com 117 vitórias (60%), 46 empates e 29 derrotas. Sei que não preciso de recuar muito tempo para descobrir que anteriores treinadores nem chegaram aos 50% de aproveitamento em muitos (e talvez mais fáceis) jogos, daí que me custe a entender que usem a questão dos resultados para mandar embora o treinador.

Por fim, custa-me a entender o facto de andarem com falinhas mansas para quem sempre lhes foi directo e honesto. "Paulo Bento Forever" e outras manifestações de apoio caem afinal em saco roto, contrastando assim com a honestidade e simplicidade de Paulo Bento. Sinceramente, acho que este Sporting continua a precisar de mais rigor e trabalho directivo e não é por mudar de treinador que o estado das coisas vai mudar.

Resta-me, enquanto sportinguista, agradecer a Paulo Bento: Obrigado pelas 2 Taças de Portugal, pelas 2 supertaças, pela honestidade, por não teres papas na língua, por pôres jogadores com mania de estrela na linha e por investires em jogadores da formação! É trabalho teu que ninguém te pode tirar, por muito que queiram pôr as culpas em quem realmente trabalha.

Thursday, November 05, 2009

Meta para o Ranking da UEFA

Esta semana europeia deu a bela soma de 6 pontos para o coeficientes da UEFA (2 pontos por cada vitória do Porto e do Benfica e 1 ponto por cada empate do Sporting e Nacional), pontos esses que são cruciais para que Portugal não caia pelo ranking abaixo e possa inclusivé pensar em colocar directamente uma equipa na Champions League. Temos então de momento a bela soma de 31 pontos que dividido pelas 6 equipas que iniciaram a prova dá o coeficiente de 5.166, muito razoável para a corrente fase das provas europeias.

Para mim um bom coeficiente neste ano situar-se-ia acima dos 7.5, embora saiba que a fase seguinte - muito mais competitiva - é sinónimo de perda de pontos para os clubes dos pequenos países como Portugal. Ainda assim acredito que seja possível chegar a essa meta. Para isso precisaríamos do seguinte:
  • FC Porto: 2 vitórias nos 4 jogos que irá de certeza fazer (2 da Fase de Grupos e 2 dos Oitavos). Essas duas vitórias dariam 4 pontos, acrescidos de 1 de bónus pela qualificação para a fase seguinte da Champions, dando o total de 5.
  • Sporting: 2 vitórias em possíveis 4 jogos (caso se qualifique, o que se prevê que aconteça) dando o total de 4 pontos. Pelo que li só existem bónus na Europa League a partir dos Quartos-de-Final da competição.
  • Benfica: 2 vitórias em possíveis 4 jogos (caso se qualifique, o que se prevê que aconteça) dando o total de 4 pontos.
  • Nacional: Já não joga para a qualificação, mas pontos que obtenha são sempre bem-vindos. Acredito que possa obter a vitória e consequentes 2 pontos frente ao Áustria de Viena.
Assim, ainda que acreditando que as equipas portuguesas surpreenderão e chegarão a fases avançadas das provas europeias, se estas fizerem aquilo que descrevi, ficaríamos com a bela soma de 46 pontos, que divididos pelas 6 equipas nos daria o coeficiente final de 7.66, melhor que as épocas de 2005/6 e 2008/9.

Se formos acima dos 49 pontos, estaremos então perante o melhor resultado dos últimos 5 anos. Perfeitamente possível, saiba o FC Porto fazer valer a sua experiência e passar os Oitavos, saiba o Benfica manter esta onda vermelha de bom futebol, saiba o Sporting melhorar a tempo de forma a consolidar a sua posição na Europa e saiba por fim o Nacional acabar em grande estilo a sua participação na fase de Grupos da Europa League.

Top de Outubro

Mais um mês se passou na Europa do futebol e mais uma vez o top se renovou quase por completo. Eis os eleitos:

Eduardo - Praticamente imbatível na Liga e a consolidar a sua posição na baliza de Portugal.
J. Zanetti - Aos 36 anos é a alma da equipa do Inter que está a fazer uma Serie A fortíssima.
Mertesacker - O ataque sabemos que é bom, mas só com boa defesa o W. Bremen ganha.
Nesta - Reavivou por completo a equipa do Milan neste último mês. Parecem outros!
F. Navarro - Parte integrante da muralha sevilhista que pouco ou nada deixa passar.
Stankovic - Em grande forma pelo Inter, desiquilibra e faz jogar.
Fabregas - Possivelmente o melhor jogador deste mês de Outubro. Perfeito!
Pedretti - O francês tem grande responsabilidade no grande campeonato do Auxerre.
Van Persie - 5 golos em 6 jogos durante este mês e fora ainda os que deu a marcar...
Drogba - Terror na área adversária, está numa forma soberba.
Luis Suárez - Leva 20 golos desde que começou a temporada. Só em Outubro foram mais 7

Wednesday, November 04, 2009

Reality Check

Depois da 3ª jornada da Champions nos ter reservado várias surpresas que aqui analisámos, esta 4ª jornada trouxe uma volta ao predomínio dos mais fortes. Ficam aqui então aqui essas demonstrações de força:

Dínamo Kiev 1 - 2 Inter
Com uma fase de qualificação muito atribulada, Mourinho soube levar o Inter para uma situação limite, território no qual se sente mais confortável. Ao invés, o guarda-redes ucraniano acabou por sentir o nervosismo e deu a vitória ao conjunto de Milão num lance onde foi muito infeliz e desastrado.

M. Haifa 0 - 1 Juventus
Num grupo onde o Bordéus acaba por ser o principal foco de instabilidade, a Juventus assegurou de forma mínima mas implacável uma distância segura para o Bayern Munique, 3º classificado no grupo.

APOEL 0 - 1 FC Porto
Minuto 68 do jogo Atl. Madrid - Chelsea e os espanhóis marcam por Kun Aguero enquanto o FC Porto empata em Nicósia. Grupo em aberto até que, 15 minutos depois, Falcao marca o golo dos portugueses que lhe daria a vitória e a consequente qualificação, visto que Drogba acabaria também ele por colocar tudo em pratos limpos.

Man Utd 3 - 3 CSKA Moscovo
Nem está em causa o resultado que é surpreendente, mas a forma como os russos se deixaram empatar nos últimos minutos do encontro, numa clara demonstração de poder dos ingleses perante seus rivais.

Lyon 1 - 1 Liverpool
Neste jogo foram duas demonstrações de força, tanto dos ingleses que souberam pôr em sentido o conjunto francês e quase chegavam à vitória e dos franceses, que conseguiram empatar mostrando que não querem ser mais uma equipa que promete mas não cumpre nos momentos decisivos.

Arsenal 4 - 1 AZ
Se havia dúvidas da capacidade goleadora deste Arsenal, ficam então desfeitas após mais um brilhante jogo dos gunners.

Marselha 6 - 1 Zurique
Claramente o maior reality check desta jornada, mostrando que o resultados dos suíços em Milão foi uma autêntica surpresa e que as goleadas sofridas do Marselha e do Real Madrid fazem parte daquilo que realmente vale esta equipa.


Pelo outro lado, também existiram surpresas:

Bayern Munique 0 - 2 Bordéus
Se bem que o resultado constitui-se uma surpresa, a verdade é que também poderia bem ser uma confirmação da garra e virtude dos franceses, assim como da coragem táctica de Blanc, do valor de Chamakh e Gourcuff e claro, do desastre técnico-táctico dos galácticos alemães.

Besiktas 0 - 3 Wolfsburgo
Misimovic e Dzeko provaram que são jogadores de craveira internacional que não se atemorizam perante ambientes frenéticos, naquilo que pode constituir um sério aviso para a selecção portuguesa. De resto, um resultado surpreendente doa alemães em terras turcas.

Saturday, October 31, 2009

Resultados da Sondagem

Chegou ao fim a votação de perto de 3 meses sobre qual será o vencedor da Premier League na presente temporada.

Dos 35 votos apurados, 10 votos (28%) recaíram no Chelsea, o que se traduz que a maior parte acredita que Ancelotti será capaz de levar o título no seu ano de estreia na Liga.

Por outro lado, Manchester City e Manchester United repartem a vice-liderança na escolha dos nossos votantes com 8 votos cada (22%). Admirou-me que tanta gente tenha apostado no City, mas face aos resultados até agora alcançados é perfeitamente admissível que a os "galácticos ingleses" sejam capazes de ganhar o título. Já o United é uma escolha natural, visto ser o actual campeão.

Apesar do mau começo o Arsenal reúne 5 votos (14%) enquanto o Liverpool já não convence ninguém (apenas 1 voto). O Tottenham apesar do bom começo não obteve nenhum voto.
Existem ainda 3 votos em outros clubes, que eu não arrisco em quais possam ser (se algum votante se acusar tanto melhor..).

Por fim, obrigado a quem votou ao longo destes meses. Segue-se uma nova votação que se inicia no dia de hoje.

Thursday, October 22, 2009

Surpresas Europeias

Esta 3ª jornada da Liga dos Campeões reservou-nos muitas surpresas em quase todos os grupos (algumas maiores que outras obviamente), as quais não poderia deixar de comentar, pouco que seja:

Bordéus 2 - 1 Bayern Munique
Sempre que uma equipa grande perde, tal feito constitui-se uma surpresa. Esta não foi assim tão surpreendente, visto o Bordéus ser o campeão francês e ter grandes figuras como Chamakh ou Gourcuff mas ainda assim, visto o poderio do gigante alemão, é um resultado que nos chama a atenção.

Real Madrid 2 - 3 AC Milan
Como o Milan vinha jogando este resultado é de todo escandaloso, pois o Real conseguiu fazer aquilo que era impensável: perder para uma equipa abatida e sem fé no seu jogo. Resultados como este costumam motivar equipas para patamares que se pensava impossíveis até aí. Será que este resultado por si só é capaz de tornar o Milan num candidato a Champions? Eu acredito que sim!

Liverpool 1 - 2 Lyon
O Liverpool continua a sua péssima odisseia de derrotas consecutivas (esta foi a 4ª) e o lugar de Benitez já treme. Este Lyon é talvez dos mais fortes que já participou na Champions. Lisandro e Pjanic eram os trunfos que faltavam.

Barcelona 1 - 2 Rubin Kazan
O mais surpreendente foi mesmo o resultado pois a exibição do Barça não foi má, tiveram foi falta de sorte no ataque e receberam dois golos nos escassos remates que o Rubin fez.

Inter Milan 2 - 2 Dynamo Kyiv
Já no do Inter o Kiev teve todas as possibilidades de ganhar mas falhou situações claras de golo. Falta criatividade ao Inter e a qualificação está neste momento em grande risco.

Rangers 1 - 4 Unirea Urziceni
Completa surpresa em Glasgow, onde o Rangers foi trucidado por um Unirea altamente competente em todo o campo.

Monday, October 19, 2009

Calhou a Bósnia

Bósnia-Herzegovina será o nosso adversário no play-off de acesso ao Mundial. Arrisco-me dizer que foi o pior rival que nos podia ter tocado. A Irlanda seria também um osso duro de roer, mas esta Bósnia é uma grande equipa. Talvez a defesa seja mesmo o ponto mais débil (apesar de contar com Spahic, bom central), mas quem tem um ataque com Pjanic (estrela do Lyon), Ibisevic (revelação da época passada do Hoffenheim), Muslimovic (PAOK) e os campeões alemães Misimovic e Dzeko (melhor jogador do campeonato alemão da época transacta, convém recordar) não teme ninguém. É verdade que no último jogo da classificação perderam 5-2 em casa contra a Espanha, mas quem viu esse jogo dirá que a Espanha foi super-eficaz e que a Bósnia, se não fosse Casillas, bem que podia ter chegado aos 3-0 sem grandes problemas.

Portugal terá que ser muito eficaz nestas duas partidas e a sua defesa não deverá ser minimamente permeável, pois Eduardo não é Casillas, longe disso. Quanto ao ataque, as selecções são muito equivalentes, ainda que os portugueses talvez tenham mais nome e estatuto, embora isso em futebol valha pouco ou nada. Fica entaõ aqui os últimos "onzes" de ambas as equipas:

Bósnia (3x5x2): Supic; Jahic, Spahic, Nadarevic; Misimovic, Rahimic, Muratovic, Salihovic, Pjanic; Ibisevic, Džeko

Portugal (4x5x1): Eduardo; Bosingwa, R. Carvalho, Pepe, M.Veloso; R. Meireles, Pedro Mendes, Deco, Nani, Simão; Liedson

Thursday, October 15, 2009

Média de assistências nos estádios em 08/09

Mais uma vez a Football Finance fez a lista da média dos espectadores nos grandes estádios europeus e chegou à conclusão que as médias subiram em relação a 07/08, impulsionadas em larga escala pelo aumento da afluência nos estádios alemães. No topo da lista existiram alterações, subindo o Manchester United ao primeiro lugar, (75304 espectadores em média) ocupando assim a posição que pertencia ao Real Madrid (agora 4º com 70816, abaixo do rival Barça que teve 71045). O Borussia Dortmund continua a ser um grande exemplo de apoio, chegando ao 2º lugar do ranking com 74748, mesmo apesar dos fracos resultados obtidos pela equipa. Um exemplo que devia ser seguidos por todas as equipas, principalmente as portuguesas, que vão muito na onda de vitórias do clube e quando este não está bem pura e simplesmente deixam de ir ao estádio. Fechando o top5 aparece o Bayern Munique com 69 mil.

Ainda falando dos clubes portugueses, o FC Porto é o melhor colocado (34º) com uma boa média de 38762 espectadores, muito elevada tendo em conta a capacidade total do estádio (à volta dos 50 mil). Mais abaixo está o Benfica com 35698, bem pior que o FC Porto pois ficam por preencher cerca de 30 mil lugares por jogo. O Sporting nem aparece na lista (constituída por 50 estádios e tendo o último a média de 28 mil) o que atesta bem a fraca política de marketing do clube, a fraca capacidade da equipa em levar adeptos aos estádios e a falta de apoio à equipa por parte dos seus adeptos.

De destacar por fim, que dos estádios classificados com 5 estrelas pela UEFA utilizados regularmente por algum clube, encontram-se fora da lista apenas o já citado Alvalade XXI (Sporting), o Atatürk (Galatasaray) e o Montjuic (Espanyol). O problema para o Sporting é que o estádio turco tem a condicionante de ser utilizado apenas para os jogos da Champions do Galatasaray, enquanto o Espanyol mudou de casa para o novo Sarriá.

De facto, há muito que pensar em Alvalade após esta estatística, mas também na Luz (pouco mais de metade é pouco preenchimento de um estádio tão grande) e em todos os outros clubes portugueses que utilizam estádios de grande capacidade e que muito raramente têm mais de 10% do total de espectadores que leva o estádio (Leiria, Coimbra, Aveiro e Bessa)

P.S: A Football Finance também fez a lista das Selecções mais valiosas do Mundo e chegou á conclusão que a Espanha é a melhor, valendo 510 M €, seguida do Brasil com 450M e França com 440M. Portugal é o 7º desta lista com 340M e é também o pior colocado na comparação com o Ranking da FIFA (17º)

Wednesday, October 14, 2009

Mau prognóstico

É certo que foi em Novembro de 2007, mas ainda assim isso não impede que os meus prognósticos de qualificação para o Mundial de 2010 se tenham revelado um autêntico desastre!


Nessa época eu previ coisas que hoje são a mais pura ficção, devido às várias surpresas que aconteceram na classificação, assim como da força que equipas menos tradicionais mostraram ao longo das jornadas. Assim, o meu prognóstico em 2007 foi o seguinte, com as respectivas conclusões:

[Grupo : 1º / 2º > Conclusão]

Grupo 1: Portugal / Suécia > Não totalmente errado, pois Portugal ocupou um dos lugares. Dinamarca foi muito além do papel de outsider que lhe dei.

Grupo 2: Grécia / Suíça > Parcialmente errado, pois só troquei a ordem de classificação. Pior mesmo foi quando disse que a Moldávia daria luta e que a Letónia seria penúltima...

Grupo 3: Polónia /Rep. Checa > Totalmente errado, nem uma nem outra se classificaram. Ainda por cima, a Rep. Checa terminou à frente da Polónia.

Grupo 4: Alemanha / Rússia > 100% certo. Tudo correu como planeado.

Grupo 5: Espanha / Turquia > Metade certo. Por um lado a Espanha cumpriu o meu prognóstico, mas pelo outro a Turquia falhou o play-off.

Grupo 6: Inglaterra / Croácia > Metade certo. Mais uma vez acertei no primeiro, mas o segundo foi uma desilusão. Ainda assim disse que a Ucrânia ficaria nos 3 primeiros.

Grupo 7: França / Sérvia > Parcialmente errado. Troquei a ordem das equipas uma vez mais. O pior foi mesmo ter dito que as Ilhas Faroe terminariam com 0 pontos (tiveram 4) e que a Lituânia não criaria problemas.

Grupo 8: Itália / Montenegro > Metade certo. Acertei no primeiro mas Montenegro desiludiu-me e muito (acabou em penúltimo)

Grupo 9: Holanda > Totalmente certo e ainda adivinhei que seria neste grupo que o pior segundo ficaria. Também não era difícil, pois fazem menos 2 jogos que os restantes grupos.

Em conclusão acertei 6 lugares, dos quais 5 primeiros lugares e apenas um para o play-off, num total de 17 chaves. De facto, é melhor mesmo dedicar-me à pesca que prognósticos não é mesmo comigo...

Portugal nos "play-off sem Ronaldo

Portugal ganhou ao conjunto de Malta por 4-0 e garantiu o segundo lugar no grupo A, atrás da Dinamarca, no entanto à frente da Suécia de Ibrahimovic, que fica assim sem bilhete para a África do Sul.

Assim como no jogo de Sábado contra a Hungria, também hoje Portugal marcou cedo por Nani num remate de fora de área, ajudando assim a equipa a pensar melhor o seu jogo. Foi assim que, com naturalidade, Portugal fez o mesmo que contra a Hungria y comandou o jogo a seu bel-prazer. As investidas de Bosingwa e do novo lateral esquerdo Miguel Veloso foram as principais armas usadas no assalto à caixa forte de Malta, muito fechada na defesa, no entanto acabaram por ser os extremos Simão e Nani, sempre com o bom apoio de Liédson a fazer o resultado. Assim, foi sem surpresa que Portugal foi para o intervalo a vencer por 2-0.

Na segunda parte, Portugal começou muito forte e rápido, algo que desconcertou a lenta e desconcentrada defesa de Malta, acabando assim por fazer o 3-0 por intermédio de Miguel Veloso, num ressalto na pequena área. Depois disto, com a classificação para os "play-off" feita realidade, Queiroz mudou jogadores, pondo em campo figuras menos emblemáticas como Nuno Assis e Edinho. No entanto, seria este último a fixar o marcador já muito perto dos 90' numa boa acção individual.

Pode soar estranho, mas os dois últimos jogos de Portugal foram dos melhores em toda a classificação e há um factor comum: Ronaldo pouco ou nada participou neles. Não é um debate nacional, mas aos poucos muitos portugueses começam a desconfiar que Ronaldo é um peso morto na selecção, que devido ao seu poder de explosão condiciona todo o jogo da selecção. Sem ele, Portugal joga um futebol mais pensado, menos directo, mas com mais posse de bola e mais automatismos.

Segue agora Portugal para os "play-off" de acesso ao Mundial, nos quais será cabeça-de-série e como tal, jogará com uma de estas selecções: Irlanda, Ucrania e Bósnia. Pelo exemplo que a Espanha deu no jogo com a Bósnia (5-2 em Sarajevo), este é porventura o adversário mais apetecível à turma das quinas.

Thursday, October 08, 2009

Premierleague: Estrangeirismos

Além do grande número de estrangeiros que compõem os plantéis dos 20 clubes participantes na Liga Inglesa, também no que diz respeito aos donos dos clubes, o cenário é cada vez menos inglês, dando lugar aos milionários do petróleo e do gás natural. Na maior parte dos casos (que seja meu conhecimento) a figura máxima do clube chegou ao posto como máximo accionista e injectou milhões para o reforço da equipa. Ainda assim, existem alguma diferenças como por exemplo, entre Roman Abrahamovic (Chelsea) e a parceria George Gillett/Tom Hicks (Liverpool), pois se o russo tem dado tudo o que os treinadores lhe pedem, já os norte-americanos têm sido muito comedidos com os gastos no reforço da equipa. Fica então o registo das equipas com donos não-ingleses e as restantes, cada uma com a sua análise de gestão.


Equipas inglesas geridas por donos não-ingleses:

Chelsea
- Roman Abramovich (Rússia)
Tem posto muito dinheiro em reforços para os vários treinadores que passaram no Chelsea, mas apenas Mourinho (e Avram Grant) foram até agora capazes de rentabilizar o investimento.

Man United – Malcolm Glazer (EUA)
Sempre no Top 3 dos clubes mais ricos do mundo, a entrada de Glazer em nada afectou os resultados financeiros do clube. Apesar disto nota-se mais contenção financeira em transferências.

Liverpool – George Gillett and Tom Hicks (EUA)
Os donos norte-americanos têm disponibilizado dinheiro para reforços mas nunca em demasia, apelando sempre à inteligência de Benitez no mercado. Nos últimos anos o resultado têm sido mau.

Aston Villa – Randy Lerner (EUA)
O clube tem-se ajustado bem à realidade financeira actual e têm-se reforçado bem internamente, apostando em jogadores ingleses e garantindo algumas boas classificações.

Sunderland – Ellis Short (EUA)
Contido até ao último ano, nesta época o clube investiu cerca de 50 milhões de euros em reforços, vendendo por pouco os jogadores que saíram.

West Ham – CB Holding (Islândia)
A crise que se faz sentir na Islândia tem algo a ver com a crise da equipa? A julgar pela falência técnica da ilha e da classificação do West Ham eu diria que sim.

Man City - Mansour bin Zayed Al Nahyan (EAU)
O grande desplante é aqui. Cerca de 150 milhões de euros em reforços, numa clara aposta do novo dono na equipa. Até agora o investimento não defraudou.

Birmingham – Carson Yeung (Hong Kong)
Recém-ascendido gastou pouco mais de 20 milhões em reforços. Possivelmente é um caso de tentativa a ver no que dá este investimento, se resultar mal faz-se menos, se resultar bem faz-se mais.

Fulham – Mohamed Al-Fayed (Egipto)
O bom resultado na época passada poderia fazer crer quer haveria mais investimento mas tal não aconteceu. Nota-se que a época anterior foi excepção e que o clube não cai em delírios.

Portsmouth – Ali al-Faraj (Arábia Saudita)
O grande fiasco. Começou tudo em 2006 quando o russo Gaydamak vendeu um clube cheio de dívidas ao saudita Al-Fahim que nunca conseguiu ser realmente o dono por razões burocráticas e financeiras. O novo dono arca assim com uma pesada pasta.


Equipas inglesas (ainda) geridas por donos ingleses:

Arsenal – Arsenal Holdings plc.
Tottenham - ENIC International Ltd.
Stoke City – Peter Coates
Wigan – Dave Whelan
Bolton – Eddie Davies
Blackburn – The Trustees of the Jack Walker 1987 Settlement
Wolves – Steve Morgan
Hull City – Russell Bartlett
Burnley – Barry Kilby
Everton – Bill Kenwright

Friday, October 02, 2009

E o organizador dos Jogos Olímpicos 2016 é:

Acertei no continente americano mas falhei completamente na cidade. Chicago foi até a primeira cidade a sair da votação, naquilo que foi uma clara derrota para Obama. Seguiu-se Tóquio e no final ficaram Madrid e Rio de Janeiro.

Ganhou o Rio de Janeiro, naquilo que é um impulso mais para o Brasil (contam igualmente com o Mundial 2014 e para este continente, tantas vezes esquecido dos grandes eventos.

A Madrid resta o consolo da campanha conjunta com Portugal para o Mundial 2018. Aí as circunstâncias geográficas serão propícias e bastará seguir o modelo excepcional de apresentação de candidatura levado a cabo por Madrid 2016.

Jogos Olímpicos: Palpite final

É hoje anunciada a cidade que acolherá os Jogos Olímpicos (JO) em 2016. Depois de Pequim em 2008, seguir-se-á Londres em 2012 e depois a próxima cidade, relevada hoje pelas 17:30.

Para se perceber a importância que os JO têm no desenvolvimento e mobilização das cidades e países que representam, veja-se o staff que as 4 candidaturas finais levaram para esgrimir os últimos argumentos: do lado de Chicago (EUA) é Barack Obama que fala; por Tóquio (JAP) é o seu primeiro-ministro; pelo Rio de Janeiro (BRA) é o presidente Lula da Silva e por fim, é o Rei Juan Carlos que fala em nome de Madrid (ESP).

A decisão é dura de se tomar e trata-se de um comité de cerca de 100 membros que decide entre si a eleição da cidade-sede para 2016. É também um exercício de poder político, pois quem mais influência tem dentro desse comité acaba por ganhar. É certo que nesse aspecto a herança do espanhol Samaranch pode muito bem ajudar Espanha, mas também é grande verdade que os EUA costumam ter sempre várias pessoas nas altas esferas de decisão. Por fim, Tóquio acaba por sofrer a benesse dos votos asiáticos, enquanto o Brasil apela à inovação, de forma a garantir que os primeiros JO na América do Sul sejam realizados no Rio de Janeiro.

Todas as candidaturas têm as suas vantagens e defeitos, contudo acho que no final pesará o efeito geográfico sobre as grandes questões como o controlo anti-doping, aldeia olímpica, motor de progresso, etc. É por isso que acredito que os JO de 2016 serão no continente americano. Atenas em 2004, Pequim em 2008 e Londres em 2016 inviabilizam quase por completo as candidaturas europeias e asiáticas como Madrid e Tóquio respectivamente. Mesmo que Madrid aposte no mais baixo dos orçamentos, enquanto Tóquio promete uns jogos ecológicos e tecnológicos.

Assim, devido a esta rotatividade entre Europa e Ásia, o continente americano irá certamente receber os JO de 2016. Tenho algumas dúvidas da escolha que fará o comité olímpico entre Rio de Janeiro e Chicago, no entanto acredito que os senhores que decidem sejam influenciados pelo facto do Brasil receber em 2014 o Mundial de Futebol, deixando assim Chicago com caminho livre para a vitória na decisão. Acrescentar ainda que os EUA não recebem os JO de Verão desde 1996 (Atlanta) e que são sempre o primeiro no total de medalhas ganhas (Pequim foi excepção). Desta forma, acabam por ter direito a jogar em casa devido aos brilhantes resultados alcançados nas últimas décadas. Em contraste, a candidatura americana peca apenas pela cidade escolhida: Chicago é uma cidade com uma aura cinzenta e mafiosa, cenário em nada idílico para a luta anti-doping. É contudo o meu palpite para 2016. Veremos se mais logo tinha ou não razão.

Tuesday, September 29, 2009

Quem ganha mais em Itália

A Gazzetta dello Sport publicou há uma semana os ordenados de todos os atletas da Serie A, constatando que é Eto'o quem ganha mais e que só o Inter gasta 150M de Euros em ordenados durante toda a época. Fica aqui a lista dos portugueses a jogar em Itália:

Quaresma (Inter) 3.5M €
Em termos futebolísticos está muito aquém das expectativas, contudo ganha mais que por exemplo, Cassano (3.2M).

Tiago (Juventus) 2.6M
Este valor acaba por nos dizer o peso que o médio português adquiriu na equipa de Turim.

Costinha (Atalanta) 0.73M
É o mais bem pago do plantel, apesar de pouco joar actualmente.

Eliseu (Lazio) 0.8M
Foi ganhar mais do que ganhava no Málaga. É de prever que possa subir este rendimento anual dependendo da sua boa performance.

Goncalo Brandão (Siena) 0.18M
O defesa ex-Belenenses poderá dar o salto para um clube de maior projecção brevemente.

Saturday, September 19, 2009

Clubes portugueses na Liga Europa

Começo da nova competição da UEFA, seguida com muito interesse pelos adeptos portugueses devido à presença de um bom leque de equipas: o Nacional que eliminou surpreendemente o Zenit; o novo Benfica de Jesus; e o Sporting, finalista vencido da UEFA 2005.

Começando pelo Nacional, a equipa madeirense não teve a melhor estreia na Liga Europa, perdendo em casa por 2-3 ante o poderoso Werder Bremen. Mesmo sem a estrela do ano passado Diego, esta equipa alemã provou que tem outro tipo de argumentos como é demonstrativo o killer instinct do peruano Pizarro, autor do segundo e terceiro golos dos alemães. Os insulares fizeram bem o seu trabalho mas no fim a "ordem natural das coisas veio ao de cima" como disse Manuel Machado no fim do jogo.

Por seu turno, o Sporting era a única equipa portuguesa que jogava fora e cumpriu bem a sua missão inicial: vencer. Não foi contudo uma vitória nada fácil, pois o Heerenveen nunca se deu por vencido e pode apenas queixar-se de dois factores para a sua derrota: a sorte e Liedson, sobretudo este último que esteve imparável e logrou um hat-trick, crucial para a vitória final por 3-2. Pelo contrário, a defesa leonina esteve uma vez mais muito mal, o que dá quase para dizer que o resto da equipa do Sporting não merece Liedson, tal a diferença de qualidade do luso-brasileiro para a restante equipa.

Fonte: A Bola

Por fim, o Benfica venceu sem problemas de maior o BATE Borisov por 2-0 com golos de Nuno Gomes e de Cardozo no primeiro tempo. Jogando em pressão alta, o Benfica asfixiou o seu rival e várias foram as ocasiões de golo durante a partida. Este novo Benfica assenta em 3 pilares fundamentais: pressão muito forte na transição defesa-ataque do adversário (Ramires e Javi Garcia cumprem muito bem esse papel), técnica refinada com aroma sul-americano no desequilíbrio ofensivo (Di Maria e Aimar) e o poder de fogo de Cardozo e Saviola na frente. Jogando assim é possível que este Benfica chegue no mínimo às meias-finais da competição.


Os novos árbitros assistentes

Três situações deixaram muitas dúvidas nos jogos que envolveram equipas portuguesas na Liga Europa. O Benfica reclamou duas grandes penalidades por falta e por mão na bola mas em nenhuma delas o assistente assinalou a infracção. No jogo do Sporting aconteceu a situação mais polémica com Henrique a fazer um chapéu sobre Rui Patrício que viu depois a bola ser pontapeada em cima da linha de golo por Caneira. O árbitro assistente nada assinalou e as imagens também em nada ajudaram.

Fonte: ASF

Sabia que...?
  • O Sporting jogou com 7 portugueses no onze inicial e no final da partida acturam 9
  • O Benfica começou o encontro com 8 sul-americanos (5 brasileiros, 1 uruguaio, 1 paraguaio e 1 argentino) e só com 2 portugueses (César Peixoto e Nuno Gomes)
  • O Nacional jogou com 9 estrangeiros, dos quais 7 brasileiros
  • Portugal é 22º no Ranking da UEFA neste ano: ao todo são 2,3 pontos de média, muito longe de nuestro hermanos (5,0 pontos e segundos no mesmo Ranking)

Thursday, September 17, 2009

Exemplo de mau jornalismo

Hoje fiquei chocado com o artigo que li num blog associado ao jornal espanhol Marca. Se fosse espanhol ficaria igualmente envergonhado, não tanto pelo conteúdo do artigo mas justamente pela forma de expressão utilizada por Pablo López, sem medo de escrever palavras hediondas como "mierda" ou metáforas como abutes ou hienas para definir a exibição defensiva do Inter contra o Barça no jogo da Champions de ontem.

É que além das estúpidas palavras que este dito jornalista usa, há um outro problema: quem é ele para dizer que tácticas defensivas são cobardes? Se conhecesse o mínimo de história do futebol saberia que a primeira grande equipa do Inter foi possivelmente a melhor exemplificação possível de catennacio. Falo do grande Inter de Helenio Herrera. Reparem que ponho o adjectivo grande antes do clube pelo motivo de que esta equipa ficou na história, tal como Mourinho também o ficará apesar deste jornalista de meia-tigela assim não o querer.

Deixo-vos então com o artigo na íntegra, pois algo me diz que mais tarde ou mais cedo este poderá muito bem vir a ser censurado pelo próprio jornal:

Mourinho, el carroñero

"Julio César en la portería. Defensa formada por Chivu, Samuel, Lucio, Maicon. Muntari, Motta, Zanetti y Sneijder en el medio con Etoo y Milito arriba. Después, entraron Dejan Stankovic, Santon y Balotelli. Un gran equipo. Al menos, un equipo notable. Lo suficiente como para no depender al 100% del rival. Lo suficiente como para intentar crear algo de fútbol. Lo suficiente -como diría Guardiola- como para disputar el balón al Barça.

Pero el campeón de Italia no demostró nada. Bueno sí, demostró que es un equipo cobarde, mediocre y perdedor. Estuvo acojonado todo el partido. Me recordó a un documental de La 2. En concreto, a uno que vi sobre hienas. Esos bichos se agazapan hasta que un león -o cualquier animal grande, con muchos dientes y con más hambre- mata a algún desprevenido bambi. Cuando el rey de la selva se harta de comer y deja los restos ensangrentados y mordisqueados del pobre cervatillo, ahí aparecen las hienas. Se aprovechan de los despojos, de las sobras. Con su desagradable sonido característico y su hocico embadurnado de sangre, se dan el gran festín. Se aprovechan del trabajo de los demás. Durante la comilona, se encuentran con sus colegas los BUITRES.

Pues, queridos amigos, así es el "fútbol" que propuso ayer el ínclito Mourinho. El Barça tuvo la posesión de la pelota màs del 70 por ciento del partido. El equipo de Guardiola quiso, lo intentó, falló oportunidades, le escamotearon un penalti,..., es decir, jugó como un equipo campeón. El Inter jugó como un equipo de mierda. Un equipo al que da asco ver jugar. Asco y grima. Va más allá del aburrimiento. Le pega en todo el centro al concepto de la desesperación. De lo insulso. De lo rácano. De lo cobarde.

Podrá ganar títulos, premiers, scudettos, ligas y champions. Pero Jose Mario dos Santos Félix no entrará en la historia del fútbol. Imposible. Nadie desperdició nunca tanto talento. Ningún entrenador tiró a la basura tantos centímetros cúbicos de clase. Lo siento, Toni Padilla, pero este fútbol a mí no me gusta. Por cierto, ¿fui yo que ya estaba absolutamente tonto o me pareció que el público de San Siro aplaudió al terminar el partido? ¿A quién aplaudían, a García Pitarch por regalar a Motta? Si no, no lo entiendo..."

Pablo López

Monday, September 14, 2009

Fantasy Football

A época está a começar...e a liga já está criada..não percam tempo a juntar-se ;)

Quem será o campeão da Liga Super-Sumo?






Saturday, September 12, 2009

Apenas mais uma razão porque não vou aos estádios

Segundo notícia d'A Bola os adeptos do Benfica estão interditos de entrar juntamente com outro sócio do Belenenses na área reservada a estes no Estádio do Restelo. Diz a notícia:

"Para evitar que o vermelho se torne ainda mais vivo [nas bancadas] e para precaver possíveis situações de conflito, os responsáveis do clube apelaram vivamente ao «bom senso» dos sócios do Belenenses, que têm direito a comprar um bilhete de acompanhante e com ele entrar na bancada que lhes é exclusiva. Na nota de publicação do preço dos bilhetes, um aviso claro de que quem se apresentar na Bancada Poente com adereços alusivos ao Benfica verá o acesso vedado e sem direito a devolução da verba dispendida no bilhete. Tal como na época passada. A palavra «bom senso» não é escolhida em vão. Num jogo em que as emoções podem subir bastante, estarem adeptos dos dois clubes a partilhar o mesmo espaço, por muito correctos que sejam quase todos os adeptos do Belenenses, pode não ser aconselhável. Além de que a maioria dos sócios azuis consideram desconfortável adeptos adversários poderem eventualmente festejar um golo naquele que é um espaço que consideram sagrado. Logo, a bancada estará vedada a benfiquistas. Será exequível? Só durante o jogo se saberá."

É absolutamente vergonhoso que os clubes atentem às pessoas desta maneira. Lá porque quando o Belenenses recebe o Benfica são os adeptos encarnados que acorrem massivamente em vez dos seus (também vão mais, mas nada comparado ao fluxo benfiquista) isso não quer dizer que sejam impostas regras que atentam à liberdade individual de uma pessoa que paga para ter determinado serviço. Clubes como o Belenenses sobrevivem graças a estes jogos mas ainda assim tudo fazem para incentivar os adeptos rivais a não irem. Se bem que seria profundamente mau para o Benfica, acho que uma medida a tomar seria boicotar o Estádio do Restelo neste fim-de-semana e assim deixá-lo a penar com os cerca de 15-20mil adeptos a menos que o jogo registaria.
Por estas e por outras é que, apesar de apaixonado por futebol, evito ir aos estádios. Para ser tratado como mais um do rebanho ainda assim prefiro a sociedade civil, até porque nessa não tenho hipótese de lhe fugir.

Thursday, September 10, 2009

Vale a pena Portugal ir ao Mundial?

Bela Szandelszky/AP

Sinceramente, será que vale a pena Portugal ir até à África do Sul? Será que para um país que vive em crise económica é conveniente gastar dinheiro em viagens, hospedagem, staff e prémios de jogo face aos péssimos jogos que temos vindo a fazer? Vale a pena matar-nos a fazer contas para uma vez no Mundial nem a fase de grupos passar?

É essa a visão que tenho desta selecção. Sem chama, sem fulgor, presa em amarras tácticas desnecessárias e carente dos jogadores certos nas posições certas, Portugal é hoje uma equipa que não oferece confiança aos seus seguidores, além de lhes oferecer espectáculos lastimáveis.

Ontem foi uma vez mais confrangedor ver uma equipa com tanto talento passar tão mal frente a uma Hungria onde apenas se salva o médio Dzsudzsák. É certo que jogavam fora de casa, assim como é verdade que o estilo do árbitro foi deveras desagradável (muito fraco no critério disciplinar e a pausar demasiado o jogo, sempre a favor dos húngaros), mas mesmo com todas essas condicionantes Portugal tem que fazer mais e melhor. É lamentável que fazendo o mais difícil nos 10 primeiros minutos de jogo, a equipa tenha vindo a decair de tal forma que por pouco não sofreu um golo que deitaria por terra todas as ambições que esta equipa ainda possa ter.

Resta agora esperar que a Suécia (a jogarem ao mesmo nível que Portugal, isto é, horrivelmente) perca pontos nos restantes jogos, ao mesmo tempo que Portugal ganha à Hungria novamente e a Malta. As condições seria quase óptimas, pois a Suécia jogará com uma Dinamarca que precisa de pelo menos mais um ponto para se apurar directamente, contudo e da forma como temos vindo a jogar, é de esperar que a selecção possa de facto falhar o mais fácil...


Destaques e notas individuais (1 a 5):

Eduardo: Inseguro nas saídas fora da pequena área. Não comunica bem com os defesas. Nota 2
Bosingwa: Activo na ala direita como é seu apanágio, mas com falta de apoio nas tabelas. Nota 3
Ricardo Carvalho: Longe da melhor forma, compensou com a sua experiência. Nota 3
Bruno Alves: A sua impetuosidade leva-o por vezes a cometer erros grosseiros. Nota 3
Duda: Fora da sua posição, viu-se aflito com as incursões dos húngaros pelo seu lado. Nota 2
Pepe: Razoável na marcação defensiva, salvou a noite portuguesa com o golo. Nota 4 e Melhor em campo
Tiago: Melhor que Meireles na construção, deu alguma confiança à equipa. Nota 3
Raul Meireles: Invisível, não se deu por ele nem na recuperação, nem na construção. Nota 2
Deco: Com ele a equipa atacou mais perto da grande área adversária. Cumpriu. Nota 3
Cristiano Ronaldo: Complicou em muitas situações e nunca se conseguiu soltar da marcação impiedosa. Nota 2
Liedson: Primeiro defesa da equipa, nas poucas oportunidades que teve complicou. Nota 3

Rolando, 88: Pouco tempo em campo, ainda assim ajudou num par de acções defensivas. Nota 1
Simão, 48: Rendeu Deco mas passou muito discreto pelo jogo. Nota 2
Nani, 82: Deu vivacidade ao ataque português. Deu a ideia de estar em noite sim. Nota 3

Carlos Queiróz: Demasiado paciente, deveria ter feito entrar Nani mais cedo e não devia ter desgastado tanto os jogadores do ataque, que passaram o jogo inteiro num vai-vem constante de recuperação e de criação desapoiada. Ainda assim, vale a vitória. Nota 3

Tuesday, September 08, 2009

Portugal: 10 razões para um apuramento falhado

A má campanha de qualificação da equipa nacional portuguesa para o Mundial tem sido um dos temas de conversa mais em voga no país, fruto da paixão nacional pelo jogo, engalanada nos últimos anos pelas constantes participações nos maiores palcos como o são o Europeu e o Mundial. Agora, e pela primeira vez em mais de 10 anos, Portugal corre o risco de ficar de fora de um desses eventos. O porquê desta situação é o que será explicado de seguida:

1) Adaptações
Pepe joga como médio defensivo, Duda como defesa-esquerdo e Simão como avançado-centro. Demasiadas adaptações para uma equipa que deve procurar conciliar a posição com que os jogadores jogam nos clubes com a posição na selecção. Não é numa semana de trabalho que se ensina Duda a defender, por exemplo.

2) Melhor do mundo e mais quem?
Cristiano Ronaldo é um jogador de classe mundial, tal como Deco, Bosingwa e Ricardo Carvalho. Pepe não pode entrar para as contas porque joga fora da sua posição. Simão é óptimo mas não é de topo. O mesmo acontece com Bruno Alves, Hugo Almeida, Raul Meireles e Tiago. Duda, Eduardo, Eliseu ou Edinho dificilmente teriam lugar numa selecção de topo como Itália, Brasil ou França. Feitas as contas, temos cerca de 4 jogadores de top, 5 ou 6 acima da média mas tudo o resto é altamente discutível.

3) Todo o peso da equipa em Ronaldo
É certo que a publicidade de ser o melhor do mundo ajuda a que todas as câmaras se foquem em Ronaldo e, como se não bastasse, torná-lo capitão ainda lhe põe mais responsabilidade nos ombros. Pelo que se tem visto até agora, Ronaldo não tem conseguido libertar-se de todo esse peso. Neste momento, ainda não marcou nenhum golo nos 5 jogos que disputou na fase de qualificação.

4) Falta de Raça
Queiroz pode ser um treinador muito organizado, rápido a entender as dinâmicas tácticas do jogo e até corajoso na aplicação das suas ideias. Mas a verdade é que quando o ouvimos falar em conferência de imprensa, transmite-nos uma falta de confiança enorme, garantindo que tem toda a responsabilidade nos maus resultados mas sempre sem se irritar, levantar a voz ou tomar uma atitude mais agressiva. A verdade que essa atitude é transmitida aos jogadores, pois Portugal teve até agora nos 7 jogos de qualificação apenas 7 cartões amarelos mostrados, denotando uma clara falta de garra nos jogos que disputa.

5) Grupo forte que a imprensa considerou fácil
Ao não ter uma selecção de topo como Itália ou França, Portugal pensou que este seria um apuramento certo, mas a verdade é que Suécia e Dinamarca são equipas muito fortes nas fases de qualificação, enquanto a Hungria vive uma fase próspera do seu futebol. Mesmo a Albânia já viveu dias piores. Em resumo, das 6 selecções que participam no grupo, 4 delas estão no top-50 do Ranking da FIFA, a Albânia é número 93 e Malta é realmente fraca. Aquando o início da fase de qualificação o Ranking não era muito diferente, portanto nunca fez sentido esta ideia de que o grupo seria fácil.

6) Erros dos árbitros
Pelas contas de Queiroz, não foram marcados a favor de Portugal durante a fase de qualificação a quantia de 7 penaltis. Sejam 7, 5 ou 9, a verdade é que nem os árbitros têm "ajudado". Em ambos os jogos com a Suécia ficou por marcar pelo menos uma grande penalidade, situação que em muito poderia alterar toda a classificação do grupo.

7) Os típicos tropeções
Portugal costuma sempre ter um ou dois tropeções em casa nas fases de qualificação. Desta vez foi o empate a zero com a Albânia em Braga. Num daqueles jogos em que não se pode perder pontos, Portugal conseguiu perdê-los. Pior que depois não os tenha conseguido recuperar diante dos rivais directos, como o provam o empate caseiro contra a Suécia e a derrota contra a Dinamarca em Alvalade.

8) A herança de Scolari
Portugal vem de uma longa paixão com Scolari, treinador que dirigiu a selecção durante 5 anos com grandes resultados. Scolari era altamente contestado pela sua teimosia, mas criava um grupo compacto que hoje, face às constantes novas chamadas de jogadores por Queiroz, é impossível que exista. Não existindo o núcleo duro que Scolari promoveu, tudo se torna mais difícil. Além disso, Scolari tinha uma forma de falar em que, se as coisas estavam mal, toda a gente saberia que realmente assim o estavam. Não havia segredos. Hoje em dia ninguém faz ideia de como funciona o balneário da selecção nacional.

9) Fragilidade da Liga Sagres
O fraco nível competitivo da liga portuguesa também ajuda ao fracasso da selecção nacional. Apostando muito em estrangeiros, não se dá valor aos jogadores nacionais e a selecção ressente-se disso, não existindo nenhum grupo de jogadores do mesmo clube capaz de criar solidez à equipa. Além disso, ao não aparecerem novos jogadores portugueses, a capacidade da selecção em melhorar as suas unidades fica estagnada.

10) Queda no ranking da FIFA
É uma mera formalidade, mas para quem se encontrava no top-10 e agora está quase a cair para os lugares acima do nº 20, a situação é tudo menos orgulhosa. Quem acredita que os jogadores não ligam a isto, engana-se muito. Não é um factor fulcral, mas ajuda a abater ainda mais a alma lusitana, ferida de morte nesta péssima fase de qualificação.


Artigo de opinião disponível também aqui:
La crisis de Portugal
Martes, 08 Septiembre 2009

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