Monday, March 23, 2009

Final da Taça da Liga: salva-se o patrocinador

Sinceramente, a única coisa que gosto nesta taça é o nome: Carlsberg Cup. Como sofro subliminar e objectivamente de publicidade fácil no meu ouvido, assim que ouço o nome da cerveja dá-me logo uma imensa vontade de ir ao frigorífico. Ao contrário da Liga Sagres, a Carlsberg Cup abre-me muito mais o apetite. Será do verde?

Passando ao prato principal: não o vi. Não assisti ao jogo pois sabia de antemão que o vencedor saíria com um sorriso falso nos lábios e o vencido saíria triste mas iria recompôr-se rapidamente dado o carácter semi-amigável da taça em questão. Enganei-me em ambas, pois o vencedor festejou a coisa como se tratasse de algo realmente importante (quando só está um pouco acima do Torneio do Guadiana) e o vencido fez da derrota um folclore como há muito não se via por cá.
Confessemos: já estávamos com saudades do choradinho sportinguista, não estávamos?

Poderá parecer estranho ver um sportinguista a zombar tanto sa sua equipa, mas contrariamente à nação sportinguista não fiquei muito revoltado com a situação, por imensos motivos, sendo o principal o facto de não ter visto o jogo e o secundário a virtude do futebol português em amenizar o bom e instaurar o mau.
Continuo a achar que não foi dada a devida polémica aos 12 golos encaixados pelo Sporting na eliminatória com o Bayern. Defendi aqui que a equipa devia superar isso mas sinceramente, esperava que a massa associativa fizesse mais pressão sobre os dirigentes. Não falo em mais ameaças de morte, pois isso é somente bárbaro e estúpido, mas sim em mais discussão interna, em agrupamento de sportiguistas para debater o que correu mal e não para se defenderem com os maus resultados dos outros clubes e sobretudo no surgir de candidatos com propostas reais e objectivas para o clube.
Como tal, é com grande surpresa que vejo Soares Franco, Ribeiro Telles, Rogério Alves e mesmo Paulo Bento fazerem tantas queixas após a final da Taça da Liga como se os 12 golos do Bayern já estivessem esquecidos. Em vez de se queixarem tanto do árbitro, façam um favor ao futebol português e discutam as acções a tomar para melhorar o futebol português, pois criticar não é solução. Há que não esquecer que o Sportinga, após os 12 golos encaixados, está em dívida para com a imagem do futebol português. Arrasar o árbitro Lucilio Baptista como o fizeram é aumentar ainda mais essa dívida e isso, por muito que me custe admitir, é algo que os adeptos de outros clubes contestam e que lhes tenho que dar razão.

Quanto ao Benfica, fico mais uma vez com a impressão que o caminho que está a tomar em relação a este assunto é igualmente péssimo para a imagem do futebol português.
A conferência de imprensa realizada hoje (2 dias após o jogo) foi altamente lamentável, pois falou em maquinação do árbitro por parte dos responsáveis sportiguistas, comparou o prejuízo financeiro resultante da má decisão do árbitro contra o Sporting não se compara aquela que aconteceu no Bessa quando o Benfica não foi à Liga dos Campeões no ano passado por um erro do mesmo árbitro (fazendo assim entender que o Benfica concorda que o Sporting tenha razão nas críticas) e finalmente disse que o único representante da verdade desportiva em Portugal é o Benfica quando ainda não há uma semana acusou os jogadores do Sporting de se terem dopado no último derby sem ter qualquer prova.
Sobre essas mesmas insinuações de doping contra os atletas do Sporting no jogo da Liga achei-as de um autêntico espatafúrdio, próprio de quem quer arranjar problemas e de quem não mede as consequências das palavras. Achei também sobre esse mesmo assunto que o Sporting, perante tal insinuação deveria de imediato entrar na justiça com o Benfica de forma a que estes provem essas insinuações. Ainda há uma semana o jornal Le Monde foi obrigado a pagar 300 mil euros ao Real Madrid por insinuarem que os seus jogadores estavam dopados quando foram campeões da Europa. Fica assim o exemplo daquilo que pode acontecer quando entramos no campo da suspeição sem provas, algo que o Benfica anda a fazer desde que Luís Filipe Vieira foi eleito, acusando tudo e todos e não provando nada.

Ser o único representante da verdade desportiva em Portugal dizendo mentiras (até em prova do contrário, são apenas isso) não é digno de um clube como o Benfica.

Dar uma imagem negativa no exterior e entrar em quezílias no interior não é próprio de um clube como o Sporting que se diz honrar o desporto através dos profissionais atletas que envergaram e envergam as suas cores.

Derbies - as reacções

Após o apito final de Lucílio Baptista jorraram, como rebuçados para os jornalistas (e nós, bloguistas), as declarações bombásticas de jogadores, técnicos e dirigentes.

Do lado do Benfica o regozijo normal de quem venceu um troféu ao seu maior rival, a coerência de Quique Flores em relação a outros casos (como o do Dragão) e a contenção, indiferença ou finta de jogadores como Luisão ou Reyes sobre o caso do jogo, focando-se na vitória do Benfica e no que o Benfica fez dentro de campo, nos 90 minutos e nos penalties, para justificar essa mesma vitória.

Do lado do Sporting foi o caos. Declarações acusatórias, tom de voz elevado e algum cheiro a mercado de praça no ar. Também não era para menos. Apoio totalmente o tom sarcástico de Soares Franco, o discurso duro de Paulo Bento, as críticas dos jogadores do Sporting. Aliás, apoio incondicionalmente, porque há, de facto, um sistema de tal maneira instalado que funciona ao contrário: os que erram saem inpunes, e os que são prejudicados são penalizados e castigados. E só a revolta, por vezes, serve para abanar esse sistema, os seus órgãos e os seus dirigentes, sejam eles políticos ou "futebolísticos", se me permitem a expressão.
O que não posso apoiar são as atitudes que tiveram alguns jogadores, nomeadamente Pedro Silva. Não só agrediu o árbitro como desrespeitou os vários órgãos do futebol português e os seus intervenientes, desde árbitros, dirigentes da Liga, colegas profissionais ao rejeitar a medalha de vencido e mais, arremessá-la para o vazio. O futebol português não recebe lições de ninguém, muito menos de quem é pago para o servir e lá porque vem de um sítio onde as crianças nascem com a bola no pé, não vem para aqui ensinar nada nem ninguém. Não se sentiu atingido com a atitude de Pedro Silva caro leitor? Então peço desculpa, o erro foi... de Pedro Silva.
E neste ponto de vista, a blogosfera leonina também não está isenta de culpas, elevando à condição de herói(!) o jogador e a sua atitude. Um jogador que denigre a camisola do clube com os seus actos e o futebol de uma nação e as suas instituições? Bem...

A atitude de Lucílio Baptista de ir à televisão comentar o lance foi digna. Não há muitos que tenham a coragem e a humildade para o fazer. Muitos árbitros provavelmente nem saberão o que isso é. Foi explicar o inexplicável, dirão alguns. Mas foi. Deu a cara, assumiu o erro e pediu desculpa. Pode não chegar para adeptos, dirigentes, jogadores e técnicos do Sporting, mas era o que tinha de ser feito. Talvez o tenha feito por ser o seu último ano como árbitro, por querer "limpar" um pouco a sua imagem ou consciência, mas também nunca saberemos se o faria se continuasse a apitar.

Regressando a Pedro Silva, fiquei incrédulo quando abri o jornal e li que Lucílio Baptista não mencionou no relatório do jogo a peitada de que foi alvo pelo lateral do Sporting. Como assim?! Não viu? Não sentiu? Porque não o mencionou? Se se provasse a agressão (e as imagens provam-no) o jogador estaria susceptível a uma pena que poderia ir dos seis meses a quatro anos. O sumaríssimo também está fora de questão pois serve apenas para punir lances que não foram visionados pelo árbitro (Bruno Alves pisou na cabeça o jogador Reguila, avançado do Trofense, mas como nem o árbitro nem os senhores da CD da Liga viram um lance visualizado por milhões de telespectadores, passou impune).
Ora, se bem me lembro, jogadores como Nuno Gomes e Katsouranis foram punidos com 1 jogo de suspensão por "falatório". Um jogador que agride um árbitro, que é expulso na sequência do lance e que tem declarações incendiárias após o jogo, que castigo vai ter? Pelas minhas contas deveriam ser 3 jogos de suspensão, isto fora a parte de agredir o árbitro.

O Benfica, através do seu director de comunicação, teceu também algumas declarações. João Gabriel referiu a falta de fair play dos leões e lembrou a forma como foi o Rio Ave derrotado (o fora-de-jogo quilométrico de Vukcevic). Mas a parte mais forte da declaração do porta-voz do Benfica foi dada em directo na SIC Notícias para nunca mais ser ouvida: nem na SIC, nem na RTP1 ou RTPN, nem na TVI ou TVI24, nem sequer na própria SIC Notícias momentos depois. Bem procurei ouvir essa parte da declaração mas foi terminantemente erradicada (leia-se censurada) da face da Terra: disse João Gabriel, e com razão porque os factos, as fotografias e as imagens de TV não mentem, que para um clube como o Sporting fazer todo este alarido pela justiça e verdade desportiva, não fica nada bem alinhar-se com um clube que mais se assemelha a uma organização criminosa e a um presidente suspenso por corrupção, arguido e suspeito de sabe-se lá mais que trapaçadas e muito menos fica bem sentar-se ao lado desse senhor fumando calmamente um charuto e trocando uma série de sorrisos cúmplices e gargalhadas sonoras.

Acabo de ouvir Jorge Baptista, comentador da SIC Notícias, dizer com toda a razão, nua e crua: "como é possível mudar a face do futebol português quando há pessoas nas suas instituições (FPF e Liga e seus órgãos) que já estão em lugares há 20, 30 anos? Não podem ser as mesmas pessoas a fazer essa mudança, não é possível porque se nunca o fizeram em 30 anos não é agora que o vão fazer. O mesmo se passa com os árbitros e a APAF. Como é possível mudar a arbitragem se os seus dirigentes são os mesmos e se os árbitros não são profissionais naquilo que fazem?". Subscrevo inteiramente.
Isto já para não falar no secretário de estado do Desporto, Dias Loureiro, que aparece sempre muito inchado e sorridente a falar da candidatura ao Mundial e a dar palmadinhas nas costas a José Mourinho na FMH, mas que quando surge alarido no futebol foge dos problemas como o Diabo da cruz. Foi assim com a polémica arbitragem de Xistra em Guimarães, com a de Paixão no Sporting-Porto, com esta de Lucílio, enfim, sempre que houve problemas, o senhor saiu pé ante pé e deixou assentar a poeira, para depois surgir com um discurso ambíguo e benevolente como nada se tivesse passado. O mesmo se passa com o sr. Madaíl, outro que evita "berbicachos" a todo o custo, tal e qual como o seu amigo secretário de estado. Outro exemplo ainda, fora das quatro linhas: a reeleição de Vicente Moura para o COP, depois de ter metido os pés pelas mãos e de dar o dito por não dito, ainda foi parar exactamente ao mesmo sítio, sem que ninguém tenha feito nada para contrariar esta reeleição a cheirar a mofo e a bafio.
Este tipo de dirigentes em nada serve nem o desporto nem o futebol. Aburguesados, comtemplativos e benevolentes, esta geração há muito que está intalada e há muito que está ultrapassada. Os clubes, os seus dirigentes, corpo técnico e jogadores não se podem conformar, daí dar todo o meu apoio às declarações de Paulo Bento, Soares Franco e outros que queiram dar o abanão definitivo nesta hierarquia politicamente incorrecta.

Derbies - os jogos

No rescaldo dos jogos para o campeonato e para a Taça da Liga, venho expôr algumas linhas sobre os embates entre os dois rivais da 2ª circular, Benfica e Sporting.

Na partida de Alvalade, para a Liga Sagres, o Sporting venceu com inteira justiça por 3-2. Após uma melhor 1ª parte da turma da Luz, em que criou boas oportunidades de golo e chegou ao empate através de penalty indiscutível de Polga sobre Suazo, o Sporting surgiu muito melhor no 2º tempo, carregou sobre um Benfica apático e sucederam-se as situações de golo junto da baliza de Moreira, sendo que o resultado final de 3-2 foi inteiramente merecido.

A partida da Taça da Liga ficou indiscutivelmente marcada pela decisão (errada) de Lucílio Baptista. Sem dúvida que teve influência no resultado e na parte anímica dos jogadores do Sporting, mas, por outro lado, foram Postiga, Derlei e Rochemback que falharam da linha dos 11 metros e não Lucílio Baptista. Além disso, o juiz setubalense deixou muito a desejar no capítulo disciplinar, sobretudo em prejuízo do Benfica: Rochemback e Derlei deveriam ter sido expulsos; David Luiz deveria ter visto o cartão amarelo.
Rochemback foi o exemplo maior da passividade do juiz de Setúbal: 3 tackles sem bola a Reyes e após o último ainda fez 3 faltas em 2 minutos. Tudo somado: cartão amarelo por entradas perigosas sem bola e outro por acção faltosa continuada. Consequências reais: zero. Derlei foi outro jogador a quem foi permitido tudo: simular faltas atrás de faltas, anti-jogo, simulação de agressão e não contente com tudo isto ainda teve tempo para, no mesmo lance, atingir David Luiz com o cotovelo no salto e na queda entrar de tesoura nas suas pernas. Cartão amarelo por simulação de agressão e cartão amarelo por agressão. Consequências reais: zero.
A juntar a isto as exibições apagadas de João Moutinho, Vukcevic e Liedson, e a desinspiração na hora de marcar os penalties, ou seja, para além do lance da suposta grande penalidade de Pedro Silva, o Sporting não se pode queixar de mais ninguém a não ser dos seus atletas e da equipa técnica (sim, Paulo Bento fez entrar Romagnoli e Postiga nos descontos e para os penalties e o avançado português falhou o seu). Quanto ao resto, silêncio porque não interessa para o caso.
Apesar de tudo foi um jogo com oportunidades, vivo e com ritmo, a roçar o agressivo mas sem ultrapassar a fasquia do Porto-Sporting para o campeonato, um jogo onde as faltas e as agressões se sucederam "a céu aberto", sendo talvez o pior jogo da Liga até ao momento.

O prato forte veio, como de costume em Portugal, depois do jogo mas isso ficará para um próximo capítulo.


Saturday, March 21, 2009

Contra a arrogância do futebol inglês

The Sun - 21/03/2009

"O [Manchester] United é claramente favorito, não sei quem lhe fez o sorteio. Sabemos que nesta fase enfrentamos as melhores equipas, mas os sorteios dão-nos sempre as mais fortes"


Rafa Benitez após o resultado do sorteio dos Quartos da Champions

Estas afirmações não são contra o FC Porto mas sim contra o futebol português. Tanto a Federação como a Liga deveriam responder aos clubes ingleses e não deixar que declarações jocosas como estas ficassem a pairar na comunicação social internacional sem uma resposta de repúdio pela pequenez com que vêem o futebol português. Há que entender que a afirmação de Rafa Benitez é um insulto à qualidade do futebol português e não um elogio à sorte do Manchester.
Repito: têm que ser tomadas atitudes contra a arrogância inglesa. Uma delas até passa pela maneira como as equipas inglesas ficaram no topo do futebol continental: sobre-endividamento que lhes permite comprar os melhores sem consequências financeiras reais.

Friday, March 13, 2009

Ranking UEFA: Alarme?

Continuo sem perceber o fascínio que a maioria dos comentadores tem pelo Ranking de acesso às competições da UEFA. Percebo que seja bom ter mais um Ranking no qual se possa atirar à cara dos respectivos inimigos o bom que o seu clube é para Portugal, pois adquire mais pontos que nenhum outro, mas por outro lado não entendo a preocupação/gozo que se tem com as quedas/subidas nos pontos contabilizados a cada época por cada clube, visto que é acima de tudo, uma mera folha de contabilidade do país com o único propósito de decidir lugares europeus que não variam assim tanto de ano para ano quanto isso.

Para justificar isso, passo a um pequeno exemplo: no ano em que Portugal pôs mais equipas nas competições europeias (7 em 2007/8), os pontos alcançados foram 55.5 , que segundo o método de cálculo têm que ser divididos pelo número total de equipas do país em prova, ou seja, dá 7.9 de média. Numa comparação crua com a Alemanha no mesmo ano (também estes com 7 equipas apuradas), os germânicos alcançaram 94.5 pontos fazendo uma média de 13.5 pontos por equipa.

Acima de tudo importa a qualidade das equipas que disputam as provas. Se forem muitas e pelo menos metade caírem logo à primeira, de pouco serve que uma ou duas atingem semi-finais ou até finais, porque os pontos são para ser repartidos entre todos.

Fala-se actualmente que a Ucrânia, Rússia e mesmo Turquia têm subido muito no ranking e ameaçam seriamente o lugar de Portugal. Nada que deva ser levado muito a sério, pois tirando talvez o caso da Rússia, esses são países onde os clubes de 2ª linha apurados não vão muito longe nas provas, tal e qual o caso português.

Assim, não é para entrar em pânico quando vemos equipas desses países ainda em prova, pois em todas elas os pontos vão ser divididos apenas por 4 (número de equipas apuradas em cada) o que garante logo à partida uma boa soma de pontos para este ano. O normal é que para o ano esses países sigam na mesma linha, embora depois já tenham que pôr mais equipas e dividir os pontos somados por mais, criando logo aí mais dificuldade na obtenção de um bom coeficiente, ao passo que Portugal perderá equipas, mas o caso também não se afigura de tão grave como querem fazer parecer, pois as equipas apuradas serão aquelas que invariavelmente fazem mais pontos (os 3 grandes) que depois serão divididos por menos equipas garantindo melhor coeficiente e subida de novo no ranking.

Em vez de se comentar o imediato, devia-se sim comentar o porquê deste sobe e desce dos países da média linha europeia (POR, HOL, TUR, RUS, DIN, UCR ou GRE), enquanto os 5 grandes (ING, ITA, ALE, FRA e ESP) cimentam a cada ano que passa a sua posição no topo, pois os seus clubes são os mais fortes, havendo cada vez menos espaço para um novo equílibrio que tanto Platini falou. Tal como qualquer político, vê-se cada vez mais que as suas palavras não passavam de vãs promessas, pois neste momento, quem manda são esses 5 países onde curiosamente, há mais dinheiro e onde também estranhamente há cada vez mais dívidas e escandâlos. Entretanto da UEFA vem apenas um cúmplice silêncio.

Wednesday, March 11, 2009

Considerações finais sobre o Sporting - Bayern

É um facto que o Sporting foi sovado por 3 tubarões esta época. É igualmente verdade que em nenhum dos jogos se ficou com a sensação que com sorte até se ganhava. Nada disso. O Sporting de hoje foi basicamente o cúmulo de todos os desastres que foi acumulando ao longo dos jogos com Real, Barça e agora Bayern.

É importante agora atribuir culpas?
É, mas também é importante que se refira que Paulo Bento tem feito um bom trabalho num clube com parcos recursos. A sua abordagem nos grandes jogos já foi boa mas agora é calamitosa e isso é surpreendente e há que se questionar o porquê dessa mudança, no entanto não se pode deitar abaixo todo um trabalho de regularidade, de boa prospecção, e com excelente política de cantera, preenchido aqui e ali com alguns títulos, tudo por causa de uma eliminatória onde o favorito era claro.

Os números foram mais pesados do que todos esperaríamos, mas para mim tal resultado não deve ser motivo de despedimentos imediatos.

Digo isto porque ainda me lembro dos tempos negros de Carlos Manuel, Waseige ou Octávio Machado, onde a única esperança dos sportinguistas era ver no jornal do dia seguinte o nome da futura estrela (ou futuro embuste) que os administradores comprariam por uma pipa de massa.

Se querem mudar à força para voltarmos a esses tempos, então deixem-se é ficar com o que têm, porque pode ser mau mas ainda vai dando alguns títulos ao clube, assim como não o leva à ruína financeira.

Quanto à goleada, resta esperar uma resposta positiva da equipa no campeonato. Da mesma maneira que a história não apaga esta página negra, também não apaga o recorde de maior goleada imposta nas competições europeias: Sporting 16 - 1 Apoel Nicosia em 1963/64.
Não que sirva de defesa para o que quer que seja, serve sim para dizer que o tempo passa e os recordes ficam, importa é mudar as coisas para que os futuros recordes sejam positivos.

Tuesday, March 10, 2009

Notas sobre os Oitavos da Champions - I

Sporting 1 - 12 Bayern Munique

Foi uma eliminatória tão lamentável que nem revolta provoca, tal a diferença de nível entre as duas equipas. À partida pensei que seria um confronto justo com ligeiro ascendente dos bávaros, mas nunca pensei que chegasse a uma discrepância tão grande valores. Tendo em conta a campanha das equipas na Champions, nunca esperei que o Sporting superasse os números da tareia que levou do Barcelona, mas afinal conseguiram. Ao menos que aprendam a lição do professor Bayern para o sucesso na prova. As lições essenciais são 5, a saber:
  • Eficácia ofensiva: pelo menos 1 golo a cada 2 oportunidades)
  • Rigor táctico: as linhas nunca se desunem, tem que haver sempre compensação
  • Concentração total: cada falha resulta invariavelmente em perigo/golo
  • Empreendedorismo: há sempre objectivos, nunca se pode baixar os braços
  • Sorte: o último e decisivo factor para quebrar o equilíbrio

Chelsea 3 - 2 Juventus
É interessante de notar que os jogadores trazidos por José Mourinho aquando a sua passagem pelo clube inglês continuam a ser os que ainda marcam a diferença. No jogo de hoje foram Essien e Drogba a salvar a eliminação, pois a Juventus fez um jogo acertado e também muito eficaz. Destaque para o jovem Giovinco pela positiva e para Chiellini na negativa na Juve enquanto que no Chelsea viu-se hoje que a dupla de centrais está longe da afinação necessária enquanto Drogba continua bem vivo para amedrontar as balizas rivais.


Panathinaikos 2 - 3 Villarreal
Demonstrou-se hoje que o futebol acaba às vezes por fazer justiça. No primeiro jogo em Espanha o Villarreal podia ter goleado mas acabou empatado a um golo. Sabendo que seria dificil travar o submarino amarelo, os gregos adoptaram a táctica do fechar atrás à procura do 0-0 mas foram surpreendidos pela reaparecimento da eficácia do Villarreal, ausente no jogo de Espanha.
Segue em frente o favorito. Será que vão repetir a meia-final de há 3 anos atrás? O futebol do Villarreal actual é menos bonito que a antiga equipa de Riquelme-Fórlan-Franco, mas dá a impressão de ser muito mais compacta que essa.


Liverpool 5 - 0 Real Madrid
Onze do Real Madrid contra o Man Utd em 2002 (3-2):
- Casillas, M. Salgado, I. Campo, Helguera, Karanka, R Carlos, McManaman, Redondo, Savio, Morientes, Raúl.

Onze do Real Madrid contra o Liverpool no jogo de hoje (0-4);
- Casillas: S. Ramos, Cannavaro, Pepe, Heinze, Lass, Gago, Robben, Higuain, Sneidjer, Raúl.

Diferenças claras da equipa de 2002 para a de 2009:
  • Mais cantera, menos estrangeiros.
  • Mais mística, menos fortunas em salários.
  • Mais espanhóis, menos holandeses.
  • Mais trabalho, menos propaganda
  • Mais organização táctica da equipa (dá para perceber o sistema táctico só de olhar aos nomes), menos confusão na formação
Em suma, isto ajuda a explicar os motivos do desastre da equipa de Madrid.

Thursday, March 05, 2009

O novo Garrincha

Da entrevista concedida ao Público por Leonel Messi, ficaram-me no goto as seguintes frases, provas evidentes de uma maneira diferente de estar no mundo de futebol:

P: Segundo a Sports Illustrated, é o oitavo desportista mais bem pago do mundo. Que importância dá aos 35,8 milhões de euros que faz por ano?O dinheiro não o muda?
Messi: Não vou comentar. Às vezes tenho vontade de dar dinheiro para me deixarem sozinho com a bola.

P: Como explicaria esse golo [contra ao Getafe]a quem não percebe de futebol?
Messi: É difícil. Faz lembrar um do Maradona [contra a Inglaterra, no Mundial do México de 1986]. Mas nunca quis imitar o Maradona. Se é o melhor golo de sempre, não sei dizer. Saiu bem, controlei em velocidade, ultrapassei cinco jogadores, tive sorte no remate. Chega de falar de mim. Não gosto de falar bem de mim.

P: O talento não chega para fazer a diferença no futebol. Concorda?
M: Verdade. É preciso sacrifício e muita sorte também.

Messi é o cúmulo da humildade. Não o vemos em revistas cor-de-rosa, tal como não ouvimos falar das suas supostas namoradas. Enquanto miúdo que é tem a atitude real de alguém a quem tudo apareceu de repente e ainda procura perceber o que se está a passar. Não se deslumbra, gosta do que faz, não joga para a fotografia mas sim para o golo. Se toda a carreira for feita dessa forma estaremos não perante um novo Maradona ou Pelé, mas sim perante um novo Garrincha, tal é a sua facilidade em passar pelos adversários, o seu amor à finta, o seu encanto por aquilo que dá trabalho,a diversão que proporciona. Não sei se é melhor que Cristiano, sei sim que ficará na memória dos adeptos por boas razões, enquanto Cristiano tarda em desfazer-se da controvérsia.

Wednesday, March 04, 2009

Especial Euro 2008

O torneio já acabou há muito tempo, no entanto aqui fica o resumo (em pdf) de tudo o que neste blog se escreveu sobre o torneio:


Tuesday, March 03, 2009

A importância do goleador na tabela classificativa

Numa altura em que os campeonatos dão o passo decisivo na decisão dos respectivos campeões, convém saber até que ponto importa às equipas que o seu goleador habitual esteja em forma e se for o caso, se a sua fraca performance acaba por destruir as hipóteses da equipa que representa. Segue-se assim uma de comparação entre os grandes de cada país com o respectivo comentário:


Man Utd: Ronaldo - 12
Chelsea: Anelka - 15
Liverpool: Gerrard - 9
Arsenal: Van Persie - 9

Comentário: Este seria um típico caso em que o goleador pertence à equipa melhor classificada, não fosse o facto de Anelka ter gasto a pólvora toda na primeira volta. A performance de Ronaldo está longe daquela do ano passado, mas ainda assim chega para situar a sua equipa no topo da classificação. A ausência de golos de Torres e de Adebayor explica o porquê da má classificação dos seus clubes e de acordo com o prólogo, é destruidora das ambições da equipa.


Barcelona: Eto'o - 23
Real Madrid: Raúl - 14
Villarreal: Rossi - 12
Atl. Madrid: Fórlan - 17
Sevilla: Kanouté - 10

Comentário: O melhor marcador pertence de facto ao primeiro classificado e o seu peso é tremendo, pois com a sua fraca performance no últimos jogos, o Barcelona perdeu a vantagem que tinha de 12 pontos para apenas 4. Melhorou entretanto o Atletico de Madrid com o olfacto de golo de Fórlan, enquanto os golos de Kanouté e de Rossi vão chegando para os campeonatos tranquilos das suas respectivas equipas. Quanto a Raúl, não marca muito, mas faz valer cada golo seu em pontos.


Inter: Ibrahimović - 14
Milan: Pato - 12
Juventus: Amauri - 12

Comentário: Mais um caso em que o melhor marcador dos 3 clubes em disputa pelo título pertence ao que se encontra em 1º. Não está a ser uma época fabulosa de Ibra, mas sim autosuficiente. Pato continua a crescer e não tardará em assumir quase toda a despesa do ataque milânes, ao passo que Amauri é o goleador da praxe na Juve até arranjarem um que lhes permita sonhar mais alto.


PSG: Hoarau - 15
Lyon: Benzema 12
Marseille: Koné - 7
Bordeaux: Cavenaghi - 13

Comentário: O facto do Lyon encontrar o seu primeiro lugar em perigo tem obviamente a ver com a performance brilhante do parisiense Hoarau, catapultador do PSG para lugares cimeiros. Cavenaghi não é jogador de momentos decisivos, mas serve perfeitamente para a tranquilidade em Bordéus, enquanto Koné é o espelho da falta de acerto do Marselha.


Hertha Berlin: Voronin - 7
Hamburg: Petrić - 9
Bayern Munich: Klose - 9
Wolfsburg: Grafite - 14

Comentário: Campeonato estranho, no qual o Wolfsburg veio de trás sob os golos de Grafite e procura ultrapassar os rivais que seguem estranhamente sem grande apetite pelo golo, tendo os seus melhores marcadores uma performance muito leve para esta altura. Claro que basta Klose e Toni despertarem e a Bundeliga fica praticamente decidida, mas enquanto não o fazem, o campeonato vai-se equilibrando e emocianando até ao fim.


AZ: El Hamdaoui - 20
PSV: Afellay - 11
Ajax: Luis Suárez - 13

Comentário: O AZ Alkmaar manda e os golos de El Hamdaoui são a base dessa liderança. os goleadores do PSV e do Ajax vão fazendo das suas, mas num campeonato em que as defesas são muito suaves, era apenas normal que tivessem no mínimo mais 5 golos cada, de forma a poderem discutir o título com a equipa de Van Gaal.


Porto: Hulk - 7
Sporting: Liedson - 8
Benfica: Cardozo - 7
Nacional: Nenê - 15

Comentário: O melhor marcador não reside nos clubes em disputa pelo título, mas isso deve-se sobretudo à sua excelente forma individual. Enquanto isso nota-se um grande equilibrio entre os 3 grandes, ao qual o campeonato, muito longe de decidido, não é estranho.

Monday, March 02, 2009

As equipas de Mourinho: a revolução dos pormenores

José Mourinho é visto por muitos quadrantes como o rosto de uma nova geração revolucionária de muitas conceptualizações tomadas como garantidas do antigo futebol, mas no fundo, importa perguntar, o que Mourinho trouxe de inovador para o jogo. A resposta a isso é tudo menos simples, como muitos treinadores de bancada teimam em dar e necessita de uma extensa análise da sua carreira de treinador, dos seus modelos, das suas vitórias e claro, das suas derrota, pois são o cenário ideal para perceber realmente o que tem Mourinho. Assim, deixo por tópicos muitos dos factores revolucionários que Mourinho trouxe e que até à sua chegada eram menosprezados ou simplesmente esquecidos:

- A importância do factor casa: 7 anos sem perder em casa para o campeonato é algo de sobrenatural para um clube. Pensemos então num treinador, cujo trabalho é analisado à lupa, principalmente nos jogos frente à sua massa adepta, aquela que não tem o poder de decidir, mas tem o poder de inclinar (des)favoralmente a balança da decisão. José Mourinho tem no factor casa uma das suas principais armas de guerra e usa e abusa dela. Em casa temos que ser hospitaleiros, mas nunca coniventes com o abuso do forasteiro. Queremos ser sempre nós a servir a refeição e somos nós que mandamos.

- O culto do trabalho e da motivação: Quem não trabalha não é convocado ou é dispensado. O trabalho é a fonte de vida e o meio para se atingir a riqueza. Só trabalhando podemos colher frutos. Sem trabalho podemos amealhar alguma coisa, mas só através do roubo. Mourinho não gosta de ganhar pelo roubo, mas sim pelo trabalho. Daí que defenda golos inválidos a favor da sua equipa quando a mesma teve méritos suficientes para ganhar o jogo. Quando não fez o suficiente, Mourinho é o primeiro a dizer que não mereciam ter sido beneficiados.

- O plantel refinado e polivalente: Um conjunto de trabalhadores capazes de executar qualquer função é o que espera Mourinho dos seus plantéis. Espera que sejam mestres naquilo que fazem, assim como espera que não se armem em divas quando lhes é pedida uma tarefa para a qual não estão naturalmente vocacionados. É importante aprender, mas acima de tudo, é importante atender os pedidos de quem manda na táctica e nos homens. Nunca nos plantéis de Mourinho havemos de assistir a um plantel na máxima força com falta de uma ou outra unidade dentro da táctica pretendida.

- A apoteose do avançado: McCarthy, Drogba e Ibrahimovic ou os três fiéis escudeiros de Mourinho. Elogiados até ao tutano, Mourinho espera que os seus homens de confiança da frente façam aquilo para o que estão vocacionados: golos. Se tal não acontecer, que pelo menos os criem. José espera igualmente que haja uma empatia acima da média entre o avançado, ele mesmo e o público.

- O seguro de vida no guarda-redes: Baía, Cech e agora Júlio César: em comum têm o facto de ser com José Mourinho no comando que vivem o seu melhor momento no futebol. A isto não pode ser descartada a mão do treinador português no assunto. A transmissão de confiança dada por Mourinho aos seus guarda-redes faz com que estes sobressaiam e garantam em grande parte dos jogos uma segura imbatibilidade.

- O capitão como exemplo de coragem: Costinha, Terry e Zanetti: homens que sentem o clube que representam como ninguém, exemplos de entrega e de concordância, sempre no despique, sempre na linha da frente da batalha. É isto que Mourinho quer num capitão.

- O lateral no ataque: a maratona no futebol: Quando a sua equipa ataca Mourinho gosta e quer que o lateral apoie o ataque em todas as suas incursões, pois sem essa unidade os ataques são praticamente fúteis à partida devido à lateralização que José gosta de dar ao seu jogo. Paulo Ferreira, Nuno Valente e Santón, assim como Cole são exemplos claros daquilo que Mourinho quer que o um lateral faça quando a sua equipa ataque: apoio, abertura de linhas de passe, ajuda na transição ofensiva.

- O lateral na defesa: o falso lateral: Quando as equipas de Mourinho defendem há sempre um denominador comum: o lateral pelo qual o ataque da equipa adversária é conduzido faz pressão no extremo ou lateral, enquanto o lateral do sector oposto acorre à grande área para ajudar os centrais. Se repararmos, o médio defensivo tende a fechar o sector para que o atacante adversário tenha o centro para a àrea como única opção e aí já estará o lateral para a ajuda defensiva. É uma forma eficaz de deixar um dos atacantes opositores fora da jogada, enquanto ganha mais um homem na zona de perigo.

- O meio-campo de posse: Como zona nevrálgica do campo, Mourinho segue Pedroto e preenche o meio-campo com o mínimo de 3 homens, criando abertura e linhas de passe para as transições. Daí que o 4-3-3 e o 4-4-2 com o recuo do avançado seja o modelo óptimo de Mourinho.

- A transição: aceleração e passe: Face a adversários que preencham o meio-campo, Mourinho necessita de centrocampistas capazes de fintar com plena consciência de que não perderão a bola. Para isso é preciso espaço e esse só se consegue - no 1x1 - através de aceleração para o espaço vazio enquanto os companheiros criam linhas de passe. O meio-campo em que o 10 decide é por isso uma aberração no modelo de Mourinho, visto que todos os elementos a meio-campo necessitam de rapidez de processos, criatividade e inteligência.

- A transição: a finta em zona proibida: Conjuntamente com o demonstrado anteriormente, o centrocampista que tenta fintar sem espaço a meio-campo não é usado por Mourinho. Acarreta risco imediato de contra-ataque pelo adversário, assim como é difícil financeiramente de atrair jogadores com capacidade fazer esse trabalho. E sabe-se que no futebol mundial existem apenas 2 ou 3 jogadores capazes de roubar bolas e criar com a mesma eficácia (Pirlo, Xavi, Gerrard...)

- Novas oportunidades: Com Mourinho é normal vermos novos valores a emergir. Actualmente é Santón, mas anteriormente foi Carlos Alberto, Joe Cole ou Obi Mikel. Além disso, Mourinho garante novas oportunidades a quem parecia acabado para um carreira de alto nível como Maniche, Makelelé ou Julio Cruz.

- A comunicação como factor-chave: clube, presidente e adeptos: É celébre o método de Mourinho em pôr no balneário declarações dos adversários em que estes dizem que jogador X ou Y não é sincero, é mau profissional ou simplesmente que a equipa de Mourinho pratica mau futebol, entre outras. O espicaçar latino de um balneário, capaz de pôr em polvoroça um coração antes de ir para o campo (ou para a guerra) é um método eficaz e tenebroso de motivar o grupo de trabalho, inclusive presidentes e dirigentes. Para os adeptos, Mourinho gosta de puxar pelo seu incentivo, puxando-os para apoiar a equipa em vez de desdenhá-la. Métodos célebres de o fazer são o calar o público adversário, acusar jogadores adversários ou mostrar contentamente desmedido pelas vitórias (o não saber ganhar como factor de sucesso entre as hostes mais fanáticas)

- A comunicação como factor-chave: imprensa, árbitros e "mind-games": Talvez a maior revolução de Mourinho seja a da figura enigmática e controversa do treinador, mostrando que o mesmo tem que dar sempre a cara e nunca se deve mostrar arrependido. Mais impacto ainda tem a pressão que incita ao adversário através de frases com tudo para irritar, escarnecer e espantar a oposição. Fazer de cada conferência de imprensa algo de muito esperado é algo que só Mourinho consegue, pois tem sempre alguma coisa sensacionalmente divertida ou irritante para dizer. Ao nível dos árbitros, Mourinho gosta de criar-lhes pressão adicional de forma a que estes caiam em erro a seu favor. Tal acontece mais ao nível da competição doméstica do que ao nível internacional.

- A comunicação como factor-chave: a gestão do grupo: por fim, os "casos". Balottelli foi o mais recente, mas também Adriano, Quaresma, Carlos Alberto e Shevchenko deram água pela barba a Mourinho. Em todos os casos tirando o do ucraniano e do português, Mourinho soube gerir a situação, saindo o jogador para o campo com mais ganas que nunca. Com Sheva, Mourinho não tinha autoridade para aplicar sobre o jogador, daí que tenha saído do Chelsea, e com o português veremos se voltará ao Inter com a mesma falta de aplicação evidenciada na primeira metade desta época. Tou em crer que sim, assim como tou em crer que este último factor não é realmente o último. Há muito mais de método de Mourinho do que estas linhas contam, mas julgo que grande parte do que disse de ajusta à metodologia brilhante e eficaz de Jose Mourinho.