Wednesday, April 28, 2010

Um jogo especial: notas sobre a passagem do Inter à final da Champions

Mourinho. Não se pode dizer que tenha ganho o duelo a Guardiola, pois ganhou um jogo e perdeu outro, no entanto sai mais feliz pela passagem da sua equipa à final. Se a sua atitude já foi defensiva nos primeiros minutos de jogo, ficou ainda mais forte essa tese após a expulsão de Motta. O Inter apenas fez um remate (que nem foi à baliza) mas vai à final de Madrid. Os italianos fizeram uma exibição praticamente irrepreensível em termos defensivos e essa foi a chave-mestra que Mourinho usou e bem para esta eliminatória.

Barcelona. Não soube aproveitar da melhor formas as poucas (3) oportunidades flagrantes que gerou e esteve aí uma das explicações para a derrota na eliminatória. A equipa foi igual a si mesma, mas faltou-lhe maior liberdade nos movimentos de Messi e Xavi, os grandes construtores deste Barça. Guardiola também não foi muito feliz nas substituições, algo que tem acontecido mais vezes do que é costume nesta temporada.

Real Madrid. Afinal vamos ter algo mais para além da final no estádio do Real Madrid: Sneidjer contra Robben. A vingança de dois predestinados face ao seu anterior clube ou a espelho de uma planificação desportiva desastrosa por parte de Florentino Peréz e associados. Escolhe o leitor.

Sunday, April 25, 2010

Comentadores

Mais umas linhas sobre os ditos comentadores que pululam nas nossas televisões e que entram por nossas casas com "verdades absolutas" que me deixam, por vezes perplexo. Das duas uma, ou é suposto serem imparciais e analisarem crua e friamente os factos, jogos e resultados; ou então demonstram um inefável clubismo e "mau perder" que não conseguem, de modo algum, esconder nem disfarçar. Por aqui, no "Crónicas", nunca se escondeu o que quer que seja, pelo que a hipocrisia fica do lado de fora.
Desta feita ouvi João Gobern, da RTP N, falar sobre as últimas jornadas deste campeonato, dizendo que o Porto e o Sporting não estiveram no seu normal desempenho e que, com o Benfica da época passada, o Braga seria campeão. Ora, parece-me que há aqui "ses" a mais. Porque haveria lugar a inúmeras variantes da mesma "fórmula", onde se poderia concluir que Porto, Sporting e Benfica poderiam ter sido campeões também.
Da mesma maneira que, quando se falou sobre os campeões dos últimos anos, a prerrogativa era que o Porto havia sido sempre um justo campeão, por ser indiscutivelmente a melhor equipa, por jogar melhor, que teve um ano para esquecer em 2004/05, onde o Benfica foi "o menos mau" dos três grandes e só ganhou porque, mais uma vez, "Porto e Sporting fizeram uma época muito abaixo do normal". Ora, se Porto e Sporting estiveram abaixo do normal e fizeram uma época pouco mais do que sofrível, em nada o Benfica tem a ver com isso, porque foi, também, indiscutivelmente a melhor equipa e se observarmos do ponto de vista dos plantéis das três equipas, era aquela que menos alternativas tinha, logo a que menos hipóteses tinha de ganhar o campeonato e ainda assim ganhou-o, com todo o mérito. Este ano, com o Porto e o Sporting novamente abaixo do normal, se não fosse um grande Benfica, o Braga seria campeão e ponto final. Nada mais falso. O Benfica é líder sem discussão, pratica o melhor futebol, marca mais golos e, tudo indica, vai ser campeão.
A verdade dos factos é apenas uma: Braga, Porto e Sporting estão, respectivamente, a 6, 11 e 24 pontos do líder Benfica a 3 jornadas do fim.
O Braga está, de facto, a fazer um campeonato muito acima das expectativas, estando a lutar pelo título até ao fim, como nunca esteve na sua história, portanto há que dar mérito à sua estrutura, jogadores e equipa técnica. Por outro lado, Porto e Sporting só se podem queixar de si próprios, dos seus dirigentes, técnicos e jogadores, que demostraram incoerência, má gestão e irregularidade ao longo desta época.
E estando no campo dos "ses" também eu levanto um: se o Braga não estivesse a fazer o melhor campeonato da sua história, o Benfica já tinha sido campeão há muito tempo.

Saturday, April 24, 2010

Manchester United 3 - 1 Tottenham: As chaves da partida

Intensidade. O United soube reagir da melhor forma às adversidades que o seu adversário lhe impôs. Quando empatado a zero, o United surgiu na segunda parte com outra acutilância ofensiva que não mostrara na segunda parte. Essa dinâmica foi aumentando conforme o jogo ia decorrendo e consumou-se em golo, através de um penalti incontestável marcado por Giggs. Se até aí o Tottenham nada tinha demonstrado, transformou-se com as substituições operadas por Redknapp numa equipa totalmente diferente, com uma grande intensidade que apanhou de surpresa um Manchester que aparentava ter tudo controlado. Nada mais errado, pois o empate surgiu de cabeça e através de um canto, apanhando o United numa falha de concentração defensiva, quando o Tottenham encostava às cordas o seu adversário, muito por culpa do avanço no terreno de Modric e Bale, assim como da entrada em campo de Lennon. Curiosamente, a equipa perdeu fulgor com a entrada de Crouch, pois tornou-se incapaz de fazer a bola chegar à área adversária pelo pé, apostando no jogo áereo que com maiores ou menores dificuldades o United soube suprir.

Nani. O português foi hoje decisivo e logo quando Ferguson lhe pediu a responsabilidade na ausência de Rooney. Fez o golo do 2-1, num chapéu superiormente executado e sofreu o penalti para o terceiro. Aliás, toda a jogada do seu golo foi uma demonstração de como Nani é hoje um jogador maduro na interpretação do jogo. Abriu espaço com passe para a ala, movimentou-se para diante, arrastou um defesa consigo, abriu espaço para a desmarcação, ganhou em velocidade ao defesa que o cobria, tocou com o pé esquerdo para ficar só frente ao guarda-redes e rematou em arco com o pé direito, por cima do guarda-redes. Um dos mais geniais golos da carreira do português!

Macheda. Hoje em dia o futebol é cada vez mais um jogo de 14 contra 14, tal a importância que as substituições têm nos dias que correm. Macheda esteve no golo de Nani e acrescentou peso e altura a um meio-campo que perdeu o seu equilíbrio com as já aqui referidas substituições operadas por Redknapp. Carrick também foi fundamental nesse balanço, assim como o recuo de Giggs para o meio-campo. Ferguson soube, uma vez mais, interpretar da melhor forma o jogo levando a melhor sobre o Redknapp, que valha a verdade, também soube pôr em sentido o United e que, se tivesse tido a sorte de um ou outro lance melhor construído e finalizado, poderia ter saído com pontos de Old Trafford.

Tuesday, April 20, 2010

Inter 3 - 1 Barcelona: As Chaves da Partida

Concentração. Num jogo sempre muito nervoso, o Inter foi quem menos de desconcentrou, talvez fruto de jogar em casa. Embora os últimos 15 minutos tenham sido um autêntico suplício para os italianos, o Barcelona não conseguiu traduzir nesse tempo o seu domínio em golos. Por outro lado, a maneira como o Barcelona entrou para o segundo tempo foi completamente incompreensível, tal a facilidade com que o Inter chegava à baliza de Valdés. Foi assim que, sem surpresa, a equipa de Mourinho acabou por cavar um vantagem de 2 golos, que, pese o domínio final do Barcelona, acaba por ser uma grande mais-valia para o jogo de Camp Nou.

Messi. Não passou completamente ao lado do jogo, pois conseguiu criar perigo em um bom remate para defesa Júlio César e fez algumas tabelinhas com Daniel Alves que por pouca eficácia do ataque, por mérito da defesa interista ou por manifesto azar, não resultaram em golo. De Messi espera-se sempre que resolva, mas hoje a sua luz foi apagada pela defesa do Inter no geral e por Zanetti em particular.

Maicon. No duelo particular com Daniel Alves, Maicon mostrou porque é ele o titular da selecção brasileira. Marcou o 2-1 e foi sempre um perigo tanto nas suas incursões pela linha como nas diagonais. Sozinho foi capaz de fazer de Messi e de Daniel Alves. A sua saída forçada de jogo acabou por desestabilizar o Inter.

Saturday, April 17, 2010

Manchester City 0 -1 Manchester United: As chaves da partida

Veterania. Num post recente critiquei o facto dos "velhos" da equipa do United não terem a capacidade de decisão de outrora, acabando até por não acompanhar os mais jovens e frescos adversários. Pois bem, retiro o que disse. No jogo de hoje, Van der Sar foi, no alto dos seus quase 40 anos, um dos melhores em campo, com defesas decisivas no primeiro tempo. Giggs já não tem o pique necessário para bater os adversários em velocidade, mas foi hoje um jogador cerebral no meio-campo dos red devils. Por fim, o mais importante: Scholes. Dele foi o golo da vitória, no último minuto num espectacular cabeceamento sem hipótese para Shay Given. Hoje já não corre como um louco por todo o campo, mas compensa essa lacuna com uma excelente colocação em campo, que lhe permite fazer o que fazia antes (passes precisos e chegada à área) com menos corrida. Não é um box-to-box típico dos tempos modernos, mas sim um jogador genial no posicionamento a meio-campo, que sobe e desce nos momentos certos.

Crença. Só uma equipa que acredita muito em si própria é capaz de ganhar um dérbi na casa do adversário no último minuto. Talvez tenha sido uma derrota demasiado dura para o City, pois também procurou até ao fim o golo da vitória, mas notou-se sempre que a acutilância do United era mais perigosa e raçuda que a do adversário. A explicação pode estar no confronto entre a escola inglesa e a italiana, nos valores da casa ou simplesmente pelo United ter um objectivo maior entre mãos. Seja como for, o United é uma equipa que dá gosto de seguir.

Ferguson. No jogo das substituições, o escocês levou a melhor sobre o Mancini. Não que o italiano tenha errado em tudo, antes pelo contrário, pois Wright-Philips e Vieira entraram muito bem no jogo (um criou muito problemas pela ala direita e outro conseguiu estancar o meio-campo do City), o problema é que as alterações operadas por Ferguson resultaram na vitória, pois Berbatov arrastou consigo os defesas no golo, Obertan esteve na jogada e Nani criou outra dinâmica ofensiva à equipa. Por isso é que, mesmo que a concorrência seja muito forte, Ferguson está sempre no topo.

Thursday, April 15, 2010

Mínimos de Qualificação

O Atlético de Madrid ganhou apenas 1 jogo nas competições europeias desde que entrou para a fase de Grupos da Liga dos Campeões. Ainda assim está nas meias-finais da Liga Europa. A vitória foi contra o Galatasaray por 2-1 na Turquia, a 25 de Fevereiro de 2010. De resto são 8 empates e 3 derrotas. São 18 pontos no Ranking da UEFA, ainda a 2 de, por exemplo, o Olympiakos que saiu de prova nos Oitavos da Champions.

Wednesday, April 14, 2010

Alguns Destaques de Meio da Semana

Benfica 2 - 0 Sporting
Jogo a meio da semana para completar a 26º jornada da Liga e que terminou com uma vitória clara do Benfica por 2-0. O Sporting nunca entrou no jogo, ao passo que o Benfica veio melhor na segunda parte, acabando por ganhar com inteira justiça. Se o Benfica tem este ano equipa para ganhar o campeonato e que, com alguns acréscimos importantes no próximo ano poderá ser um caso sério na Champions, já no Sporting fica claro que é necessária uma remodelação na defesa, com a aquisição de jogadores seguros nos cruzamentos e tacticamente mais cumpridores. De toda a defesa, apenas Carriço ( e Veloso quando aí joga) está ao nível do que se pede numa equipa como o Sporting.

Twente 0 - 2 Ajax:
Após o massacre de fim de semana ao Venlo (7-0), o Ajax não perdeu a corda e ganhou no campo do principal rival pelo título holandês, ficando agora a 1 ponto destes e situando-se a apenas 2 golos da marca centenária de golos marcados para o campeonato. Luis Suárez, que poderá ser uma boa surpresa no Mundial, contabiliza 32 dos 98 golos da turma de Amesterdão, quase um terço de um ataque voraz e insaciável.

Atlético de Madrid 1 - 2 Xerez
Grande resultado do Xerez que, numa segunda volta fantástica, está agora a 6 pontos do Málaga, primeira equipa acima da linha de descida. Se é verdade que a missão é muito complicada, também não é menos verdade que se o Xerez é capaz de ganhar em casa do Atlético de Madrid, será também possível ficarem para mais um ano na principal liga de Espanha. Quanto ao Atlético, ofereceu nesta noite de novo a sua pior versão. Como se lamenta o Sporting e o Valência de não lhes ter calhado em sorte este Atlético numa destas noites.

Wednesday, April 07, 2010

Manchester United 3 - 2 Bayern Munique: As chaves da passagem dos bávaros às Semi-Finais da Champions

Perseverança. O Bayern demonstrou num terreno muito adverso uma resistência fora do comum, estando em clara desvantagem e mesmo assim não alterando a sua forma de jogar. Se é verdade que a expulsão de Rafael ajudou o Bayern a soltar-se, não é menos verdade que a equipa alemã acreditou sempre que podia alterar o rumo dos acontecimentos.

Concentração. Os alemães entraram muito mal no jogo, mas pouco a pouco conseguiram estabelecer um padrão na sua forma de jogar, o qual seguiram até ao final do encontro, sempre em clara melhoria. Comparar os dez minutos iniciais com os últimos dez é fazer uma comparação entre a noite e o dia.

Finalização. Não tiveram muitas oportunidades os comandados por Van Gaal, contudo aproveitaram a melhor forma todas as situações claras que dispuseram. O golo de Olic é de uma perseverança enorme e acima de tudo, de uma frieza sobrenatural.

Robben. Com ele este Bayern é outra história. Inacreditável como o Real Madrid o deixou escapar (a par de Sneidjer) das suas fileiras. Pertence a um lote muito restrito de jogadores capazes de mudar o curso dos jogos. Hoje fez uma exibição majestosa, coroada com um golo espectacular, só ao alcance dos predestinados. Saiu após esse golo, mas deu a impressão de que, com ele em campo, o Bayern podia até ganhar o jogo.

Sunday, April 04, 2010

As decisões

Talvez seja a altura de todas as decisões. Últimas jornadas nos campeonatos domésticos, só as melhores equipas lutam pelas competições europeias, os jogadores estão mais desgastados e têm ainda vários jogos decisivos pela frente. Mas dita o consenso que é a altura de todas as emoções.
Passando um olhar pelos principais campeonatos europeus, fica a ideia de cada vez mais estarem equilibrados, com as equipas dos lugares cimeiros separadas por poucos pontos.



Comecemos pela França, cujo "Championnat" é um exemplo disso. Os seis primeiros estão separados por apenas 3 pontos, sendo que o Bordéus e o Marselha têm menos 2 jogos. Tem estado equilibrado com o Lyon menos em forma do que em anos passados e um ror de equipas entre as quais o Montpellier, o Auxerre e o Lille.

Sensação: Montpellier - Jogando num compacto 4x2x3x1 a equipa de Girard tem feito um campeonato notável para quem tem estado arredado há muito da luta pelo título. Tem no avançado Montaño, com 10 golos, a sua maior arma.



Em Inglaterra o campeonato resume-se agora numa luta a três entre Chelsea, Man Utd e Arsenal, com 74 pts, 73 pts e 71 pts respectivamente, sendo os red devils têm mais um jogo e faltam apenas 5 jornadas para o fim da competição. A irregularidade do City afastou os citizens definitivamente da luta pelo título, tendo 4 e 6 pts à maoir sobre Tottenham e Liverpool na discussão pelo último lugar de acesso à Champions.

Sensação: Fulham - situando-se num confortável 12º lugar, a 11 pts da linha de água, é quase garantida a permanência do Fulham na Premier League, isto para um clube com um dos orçamentos mais modestos do principal escalão e quase condenado à partida para esta época. Além da superação interna, os cottagers fizeram ainda um brilharete na Liga Europa ao eliminar a Juventus por esclarecedores 4-1 em Craven Cottage. Roy Hodgson comanda um tradicional 4x4x42, onde se juntam alguns experientes jogadores destas andanças, formando um grupo sólido e fiável: o GR Schwarzer, os defesas Konchesky, Hangeland e Shorey, os médios Danny Murphy, Zoltan Gera e Simon Davies, os avançados Andy Johnson e Bobby Zamora, tendo em Damien Duff e Clint Dempsey os principais jogadores.



Na Serie A, o empate do Inter de Mourinho abriu as portas da liderança à Roma de Ranieri, numa espécie de luta entre "inimigos figadais" que são os técnicos de ambas as equipas, num conflito que já vem dos tempos de inglaterra. Há que dar mérito aos romanos, que souberam aproveitar a boa forma de Vucinic, Méxés e companhia, liderados por De Rossi, mesmo com a ausência do capitano Totti e com as saídas de jogadores como Aquilani. A 5 jornadas do fim, 1 ponto separa ambas as squadras com o Milan a 3 pts dos interistas. Destaque ainda para a grande época de Sneijder ao serviço do Inter.

Sensação: Palermo/Sampdoria - Miccoli e companhia estão a fazer um grande campeonato, não podendo lutar pelo título mas nunca desarmando na luta pelos lugares de acesso à Europa, estando agora em condições de disputar o 4º lugar, que dá acesso à Champions. Com os mesmos pontos está a Sampdoria de Del Neri, umaequipa cujo jogo seduz, muito por culpa da terrível dupla Pazzini-Cassano, com 14 e 7 golos respectivamente e muito trabalho a abrir as defesas contrárias. Com os "carregadores de piano" Palombo e Tissone no meio-campo, Semioli nos flancos e Zauri, Rossi e Ziegler na defesa, o "11" fica equilibrado em todos os sectores, sendo que no ataque tem aquela ponta de genialidade, entrega e instinto de Cassano e Pazzini.



Em Espanha, o Barça continua a ditar leis, com o seu futebol inigualável feito da magia dos seus intervenientes: Xavi, Iniesta, Ibrahimovic, Pedro, Henry e, claro, Lionel Messi. O argentino tem estado simplesmente imparável e a todos encanta com o seu génio. O duelo com o Real terá sido o último passo na caminhada para o título, que já não deve fugir aos "culés". Os madrilenos, mesmo com Higuaín e Ronaldo em forma, não tem conseguido dar a réplica mais forte, tendo em Káká um elemento algo intermitente devido aos problemas musculares, em Benzema uma decepção e em Pepe a falta de segurança defensiva.

Sensação - Mallorca - Grande prestação dos comandados de Manzano estão em 4º lugar a 7 pts do Valencia e com um de vantagem sobre o Sevilha. Mais uma equipa muito compacta com jogadores já muito rodados no pricipal escalão do futebol espanhol, como o keeper Aouate, Josemi, Gonzalo Colsa, Aduriz, Borja Valero, Marti, Suarez, Ivan Ramis e onde o português Nunes também tem tido papel de destaque como esteio da defesa maiorquina.

Saturday, April 03, 2010

Manchester United 1 - 2 Chelsea: As Chaves da Partida

Naquele que muitos consideraram o jogo do título da Premier League, o Chelsea impôs-se ao United em Old Trafford, naquela que foi uma exibição defensiva quase perfeita dos comandados por Carlo Ancelotti.

Essa mesma disposição defensiva do Chelsea foi sem dúvida um dos factores decisivos da partida, pois se Terry e Alex secaram por completo Berbatov, já Paulo Ferreira limpou (quase) todas as investidas de Evra e Giggs e mais tarde, de Nani, ao passo que Zhirkov mostrou uma disponibilidade física fora do vulgar, obrigando Park e Valencia a procurarem espaços mais centrais para atacar.

Por outro lado, as fracas exibições de Giggs, Scholes e Berbatov foram contributo decisivo na fraca performance ofensiva do United, ainda que Deco, Mikel e Lampard tenham cumprido a missão defensiva de forma brilhante, numa lição de como defender perfeitamente à zona.

As substituições tiveram um papel fulcral. Nani e Macheda foram alterações que resultaram muito bem, estando estes no golo do United que conseguiu pelo menos aquecer a manobra ofensiva da equipa da casa. A substituição de Drogba pelo lugar de Anelka foi contudo decisiva, devido à obtenção do golo por parte do costamarfinense (em fora-de-jogo).

No fundo, Ancelotti ganhou esta batalha a Ferguson, demonstrando uma vez mais que o italiano é excelente na preparação dos grandes jogos, embora peque imenso na abordagem perante jogos teoricamente mais fáceis. Já Ferguson não viu a aposta na veterania mal sucedida, que ainda ficou mais vincada após a nova alma trazida por Nani e Macheda.

Thursday, April 01, 2010

Benfica 2 - 1 Liverpool

(foto: Antonio Cotrim/Lusa)

Jogo emocionante desde o primeiro até ao último minuto, corroborando as palavras de Jesus de que esta eliminatória seria uma final antecipada. O Liverpool começou melhor o jogo, aproveitando alguma desconcentração encarnada para inaugurar o marcador e resfriar o ânimo dos adeptos encarnados que encheram a Luz. O golo foi do central Agger, num belo remate de calcanhar após canto curto da esquerda. Muito mal a defesa do Benfica nesse lance, no que se espera, seja um abrir de olhos para o jogo de Anfield Road.

O Benfica no entanto, reagiu da melhor forma, com Cardozo (em noite de altos e baixos) a falhar o golo de baliza escancarada após falha da defesa do Liverpool. A primeira parte prosseguiu com a equipa da casa apostando numa atitude ofensiva face a um Liverpool que após o golo fechou-se na defesa tentando sempre que podia o contra-ataque através das movimentações de Babel, Kuyt e Torres. Aos 30 minutos, o Liverpool ficou reduzido a 10 unidades, numa infantilidade de Babel que reagiu às provocações verbais de Luisão da pior maneira. A partir daí e até ao fim da primeira parte, deixou então de existir contra-ataque do Liverpool, que bombeava agora bolas para Torres e Kuyt. Foi numa dessas bolas que o Liverpool chegou ao segundo golo pelo holandês, no entanto anulado por fora-de-jogo. Final então da primeira parte, esperando-se para a segunda um Benfica mais dinâmico e atrevido.

Assim começou a segunda parte e desde cedo o Benfica encostou o Liverpool à sua área, com cruzamentos dos flancos para Cardozo que falhava boas situações de forma consecutiva. Aos 59 minutos, penalti claro para o Benfica (entre outro anterior que o árbitro optou por não assinalar) após falta descarada de Insua. Cardozo estabeleceu então o empate, no entanto ficou por expulsar o jogador argentino do Liverpool. Restabelecida a igualdade, o Benfica não tirou o pé do acelerador e Jorge Jesus pôs em campo Nuno Gomes ao lado de Cardozo de forma a chegar à vitória. Numa das muitas incursões de Di Maria pelo ataque aconteceu um novo penalti para o Benfica, após mão de Agger a cruzamento de Di Maria. Chamado à conversão, Cardozo voltou a não falhar e estabeleceu o resultado em 2-1, com o qual se chegou ao fim da partida.

Resultado justo para a única equipa que assumiu as despesas atacantes do jogo, assim como a a única equipa que quis dar espectáculo. Poderá não ser o melhor resultado para a segunda mão, mas é uma vantagem que o Benfica não deve desperdiçar em Inglaterra. Não contará com Luisão para esse jogo e estará perante um ambiente infernal, ainda assim este Benfica tem todas as condições para seguir em frente na prova.

Melhor em campo: Aimar - Levou a equipa sempre para a frente e criou diversos espaços para o avanço dos colegas pelos flancos. Uma exibição esforçada e talentosa.
Árbitro: Perdoou a expulsão a Insua e exagerou no vermelho a Babel. Não viu um outro penalti por mão de Agger e tinha um critério estranho. Nota negativa.