Luís Filipe Vieira, Presidente do Sport Lisboa e Benfica, tem virtudes e defeitos, como qualquer ser humano.
Ao serviço do clube teve papel importante na gestão financeira, dos recursos humanos e desportivos, ainda que esta mesma situação financeira esteja, de algum modo, dependente dos resultados desportivos da equipa de futebol, nomeadamente a presença na Champions League, já para não falar nos dividendos que o clube poderia retirar do facto de ser campeão nacional, quer em termos de bilheteira quer em termos de marketing.
Ao serviço do clube teve papel importante na gestão financeira, dos recursos humanos e desportivos, ainda que esta mesma situação financeira esteja, de algum modo, dependente dos resultados desportivos da equipa de futebol, nomeadamente a presença na Champions League, já para não falar nos dividendos que o clube poderia retirar do facto de ser campeão nacional, quer em termos de bilheteira quer em termos de marketing.Quanto a mim, Vieira tem um problema que os adeptos até gostavam, no início do seu mandato, que era falar de forma frontal e quase sempre em resposta aos seus adversários directos (Soares Franco e Pinto da Costa). Agora já começa a ser entediante ouvir o presidente do Benfica. Declarações como "o Benfica vai ser, de certeza, campeão nacional" ou "vamos dar a volta por cima nesta fase mais negativa" são proferidas todos os dias e já nem os adeptos têm paciência para as ouvir.
A última vez que Vieira "meteu o pé na poça" foi com a situação de Rui Costa. Antes sequer de o maestro confirmar que seria a sua última época como jogador profissional de futebol, já Vieira apregoava que o lugar de director desportivo (vago desde a saída de José Veiga) era dele e que o queria para orientar o departamento de futebol do clube. Rui Costa, claro, sentiu-se lisonjeado com a proposta e deixou a porta aberta a tal convite. Mas a situação criada pareceu-me que gerou algum mal-estar no balneário e até junto do próprio Camacho. Não concordo que tal situação tenha levado à sua saída do comando técnico do Benfica mas foi, sem dúvida, questionada a sua força junto dos jogadores.
Aliado a estes factos, a imprensa, sempre sedenta das declarações bombásticas de Vieira, virou-se depois para Rui Costa à procura de explicações sobre o mau momento da equipa, a saída de Camacho, antecipando a sua situação de futuro director desportivo. As perguntas eram provocatórias e Rui Costa, que sempre destilou classe dentro e fora de campo, não se esquivou a elas, respondendo à letra por ver o seu bom nome posto em causa.
Mas foi a atitude de Vieira, que não sabe quando é que deve falar ou quando é que deve estar calado, que despoletou toda esta situação. E isto há muito que se vem a verificar: são demais as vezes em que LFV fala quando devia era resolver as coisas internamente e não na praça pública, através de discursos para "inglês ver".
Já chega Sr. Vieira. Aprenda, de vez, a controlar os seus ímpetos de avidez de ribalta e mantenha um "low-profile" que só lhe ficaria bem. Afinal de contas o senhor não é um político.
![[2010_south_africa_official_logo_World_Cup.jpg]](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjk_CL28MtGYCHu0ytxa_IpSY1W1ui1vHyx36TPJGne5D2eYj4Rsa2eqOsDKqwWoKC9OXHbbM704UeqO48uH8-HfHgWQkHlPDlh3NOb9btH52m9kp785w4ox64zgy7vNHR7VYPZ/s1600/2010_south_africa_official_logo_World_Cup.jpg)
1 comment:
LFV não é político, mas como presidente do grupo que mais simpatizantes tem é normal que actue muitas vezes como tal.
A mim parece-me, tal como dizes, que LFV abre demasiado a goela para dizer quase sempre o mesmo. Ta-se a tornar num novo Dias da Cunha, que tanto apregoava ao sistema, mas quando instado a falar, fechava-se em copas. Tal como o ex-presidente sportinguista, também LFV anda numa cruzada contra a corrupção e viu no apito dourado o escape para as suas teorias do caos. Tal como disse pra Dias da Cunha na altura, também agora digo:
Se sabe algo que os outros nao sabem, prove-o!
Por fim, desilude-me que tal como os políticos, LFV tape o sol com uma peneira quando a equipa joga mal ou é eliminada. É nesses momentos que LFV volta à carga nos assuntos judiciais em vez de procurar dar tranquilidade à equipa. Tão simples como o exemplo portista.
Post a Comment