Bela Szandelszky/AP
Sinceramente, será que vale a pena Portugal ir até à África do Sul? Será que para um país que vive em crise económica é conveniente gastar dinheiro em viagens, hospedagem, staff e prémios de jogo face aos péssimos jogos que temos vindo a fazer? Vale a pena matar-nos a fazer contas para uma vez no Mundial nem a fase de grupos passar?
É essa a visão que tenho desta selecção. Sem chama, sem fulgor, presa em amarras tácticas desnecessárias e carente dos jogadores certos nas posições certas, Portugal é hoje uma equipa que não oferece confiança aos seus seguidores, além de lhes oferecer espectáculos lastimáveis.
Ontem foi uma vez mais confrangedor ver uma equipa com tanto talento passar tão mal frente a uma Hungria onde apenas se salva o médio Dzsudzsák. É certo que jogavam fora de casa, assim como é verdade que o estilo do árbitro foi deveras desagradável (muito fraco no critério disciplinar e a pausar demasiado o jogo, sempre a favor dos húngaros), mas mesmo com todas essas condicionantes Portugal tem que fazer mais e melhor. É lamentável que fazendo o mais difícil nos 10 primeiros minutos de jogo, a equipa tenha vindo a decair de tal forma que por pouco não sofreu um golo que deitaria por terra todas as ambições que esta equipa ainda possa ter.
Resta agora esperar que a Suécia (a jogarem ao mesmo nível que Portugal, isto é, horrivelmente) perca pontos nos restantes jogos, ao mesmo tempo que Portugal ganha à Hungria novamente e a Malta. As condições seria quase óptimas, pois a Suécia jogará com uma Dinamarca que precisa de pelo menos mais um ponto para se apurar directamente, contudo e da forma como temos vindo a jogar, é de esperar que a selecção possa de facto falhar o mais fácil...
Destaques e notas individuais (1 a 5):
Eduardo: Inseguro nas saídas fora da pequena área. Não comunica bem com os defesas. Nota 2
Bosingwa: Activo na ala direita como é seu apanágio, mas com falta de apoio nas tabelas. Nota 3
Ricardo Carvalho: Longe da melhor forma, compensou com a sua experiência. Nota 3
Bruno Alves: A sua impetuosidade leva-o por vezes a cometer erros grosseiros. Nota 3
Duda: Fora da sua posição, viu-se aflito com as incursões dos húngaros pelo seu lado. Nota 2
Pepe: Razoável na marcação defensiva, salvou a noite portuguesa com o golo. Nota 4 e Melhor em campo
Tiago: Melhor que Meireles na construção, deu alguma confiança à equipa. Nota 3
Raul Meireles: Invisível, não se deu por ele nem na recuperação, nem na construção. Nota 2
Deco: Com ele a equipa atacou mais perto da grande área adversária. Cumpriu. Nota 3
Cristiano Ronaldo: Complicou em muitas situações e nunca se conseguiu soltar da marcação impiedosa. Nota 2
Liedson: Primeiro defesa da equipa, nas poucas oportunidades que teve complicou. Nota 3
Rolando, 88: Pouco tempo em campo, ainda assim ajudou num par de acções defensivas. Nota 1
Simão, 48: Rendeu Deco mas passou muito discreto pelo jogo. Nota 2
Nani, 82: Deu vivacidade ao ataque português. Deu a ideia de estar em noite sim. Nota 3
Carlos Queiróz: Demasiado paciente, deveria ter feito entrar Nani mais cedo e não devia ter desgastado tanto os jogadores do ataque, que passaram o jogo inteiro num vai-vem constante de recuperação e de criação desapoiada. Ainda assim, vale a vitória. Nota 3
Ontem foi uma vez mais confrangedor ver uma equipa com tanto talento passar tão mal frente a uma Hungria onde apenas se salva o médio Dzsudzsák. É certo que jogavam fora de casa, assim como é verdade que o estilo do árbitro foi deveras desagradável (muito fraco no critério disciplinar e a pausar demasiado o jogo, sempre a favor dos húngaros), mas mesmo com todas essas condicionantes Portugal tem que fazer mais e melhor. É lamentável que fazendo o mais difícil nos 10 primeiros minutos de jogo, a equipa tenha vindo a decair de tal forma que por pouco não sofreu um golo que deitaria por terra todas as ambições que esta equipa ainda possa ter.
Resta agora esperar que a Suécia (a jogarem ao mesmo nível que Portugal, isto é, horrivelmente) perca pontos nos restantes jogos, ao mesmo tempo que Portugal ganha à Hungria novamente e a Malta. As condições seria quase óptimas, pois a Suécia jogará com uma Dinamarca que precisa de pelo menos mais um ponto para se apurar directamente, contudo e da forma como temos vindo a jogar, é de esperar que a selecção possa de facto falhar o mais fácil...
Destaques e notas individuais (1 a 5):
Eduardo: Inseguro nas saídas fora da pequena área. Não comunica bem com os defesas. Nota 2
Bosingwa: Activo na ala direita como é seu apanágio, mas com falta de apoio nas tabelas. Nota 3
Ricardo Carvalho: Longe da melhor forma, compensou com a sua experiência. Nota 3
Bruno Alves: A sua impetuosidade leva-o por vezes a cometer erros grosseiros. Nota 3
Duda: Fora da sua posição, viu-se aflito com as incursões dos húngaros pelo seu lado. Nota 2
Pepe: Razoável na marcação defensiva, salvou a noite portuguesa com o golo. Nota 4 e Melhor em campo
Tiago: Melhor que Meireles na construção, deu alguma confiança à equipa. Nota 3
Raul Meireles: Invisível, não se deu por ele nem na recuperação, nem na construção. Nota 2
Deco: Com ele a equipa atacou mais perto da grande área adversária. Cumpriu. Nota 3
Cristiano Ronaldo: Complicou em muitas situações e nunca se conseguiu soltar da marcação impiedosa. Nota 2
Liedson: Primeiro defesa da equipa, nas poucas oportunidades que teve complicou. Nota 3
Rolando, 88: Pouco tempo em campo, ainda assim ajudou num par de acções defensivas. Nota 1
Simão, 48: Rendeu Deco mas passou muito discreto pelo jogo. Nota 2
Nani, 82: Deu vivacidade ao ataque português. Deu a ideia de estar em noite sim. Nota 3
Carlos Queiróz: Demasiado paciente, deveria ter feito entrar Nani mais cedo e não devia ter desgastado tanto os jogadores do ataque, que passaram o jogo inteiro num vai-vem constante de recuperação e de criação desapoiada. Ainda assim, vale a vitória. Nota 3
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