Thursday, October 08, 2009

Premierleague: Estrangeirismos

Além do grande número de estrangeiros que compõem os plantéis dos 20 clubes participantes na Liga Inglesa, também no que diz respeito aos donos dos clubes, o cenário é cada vez menos inglês, dando lugar aos milionários do petróleo e do gás natural. Na maior parte dos casos (que seja meu conhecimento) a figura máxima do clube chegou ao posto como máximo accionista e injectou milhões para o reforço da equipa. Ainda assim, existem alguma diferenças como por exemplo, entre Roman Abrahamovic (Chelsea) e a parceria George Gillett/Tom Hicks (Liverpool), pois se o russo tem dado tudo o que os treinadores lhe pedem, já os norte-americanos têm sido muito comedidos com os gastos no reforço da equipa. Fica então o registo das equipas com donos não-ingleses e as restantes, cada uma com a sua análise de gestão.


Equipas inglesas geridas por donos não-ingleses:

Chelsea
- Roman Abramovich (Rússia)
Tem posto muito dinheiro em reforços para os vários treinadores que passaram no Chelsea, mas apenas Mourinho (e Avram Grant) foram até agora capazes de rentabilizar o investimento.

Man United – Malcolm Glazer (EUA)
Sempre no Top 3 dos clubes mais ricos do mundo, a entrada de Glazer em nada afectou os resultados financeiros do clube. Apesar disto nota-se mais contenção financeira em transferências.

Liverpool – George Gillett and Tom Hicks (EUA)
Os donos norte-americanos têm disponibilizado dinheiro para reforços mas nunca em demasia, apelando sempre à inteligência de Benitez no mercado. Nos últimos anos o resultado têm sido mau.

Aston Villa – Randy Lerner (EUA)
O clube tem-se ajustado bem à realidade financeira actual e têm-se reforçado bem internamente, apostando em jogadores ingleses e garantindo algumas boas classificações.

Sunderland – Ellis Short (EUA)
Contido até ao último ano, nesta época o clube investiu cerca de 50 milhões de euros em reforços, vendendo por pouco os jogadores que saíram.

West Ham – CB Holding (Islândia)
A crise que se faz sentir na Islândia tem algo a ver com a crise da equipa? A julgar pela falência técnica da ilha e da classificação do West Ham eu diria que sim.

Man City - Mansour bin Zayed Al Nahyan (EAU)
O grande desplante é aqui. Cerca de 150 milhões de euros em reforços, numa clara aposta do novo dono na equipa. Até agora o investimento não defraudou.

Birmingham – Carson Yeung (Hong Kong)
Recém-ascendido gastou pouco mais de 20 milhões em reforços. Possivelmente é um caso de tentativa a ver no que dá este investimento, se resultar mal faz-se menos, se resultar bem faz-se mais.

Fulham – Mohamed Al-Fayed (Egipto)
O bom resultado na época passada poderia fazer crer quer haveria mais investimento mas tal não aconteceu. Nota-se que a época anterior foi excepção e que o clube não cai em delírios.

Portsmouth – Ali al-Faraj (Arábia Saudita)
O grande fiasco. Começou tudo em 2006 quando o russo Gaydamak vendeu um clube cheio de dívidas ao saudita Al-Fahim que nunca conseguiu ser realmente o dono por razões burocráticas e financeiras. O novo dono arca assim com uma pesada pasta.


Equipas inglesas (ainda) geridas por donos ingleses:

Arsenal – Arsenal Holdings plc.
Tottenham - ENIC International Ltd.
Stoke City – Peter Coates
Wigan – Dave Whelan
Bolton – Eddie Davies
Blackburn – The Trustees of the Jack Walker 1987 Settlement
Wolves – Steve Morgan
Hull City – Russell Bartlett
Burnley – Barry Kilby
Everton – Bill Kenwright

No comments: