Dando continuação ao que o Rui observou sobre a aliança luso-inglesa, há que referir que neste momento, existem mais pontos a favor do que contra. Pode-se dizer que a retaliação do mapa cor-de-rosa demorou, mas aconteceu. Ainda por cima onde dói mais aos ingleses: na sua cultura.
O futebol significa mais para os ingleses do que para os portugueses. Claro está que não posso medir pela paixão, mas como inventores modernos do futebol e possuidores do melhor campeonato do mundo (são as votações que o dizem), os ingleses fazem questão de se gabar desse estatuto histórico-cultural. Aliás, o treinador campeão do mundo por Inglaterra em 1966 - Alf Ramsey - representa toda a arrogância do adepto inglês quando instado a falar ou agir sobre outros campeonatos. O episódio em que não deixou os jogadores argentinos trocarem de camisola com os ingleses nesse Mundial, ainda hoje perdura na memória colectiva como um dos maiores actos de soberba futebolística. Isso é passado, pensarão a maior parte das pessoas. Quanto aos ingleses, isso ainda está bem presente.
Cristiano Ronaldo é neste momento, a par de Messi, o melhor jovem da actualidade. Para os ingleses, é um mergulhador. Para os ingleses John Terry é um grande central e Ricardo Carvalho é um mero complemento. Para os ingleses Boa Morte foi formado no Arsenal e não em Portugal. Estes são apenas alguns exemplos de como são vistos os portugueses em Inglaterra.
Contudo, quando falam de Mourinho, os ingleses preferem falar de sorte ou de dinheiro como essenciais para o seu sucesso. Para mim, não passa de uma outra forma de evitar o reconhecimento pelo trabalho efectuado pelo manager de Setúbal, isto é, Mourinho representa toda a inveja de um povo que já não acredita nos seus treinadores e aos poucos, vai perdendo a crença na sua selecção. Sim, é cruel. Mas também é verdade, senão as 4 principais equipas de Inglaterra seriam treinadas por ingleses e não por um português, um francês, um espanhol e um escocês. Pior ainda, se não fosse Mourinho, jogadores como Terry, Joe Cole ou Lampard nunca atingiriam o estrelato. Mourinho é neste momento o melhor amigo da selecção inglesa, tal como se pode dizer que Ferguson foi o melhor amigo da portuguesa quando levou para Manchester um puto com potencial mas ainda muito verde.
Resumidamente, o panorama no futebol inglês é hoje suportado por não-ingleses. Desde os melhores treinadores, aos donos dos clubes, aos melhores jogadores e à fase Eriksson, de inglês, a Premierleague tinha só mesmo o adepto. É ele ainda a maior força do futebol inglês, mas mesmo esta força está em risco. Recentemente, Ferguson avisou que existiam jogos em Old Trafford em iam mais turistas que adeptos do clube.
Embora os plantéis em Portugal possuam à volta de um terço de brasileiros, não acredito que estejamos tão seriamente em risco como os Ingleses. E isso, por si só, já é uma vitória nossa.
O futebol significa mais para os ingleses do que para os portugueses. Claro está que não posso medir pela paixão, mas como inventores modernos do futebol e possuidores do melhor campeonato do mundo (são as votações que o dizem), os ingleses fazem questão de se gabar desse estatuto histórico-cultural. Aliás, o treinador campeão do mundo por Inglaterra em 1966 - Alf Ramsey - representa toda a arrogância do adepto inglês quando instado a falar ou agir sobre outros campeonatos. O episódio em que não deixou os jogadores argentinos trocarem de camisola com os ingleses nesse Mundial, ainda hoje perdura na memória colectiva como um dos maiores actos de soberba futebolística. Isso é passado, pensarão a maior parte das pessoas. Quanto aos ingleses, isso ainda está bem presente.
Cristiano Ronaldo é neste momento, a par de Messi, o melhor jovem da actualidade. Para os ingleses, é um mergulhador. Para os ingleses John Terry é um grande central e Ricardo Carvalho é um mero complemento. Para os ingleses Boa Morte foi formado no Arsenal e não em Portugal. Estes são apenas alguns exemplos de como são vistos os portugueses em Inglaterra.
Contudo, quando falam de Mourinho, os ingleses preferem falar de sorte ou de dinheiro como essenciais para o seu sucesso. Para mim, não passa de uma outra forma de evitar o reconhecimento pelo trabalho efectuado pelo manager de Setúbal, isto é, Mourinho representa toda a inveja de um povo que já não acredita nos seus treinadores e aos poucos, vai perdendo a crença na sua selecção. Sim, é cruel. Mas também é verdade, senão as 4 principais equipas de Inglaterra seriam treinadas por ingleses e não por um português, um francês, um espanhol e um escocês. Pior ainda, se não fosse Mourinho, jogadores como Terry, Joe Cole ou Lampard nunca atingiriam o estrelato. Mourinho é neste momento o melhor amigo da selecção inglesa, tal como se pode dizer que Ferguson foi o melhor amigo da portuguesa quando levou para Manchester um puto com potencial mas ainda muito verde.
Resumidamente, o panorama no futebol inglês é hoje suportado por não-ingleses. Desde os melhores treinadores, aos donos dos clubes, aos melhores jogadores e à fase Eriksson, de inglês, a Premierleague tinha só mesmo o adepto. É ele ainda a maior força do futebol inglês, mas mesmo esta força está em risco. Recentemente, Ferguson avisou que existiam jogos em Old Trafford em iam mais turistas que adeptos do clube.
Embora os plantéis em Portugal possuam à volta de um terço de brasileiros, não acredito que estejamos tão seriamente em risco como os Ingleses. E isso, por si só, já é uma vitória nossa.
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