Uma das mais venenosas equipas do calcio é a Udinese de Pasquale Marino, 5ª classificada da Serie A (logo atrás da fabulosa Fiorentina de Prandelli). Uma típica equipa italiana em todos os aspectos do conceito: defesa sólida, meio-campo compacto, ataque eficaz. Tem o ataque menos concertizador dos nove primeiros classificados (23 golos marcados) e a sétima melhor defesa do campeonato (22 golos sofridos). Os seus jogos, claro, não são espectaculares. Mas tenho ficado impressionado com a capacidade que a equipa tem em contra-ataque: bola pelos flancos, com extremos dinâmicos e velozes, apoio dos médios, sempre encostando na linha avançada, liberdade para os criativos e o ponta-de-lança.
Marino lança a squadra num compacto 4-3-3, com um meio-campo mais trabalhador do que criativo e três homens para pensar os contra-ataques. Na baliza o jovem Handanovic; a defesa é composta por Zapata na direita, Lukovic e Filipe no centro e por Dossena na esquerda. Neste esquema Dossena solta-se em missões ofensivas com Zapata, central de origem, mais fixo na retaguarda; no meio-campo Inler, Obodo e Pinzi lutam até à exaustão pela posse da bola, entrando D'Agostino ou Eremenko para dar mais criatividade e pendor ofensivo. Nas alas Simone Pepe, na direita, é um extremo típico, daqueles que leva a bola pela linha lateral até à linha de fundo; na esquerda, Di Michele, tem mais tendência para flectir no terreno, aparecendo em zonas de finalização junto ao móvel ponta-de-lança Quagliarella ou a um avançado mais possante como Asamoah Gyan.
Um belo exemplar das características que marcam as equipas transalpinas desde meados do século passado.
Estejam atentos!
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