Monday, January 07, 2008

Cracks que fazem crack

Num tempo em que os jogadores de futebol são sujeitos a uma carga avassaladora de confrontos físicos, é curioso perceber porque há jogadores mais assolados por lesões do que outros. Em teoria muito subjectiva, podemos dizer que é devido ao facto de serem "meninos", isto é, de não terem a robustez necessária para lidar com a força usada pelos jogadores mais fortes. Numa outra teoria mais aleatória, há quem diga que se trata apenas de sorte ou azar. Aproveitando um pouco de cada um, a teoria mais unânime é que, para se ter uma carreira longa enquanto jogador de futebol é necessário:
  • possuir robustez física e/ou ser suficientemente hábil para ser fugir das faltas dos adversários e para evitar quedas duras
  • manter um ritmo constante nos treinos e nos jogos, sem forçar ou relaxar demasiado
  • uma boa pré-época, se possível num ritmo mais intenso
  • jogar numa posição em campo menos propícia a lesões (guarda-redes e centrais têm tendência a fazer mais jogos durante a época)
  • Recuperar totalmente de lesões anteriores, isto é, jogar a 100%
Ainda assim, há jogadores que seguindo todo este regime, acabam por falhar num último ponto: o da sorte. Podem fazer correctamente tudo aquilo que disse e, ainda assim, com uma escorregadela, uma queda ou um pé mal metido, acabar por deitar meses de competição pela janela. Para além disso, existem ainda jogadores com casos crónicos de lesões. Não falo de impedimentos físicos, mas exactamente em jogadores que se lesionam, voltam ao campo e lesionam-se de novo num sítio diferente. Por exemplo, na Liga Portuguesa o sportinguista Derlei é um caso recorrente. Com 3 lesões graves ao longo da carreira, lesionou-se num dos primeiros jogos do campeonato e perdeu automaticamente a primeiro volta do campeonato. Mantorras, Vitor Baía ou João Tomás são outros nomes a recordar. Na Liga Espanhola, existem vários "jogadores de cristal", como assim os chamam: Robben, Pepe, Messi, Vicente ou Motta têm sido mais notícia pelas suas constantes lesões do que propriamente pelo futebol jogado. Na Inglaterra lembro-me de Saha ou de Rosicky e na Itália mora o mais azarado deles todos: Ronaldo. O Fenómeno é um jogador cujo azar não tem dado descanso. São hoje incontáveis o número de lesões que teve no joelho e o brasileiro, de grande perseverança, consegue voltar sempre a uma forma que inveja muitos avançados de ponta. Ao mesmo tempo que é visto como um exemplo de lesionado constante, também é importante que se retenha o espírito com que o brasileiro enfrenta as lesões. Uma lição.

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