Continuo sem perceber o fascínio que a maioria dos comentadores tem pelo Ranking de acesso às competições da UEFA. Percebo que seja bom ter mais um Ranking no qual se possa atirar à cara dos respectivos inimigos o bom que o seu clube é para Portugal, pois adquire mais pontos que nenhum outro, mas por outro lado não entendo a preocupação/gozo que se tem com as quedas/subidas nos pontos contabilizados a cada época por cada clube, visto que é acima de tudo, uma mera folha de contabilidade do país com o único propósito de decidir lugares europeus que não variam assim tanto de ano para ano quanto isso.
Para justificar isso, passo a um pequeno exemplo: no ano em que Portugal pôs mais equipas nas competições europeias (7 em 2007/8), os pontos alcançados foram 55.5 , que segundo o método de cálculo têm que ser divididos pelo número total de equipas do país em prova, ou seja, dá 7.9 de média. Numa comparação crua com a Alemanha no mesmo ano (também estes com 7 equipas apuradas), os germânicos alcançaram 94.5 pontos fazendo uma média de 13.5 pontos por equipa.
Acima de tudo importa a qualidade das equipas que disputam as provas. Se forem muitas e pelo menos metade caírem logo à primeira, de pouco serve que uma ou duas atingem semi-finais ou até finais, porque os pontos são para ser repartidos entre todos.
Fala-se actualmente que a Ucrânia, Rússia e mesmo Turquia têm subido muito no ranking e ameaçam seriamente o lugar de Portugal. Nada que deva ser levado muito a sério, pois tirando talvez o caso da Rússia, esses são países onde os clubes de 2ª linha apurados não vão muito longe nas provas, tal e qual o caso português.
Assim, não é para entrar em pânico quando vemos equipas desses países ainda em prova, pois em todas elas os pontos vão ser divididos apenas por 4 (número de equipas apuradas em cada) o que garante logo à partida uma boa soma de pontos para este ano. O normal é que para o ano esses países sigam na mesma linha, embora depois já tenham que pôr mais equipas e dividir os pontos somados por mais, criando logo aí mais dificuldade na obtenção de um bom coeficiente, ao passo que Portugal perderá equipas, mas o caso também não se afigura de tão grave como querem fazer parecer, pois as equipas apuradas serão aquelas que invariavelmente fazem mais pontos (os 3 grandes) que depois serão divididos por menos equipas garantindo melhor coeficiente e subida de novo no ranking.
Em vez de se comentar o imediato, devia-se sim comentar o porquê deste sobe e desce dos países da média linha europeia (POR, HOL, TUR, RUS, DIN, UCR ou GRE), enquanto os 5 grandes (ING, ITA, ALE, FRA e ESP) cimentam a cada ano que passa a sua posição no topo, pois os seus clubes são os mais fortes, havendo cada vez menos espaço para um novo equílibrio que tanto Platini falou. Tal como qualquer político, vê-se cada vez mais que as suas palavras não passavam de vãs promessas, pois neste momento, quem manda são esses 5 países onde curiosamente, há mais dinheiro e onde também estranhamente há cada vez mais dívidas e escandâlos. Entretanto da UEFA vem apenas um cúmplice silêncio.
Para justificar isso, passo a um pequeno exemplo: no ano em que Portugal pôs mais equipas nas competições europeias (7 em 2007/8), os pontos alcançados foram 55.5 , que segundo o método de cálculo têm que ser divididos pelo número total de equipas do país em prova, ou seja, dá 7.9 de média. Numa comparação crua com a Alemanha no mesmo ano (também estes com 7 equipas apuradas), os germânicos alcançaram 94.5 pontos fazendo uma média de 13.5 pontos por equipa.
Acima de tudo importa a qualidade das equipas que disputam as provas. Se forem muitas e pelo menos metade caírem logo à primeira, de pouco serve que uma ou duas atingem semi-finais ou até finais, porque os pontos são para ser repartidos entre todos.
Fala-se actualmente que a Ucrânia, Rússia e mesmo Turquia têm subido muito no ranking e ameaçam seriamente o lugar de Portugal. Nada que deva ser levado muito a sério, pois tirando talvez o caso da Rússia, esses são países onde os clubes de 2ª linha apurados não vão muito longe nas provas, tal e qual o caso português.
Assim, não é para entrar em pânico quando vemos equipas desses países ainda em prova, pois em todas elas os pontos vão ser divididos apenas por 4 (número de equipas apuradas em cada) o que garante logo à partida uma boa soma de pontos para este ano. O normal é que para o ano esses países sigam na mesma linha, embora depois já tenham que pôr mais equipas e dividir os pontos somados por mais, criando logo aí mais dificuldade na obtenção de um bom coeficiente, ao passo que Portugal perderá equipas, mas o caso também não se afigura de tão grave como querem fazer parecer, pois as equipas apuradas serão aquelas que invariavelmente fazem mais pontos (os 3 grandes) que depois serão divididos por menos equipas garantindo melhor coeficiente e subida de novo no ranking.
Em vez de se comentar o imediato, devia-se sim comentar o porquê deste sobe e desce dos países da média linha europeia (POR, HOL, TUR, RUS, DIN, UCR ou GRE), enquanto os 5 grandes (ING, ITA, ALE, FRA e ESP) cimentam a cada ano que passa a sua posição no topo, pois os seus clubes são os mais fortes, havendo cada vez menos espaço para um novo equílibrio que tanto Platini falou. Tal como qualquer político, vê-se cada vez mais que as suas palavras não passavam de vãs promessas, pois neste momento, quem manda são esses 5 países onde curiosamente, há mais dinheiro e onde também estranhamente há cada vez mais dívidas e escandâlos. Entretanto da UEFA vem apenas um cúmplice silêncio.
1 comment:
El deporte cada vez es más negocio. Saludos
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