Monday, March 23, 2009

Derbies - os jogos

No rescaldo dos jogos para o campeonato e para a Taça da Liga, venho expôr algumas linhas sobre os embates entre os dois rivais da 2ª circular, Benfica e Sporting.

Na partida de Alvalade, para a Liga Sagres, o Sporting venceu com inteira justiça por 3-2. Após uma melhor 1ª parte da turma da Luz, em que criou boas oportunidades de golo e chegou ao empate através de penalty indiscutível de Polga sobre Suazo, o Sporting surgiu muito melhor no 2º tempo, carregou sobre um Benfica apático e sucederam-se as situações de golo junto da baliza de Moreira, sendo que o resultado final de 3-2 foi inteiramente merecido.

A partida da Taça da Liga ficou indiscutivelmente marcada pela decisão (errada) de Lucílio Baptista. Sem dúvida que teve influência no resultado e na parte anímica dos jogadores do Sporting, mas, por outro lado, foram Postiga, Derlei e Rochemback que falharam da linha dos 11 metros e não Lucílio Baptista. Além disso, o juiz setubalense deixou muito a desejar no capítulo disciplinar, sobretudo em prejuízo do Benfica: Rochemback e Derlei deveriam ter sido expulsos; David Luiz deveria ter visto o cartão amarelo.
Rochemback foi o exemplo maior da passividade do juiz de Setúbal: 3 tackles sem bola a Reyes e após o último ainda fez 3 faltas em 2 minutos. Tudo somado: cartão amarelo por entradas perigosas sem bola e outro por acção faltosa continuada. Consequências reais: zero. Derlei foi outro jogador a quem foi permitido tudo: simular faltas atrás de faltas, anti-jogo, simulação de agressão e não contente com tudo isto ainda teve tempo para, no mesmo lance, atingir David Luiz com o cotovelo no salto e na queda entrar de tesoura nas suas pernas. Cartão amarelo por simulação de agressão e cartão amarelo por agressão. Consequências reais: zero.
A juntar a isto as exibições apagadas de João Moutinho, Vukcevic e Liedson, e a desinspiração na hora de marcar os penalties, ou seja, para além do lance da suposta grande penalidade de Pedro Silva, o Sporting não se pode queixar de mais ninguém a não ser dos seus atletas e da equipa técnica (sim, Paulo Bento fez entrar Romagnoli e Postiga nos descontos e para os penalties e o avançado português falhou o seu). Quanto ao resto, silêncio porque não interessa para o caso.
Apesar de tudo foi um jogo com oportunidades, vivo e com ritmo, a roçar o agressivo mas sem ultrapassar a fasquia do Porto-Sporting para o campeonato, um jogo onde as faltas e as agressões se sucederam "a céu aberto", sendo talvez o pior jogo da Liga até ao momento.

O prato forte veio, como de costume em Portugal, depois do jogo mas isso ficará para um próximo capítulo.


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