Monday, April 28, 2008

Um apontamento de coragem

Não sou fã nem apreciador do comentador da SIC, Rui Santos, nem tão pouco acompanho semanalmente os seus comentários de domingo à noite.
Mas no último dia retive um apontamento seu que, de facto, veio pôr a nu a seguinte situação: o Benfica tem de ter a coragem de prescindir de Petit, Nuno Gomes e Mantorras, simplesmente porque o seu rendimento desportivo não é equiparável ao seu estatuto e salário no clube e há que ter a coragem de fazer o melhor possível pela instituição, que não é de solidariedade social.
Se nos casos de Petit e Nuno Gomes, ambos internacionais portugueses de presença assídua na selecção, podemos pensar duas vezes até chegarmos à conclusão indubitável da sua actual capacidade futebolística de jogadores acomodados, o caso de Mantorras é ainda mais incompreensível. Feito "filho adoptivo" pelo próprio presidente do clube, Mantorras é um caso à parte no mundo do futebol. Continua a jogar 5/10 minutos por jogo, mas nunca sabemos se conseguiu debelar definitivamente a sua lesão ou não porque não joga 90 minutos. O coxear, esse, não engana. O seu empréstimo ou dispensa definitiva são a única forma de perceber realmente a sua capacidade actual. E, num pequeno aparte, continuo sem perceber o júbilo dos adeptos benfiquistas sempre que o angolano se levanta para aquecer ou para entrar na partida. Meus amigos, o homem coxeia em campo! Uma instituição como o Sport Lisboa e Benfica não se pode dar ao luxo de ter um jogador que não consegue ter o desempenho de um atleta de alta competição. O Benfica não pode ser a Santa Casa da Misericórdia só porque o seu presidente tem uma ligação muito forte com o atleta em causa.
Estes são apenas três casos mencionados por Rui Santos de jogadores com estatuto de imprescindíveis no clube (uns por uma razão o outro por uma diferente) e que estão a ocupar vagas de jogadores que poderiam ser de outro nível.
Mas também vendo a política de contratações de LFV mais vale ter três internacionais no plantel ao qual ainda dão alguma qualidade do que ir buscar jogadores estrangeiros que são um total e completo tiro no escuro.

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