Fiel aos seus princípios, a Espanha protagonizou neste jogo umas das suas mais grandiosas exibições futebolísticas, principalmente na segunda parte, onde foi manifestamente superior ao seu adversário em todas as vertentes possíveis: posse, remate, eficácia, beleza de jogo, antecipação, desmarcação, defesa... enfim, um domínio absoluto perante uma Rússia que acusou em demasia a responsabilidade de ter eliminado a favorita Holanda.
Como foi tal feito conseguido por nuestros hermanos? Resposta simples: Bloqueio de acção aos municiadores de ataque russos, de seus nomes Arshavin e Zhirkov. Foram decisivos para tal missão o hispano-brasileiro Senna, Sérgio Ramos e o apoio constante de Silva - o melhor em campo para mim - que incubidos de tal tarefa, não só a cumpriram à risca, como ainda se livraram de amarras e passaram ao ataque.
Contudo, o momento fundamental do jogo partiu da lesão de Villa. Sem desprimor pelo melhor marcador deste Europeu, Fabregas entrou muitíssimo bem e veio equilibrar o meio-campo, dando-lhe aquilo que faltou na primeira parte: aventura. Por outras palavras, Fabregas deu o toque final ao projecto de posse de bola apoiado em passe curto da selecção espanhola, dando-lhe capacidade de fantasia e de desequilíbrio. Cedo se apercebeu disso David Silva, que mais liberto, revoltou a até então sóbria defesa russa, que acabou subjugada pelas desmarcações repentinas do interior do terreno. Numa comparação com o Barcelona de há três anos, Fabregas foi para a Espanha de hoje o que Ronaldinho foi para essa grande equipa: o mágico eficaz.
Por fim, duas notas: chega ao fim a brilhante campanha da Rússia, que mesmo abalada pelo resultado avassalador, sai de cabeça erguida. É uma selecção jovem e por isso tem todas as condições para fazer mais brilharetes num futuro muito próximo, talvez já mesmo em 2010.
E, voltando à Espanha, dizer que uma equipa não deve ser montada sob nenhuma aura de fúria, tiqui-taca ou estrelas momentâneas. Uma equipa é, acima de tudo, um conjunto unido num único sentido: a vitória. Aragónes tem grande mérito nessa construção, pois muito rara é a vez onde o espectador, chegado o fim e questionado quem jogou pior do lado vencedor, ficar sem qualquer tipo de resposta. Essa é no fundo a marca das grandes equipas.
Espanha
Positivo: O equilíbrio de Iniesta e Xavi, a segurança de Casillas e Puyol, a aventura de Sergio Ramos e Fabregas, o perigo nos pés de David Silva e Guiza, e por fim, o magnífico Senna, que é, neste momento, o melhor médio defensivo do futebol mundial.
Negativo: Exceptuando a falta de pontaria de Torres e a lesão de Villa, nada a assinalar nos espanhóis.
Rússia
Positivo: Pavlyuchenko, mesmo sozinho, lutou muito e por pouco não teve prémio. Para mim, ele e Akinfeev foram os melhores dos russos ao longo do torneio.
Negativo: Tal como tinha dito, Arshavin precisa de ter todas as condições a seu favor. Não as tendo, é um jogador sem destaque. Fraca capacidade de libertação por parte do meio-campo da malha adversária.
Como foi tal feito conseguido por nuestros hermanos? Resposta simples: Bloqueio de acção aos municiadores de ataque russos, de seus nomes Arshavin e Zhirkov. Foram decisivos para tal missão o hispano-brasileiro Senna, Sérgio Ramos e o apoio constante de Silva - o melhor em campo para mim - que incubidos de tal tarefa, não só a cumpriram à risca, como ainda se livraram de amarras e passaram ao ataque.
Contudo, o momento fundamental do jogo partiu da lesão de Villa. Sem desprimor pelo melhor marcador deste Europeu, Fabregas entrou muitíssimo bem e veio equilibrar o meio-campo, dando-lhe aquilo que faltou na primeira parte: aventura. Por outras palavras, Fabregas deu o toque final ao projecto de posse de bola apoiado em passe curto da selecção espanhola, dando-lhe capacidade de fantasia e de desequilíbrio. Cedo se apercebeu disso David Silva, que mais liberto, revoltou a até então sóbria defesa russa, que acabou subjugada pelas desmarcações repentinas do interior do terreno. Numa comparação com o Barcelona de há três anos, Fabregas foi para a Espanha de hoje o que Ronaldinho foi para essa grande equipa: o mágico eficaz.
Por fim, duas notas: chega ao fim a brilhante campanha da Rússia, que mesmo abalada pelo resultado avassalador, sai de cabeça erguida. É uma selecção jovem e por isso tem todas as condições para fazer mais brilharetes num futuro muito próximo, talvez já mesmo em 2010.
E, voltando à Espanha, dizer que uma equipa não deve ser montada sob nenhuma aura de fúria, tiqui-taca ou estrelas momentâneas. Uma equipa é, acima de tudo, um conjunto unido num único sentido: a vitória. Aragónes tem grande mérito nessa construção, pois muito rara é a vez onde o espectador, chegado o fim e questionado quem jogou pior do lado vencedor, ficar sem qualquer tipo de resposta. Essa é no fundo a marca das grandes equipas.
Espanha
Positivo: O equilíbrio de Iniesta e Xavi, a segurança de Casillas e Puyol, a aventura de Sergio Ramos e Fabregas, o perigo nos pés de David Silva e Guiza, e por fim, o magnífico Senna, que é, neste momento, o melhor médio defensivo do futebol mundial.
Negativo: Exceptuando a falta de pontaria de Torres e a lesão de Villa, nada a assinalar nos espanhóis.
Rússia
Positivo: Pavlyuchenko, mesmo sozinho, lutou muito e por pouco não teve prémio. Para mim, ele e Akinfeev foram os melhores dos russos ao longo do torneio.
Negativo: Tal como tinha dito, Arshavin precisa de ter todas as condições a seu favor. Não as tendo, é um jogador sem destaque. Fraca capacidade de libertação por parte do meio-campo da malha adversária.
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