Thursday, May 17, 2007

Simplesmente.... Portugal!

Fiz questão de escrever este texto antes da decisão final da última jornada da Liga Portuguesa, que decidirá o título de 2006/07.
A decisão de nomear Olegário Benquerença para o jogo Porto - Desp. Aves é ridícula, patética e demonstradora de tudo o que vai de podre no futebol português. Tinha o Sr. Vítor Pereira, um dos últimos grandes árbitros internacionais portugueses, na mais alta consideração mas esta decisão deixou-me completamente atordoado. Não surpreendido!
Como é possível eleger para um dos jogos do título (porque irão decorrer três ao mesmo tempo) um dos piores árbitros nacionais? Um juiz cujas arbitragens são classificadas unanimente por toda a imprensa e até pelo Conselho de Arbitragem como, no mínimo, medíocres para não dizer desastrosas?
Quem não se lembra do recente Académica - Sp. Braga onde o o primo de Quim Barreiros assinou uma das piores exibições da Liga este ano, sempre em prejuízo da Briosa? Já para não falar da jocosa actuação na Luz no célebre SL Benfica - Porto em que Vítor Baía é protagonista de um dos lances mais caricatos do futebol português, parodiado pelos Gato Fedorento?
Enfim... reforço a ideia de que quis escrever estas linhas antes de tudo acontecer. Isto é, aconteça o que acontecer não deixarei de ter esta opinião acerca das nomeações para jogos decisivos dos Três Grandes.
O Sporting lutou bravamente contra as nomeações dos árbitros em Portugal em favor de um sorteio que, além de aleatório teria o efeito de fortalecer os árbitros mais jovens ou aqueles que não estão habituados aos grandes palcos ou a apitar os clubes grandes.
O Porto e, sobretudo, a sua Direcção cala-se o mais que pode e só Jesualdo Ferreira vem a público falar sobre o tema, apenas para dizer que o juiz não deixou o Porto ganhar por mais do que uma bola de diferença. Sr. Jesualdo quando o Quaresma não resolve o Porto não ganha. É como com Liedson e Simão.
Por último o Sport Lisboa e Benfica, o "último grande herói" combatente contra os meandros do futebol português e o Apito Dourado, lutou para que os árbitros fossem nomeados, sim. Mas depois não se pode vir queixar de um sistema que ajudou a implementar e cujas raízes adubou.
A verdade é que não deixa de ter razão sobre os bastidores do futebol nacional.
Um exemplo prático: José Veiga foi surpreendido por um arresto de bens na sua residência e apanhado pelas câmaras de televisão ainda nem ele sabia que ia ser vítima de tal acção por parte da autoridade. Um senhor, presidente de um clube há 25 anos, encontrava-se oportunamente fora do País quando a PJ decide ir vistoriar a sua casa seguindo uma pista do processo Apito Dourado. Bateu com o nariz na porta, como é óbvio e as pistas esfriaram, como se diz.
Ainda verão esse mesmo indivíduo casar com uma senhora brasileira só para usufruir de um estatuto que lhe permitirá enfrentar a Justiça portuguesa sem qualquer consequência. Nem me espantaria que fosse Fátima Felgueiras.
E repito: seja qual for o resultado da decisão de dia 19 de Maio, nada me fará mudar de opinião.

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