Deixemo-nos de histórias: este FC Porto não é deste campeonato. É claro que tem momentos de fraqueza, como todas as grandes equipas têm, mas a forma como se abnegam do nervosismo, mesmo perante resultados adversos é formidável. Têm excelentes executantes, plena adaptação aos métodos de jogo do treinador e estrelas que não se julgam melhores que os demais. Pensei que depois de Mourinho não apareceria ninguém capaz de levar mais além a forma de pôr uma equipa a jogar, mas, apesar de não estar enganado, já vou tendo as minhas dúvidas.
Deixo então em 5 aspectos, o que mudou com Villas-Boas no FC Porto:
Mentalidade em campo
Parece que Villas Boas soube tirar o máximo rendimento do episódio do túnel do ano passado: em vez de transformar revolta em agressividade, tornou o sentimento resultante desse episódio numa lição de calma e de necessidade de cabeça fria em situações limites. O golo do Villarreal ao fim da 1ª parte no Dragão desmoralizaria 99% das equipas, não obstante, Villas-Boas tornou essa desvantagem numa lição de mudança de mentalidade e postura em campo que deverá figurar num próximo manual de treinador transformado em bestseller. Como o fez, não se sabe nem deverá ser revelado, o que se sabe é que também contra o Benfica na 2ª mão da taça, assistimos ao mesmo.
Bom futebol
Seja-se adepto ou não, é impossível dizer que o FC Porto joga mal. Tem os seus momentos de penumbra, como todas as equipas, no entanto é na maior parte do tempo de jogo útil uma equipa de processos simples, táctica bem assimilada e que procura as peças certas para resolver mediante a dificuldade imposta pelo adversário. É verdade que o FC Porto tem estofo financeiro para comprar essas peças, mas na realidade raras são as equipas que sabem usar o dinheiro acertadamente para terem várias soluções. O FC Porto têm-nas, e como algumas delas estiveram na órbita dos rivais, ainda mais isso ajuda na construção do próximo aspecto...
Domínio
Neste momento, os adeptos rivais temem o FC Porto. No último ano, mercê da vitória no campeonato por parte do Benfica, não existia de todo este receio, embora muitos se questionassem de como teria sido com Hulk por toda a época. Já neste ano, apesar de bons períodos do Benfica, o vencedor da Liga nunca esteve em discussão: o FC Porto foi melhor do princípio ao fim e o facto de não perder pontos, mesmo quando os adversários faziam uma boa série, mandou abaixo todo o castelo de aspirações aos outros pretendentes do título. Além disso, o peso histórico do últimos 25 anos, a campanha europeia sem mácula e as "marteladas" dadas ao Benfica no campeonato e na Supertaça, deixaram a moral das tropas rivais completamente em baixo.
Preparação física e mental excepcional
Sem receios, o rendimento físico no FC Porto deste ano é quase sobrenatural. Não quero dizer com isto que acredito que haja doping envolvido (apesar de alguns rumores muito marginais), pois se com Mourinho vimos muitas vezes jogadores relativamente acabados/questionados transformarem-se em autênticos super-heróis (Maniche, Milito, Lampard, Benzema, entre outros), com Villas-boas a coisa não fica muito atrás: Sapunaru, Rolando e Moutinho são melhores jogadores do que o eram há um ano atrás. Aproveitando que falámos neles:
Potencialização de jogadores
Villas-Boas parece também ter a varinha de condão para transformar jogadores questionáveis em opções reais para a equipa, senão vejamos: Sapunaru é hoje um lateral muito bom, Rolando comete cada vez menos erros, Helton parece melhor que qualquer outro guarda-redes brasileiro da actualidade, Falcão é melhor agora do que Lisandro o era nos seus melhores tempos de FC Porto, João Moutinho faz um trabalho com muitos melhores resultados do que quando estava no Sporting, Hulk é hoje mais parecido a Messi do que a Ronaldo em termos de jogo de equipa e por fim, aquela que considero a maior revolução: Guarín. Com Villas-Boas, o médio colombiano tornou-se num recuperador de bolas com criatividade e com chegada à área contrária, ou seja, um box-to-box ao melhor estilo de Sneidjer ou Lampard. O seu registo de golos nesta época é notável e de uma progressão que deve ser analisada cientificamente. Assim como este FC Porto, que sem margem para dúvidas, se encontra no conjunto das 10 melhores equipas da Europa na actualidade.
Deixo então em 5 aspectos, o que mudou com Villas-Boas no FC Porto:
Mentalidade em campo
Parece que Villas Boas soube tirar o máximo rendimento do episódio do túnel do ano passado: em vez de transformar revolta em agressividade, tornou o sentimento resultante desse episódio numa lição de calma e de necessidade de cabeça fria em situações limites. O golo do Villarreal ao fim da 1ª parte no Dragão desmoralizaria 99% das equipas, não obstante, Villas-Boas tornou essa desvantagem numa lição de mudança de mentalidade e postura em campo que deverá figurar num próximo manual de treinador transformado em bestseller. Como o fez, não se sabe nem deverá ser revelado, o que se sabe é que também contra o Benfica na 2ª mão da taça, assistimos ao mesmo.
Bom futebol
Seja-se adepto ou não, é impossível dizer que o FC Porto joga mal. Tem os seus momentos de penumbra, como todas as equipas, no entanto é na maior parte do tempo de jogo útil uma equipa de processos simples, táctica bem assimilada e que procura as peças certas para resolver mediante a dificuldade imposta pelo adversário. É verdade que o FC Porto tem estofo financeiro para comprar essas peças, mas na realidade raras são as equipas que sabem usar o dinheiro acertadamente para terem várias soluções. O FC Porto têm-nas, e como algumas delas estiveram na órbita dos rivais, ainda mais isso ajuda na construção do próximo aspecto...
Domínio
Neste momento, os adeptos rivais temem o FC Porto. No último ano, mercê da vitória no campeonato por parte do Benfica, não existia de todo este receio, embora muitos se questionassem de como teria sido com Hulk por toda a época. Já neste ano, apesar de bons períodos do Benfica, o vencedor da Liga nunca esteve em discussão: o FC Porto foi melhor do princípio ao fim e o facto de não perder pontos, mesmo quando os adversários faziam uma boa série, mandou abaixo todo o castelo de aspirações aos outros pretendentes do título. Além disso, o peso histórico do últimos 25 anos, a campanha europeia sem mácula e as "marteladas" dadas ao Benfica no campeonato e na Supertaça, deixaram a moral das tropas rivais completamente em baixo.
Preparação física e mental excepcional
Sem receios, o rendimento físico no FC Porto deste ano é quase sobrenatural. Não quero dizer com isto que acredito que haja doping envolvido (apesar de alguns rumores muito marginais), pois se com Mourinho vimos muitas vezes jogadores relativamente acabados/questionados transformarem-se em autênticos super-heróis (Maniche, Milito, Lampard, Benzema, entre outros), com Villas-boas a coisa não fica muito atrás: Sapunaru, Rolando e Moutinho são melhores jogadores do que o eram há um ano atrás. Aproveitando que falámos neles:
Potencialização de jogadores
Villas-Boas parece também ter a varinha de condão para transformar jogadores questionáveis em opções reais para a equipa, senão vejamos: Sapunaru é hoje um lateral muito bom, Rolando comete cada vez menos erros, Helton parece melhor que qualquer outro guarda-redes brasileiro da actualidade, Falcão é melhor agora do que Lisandro o era nos seus melhores tempos de FC Porto, João Moutinho faz um trabalho com muitos melhores resultados do que quando estava no Sporting, Hulk é hoje mais parecido a Messi do que a Ronaldo em termos de jogo de equipa e por fim, aquela que considero a maior revolução: Guarín. Com Villas-Boas, o médio colombiano tornou-se num recuperador de bolas com criatividade e com chegada à área contrária, ou seja, um box-to-box ao melhor estilo de Sneidjer ou Lampard. O seu registo de golos nesta época é notável e de uma progressão que deve ser analisada cientificamente. Assim como este FC Porto, que sem margem para dúvidas, se encontra no conjunto das 10 melhores equipas da Europa na actualidade.
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